Com a ejacula\u00e7\u00e3o, em condi\u00e7\u00f5es normais, pelo menos 40 milh\u00f5es de espermatozoides s\u00e3o liberados no canal vaginal, que seguem em dire\u00e7\u00e3o ao c\u00e9rvix, penetrando o \u00fatero e atingindo as tubas uterinas, onde o \u00f3vulo fica. A fecunda\u00e7\u00e3o acontece quando um dos espermatozoides rompe a zona pel\u00facida e se projeta para o interior desse \u00f3vulo.<\/p>\n
Cada gameta, \u00f3vulo e espermatozoide, cont\u00e9m metade do c\u00f3digo gen\u00e9tico de um ser humano, contido em seus pron\u00facleos. A fecunda\u00e7\u00e3o, nesse sentido, vai al\u00e9m da penetra\u00e7\u00e3o do espermatozoide no \u00f3vulo, e acontece verdadeiramente quando h\u00e1 a fus\u00e3o dos pron\u00facleos e a forma\u00e7\u00e3o do material gen\u00e9tico completo do concepto.<\/p>\n
Ali\u00e1s, o concepto nesse momento chama-se zigoto e, a partir da fecunda\u00e7\u00e3o, passa a ser direcionado para a cavidade uterina pelo movimento perist\u00e1ltico e ciliar das tubas uterinas.<\/p>\n
Enquanto o zigoto vai sendo transportado at\u00e9 o \u00fatero, acontecem as primeiras clivagens (divis\u00f5es celulares), em que a c\u00e9lula primordial, resultado da fus\u00e3o de \u00f3vulo e espermatozoide, se multiplica e passa a ser chamada de embri\u00e3o.<\/p>\n
Nos primeiros 3 dias ap\u00f3s a fecunda\u00e7\u00e3o, o zigoto tem o aspecto de uma amora, com uma s\u00e9rie de c\u00e9lulas aderidas umas \u00e0s outras, formando um corpo maci\u00e7o.<\/p>\n
Essa fase, conhecida como fase de m\u00f3rula, termina por volta do 5\u00ba dia ap\u00f3s a fecunda\u00e7\u00e3o, quando o embri\u00e3o chega ao \u00fatero. Na fase de bl\u00e1stula, como \u00e9 chamada agora, o blastocisto desenvolve a primeira cavidade embrion\u00e1ria, a blastocele.<\/p>\n
Um dos acontecimentos mais importantes dessa fase \u00e9 a fixa\u00e7\u00e3o do embri\u00e3o no \u00fatero, um processo chamado de implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria, que marca de fato o in\u00edcio da gesta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Nos procedimentos de reprodu\u00e7\u00e3o assistida, os acontecimentos s\u00e3o praticamente os mesmos, inclusive na FIV (fertiliza\u00e7\u00e3o in vitro<\/em>).<\/p>\n O que muda \u00e9 que cada etapa, da fecunda\u00e7\u00e3o \u00e0 implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria, ser\u00e1 monitorada e auxiliada por tecnologias cujo objetivo \u00e9 aumentar as chances de a mulher desenvolver a gesta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Problemas com a receptividade endometrial ou at\u00e9 mesmo anomalias gen\u00e9ticas no pr\u00f3prio embri\u00e3o podem impedir a implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria e fazer com que a mulher ou o casal passe por repetidas falhas de implanta\u00e7\u00e3o, que causam sofrimento e frustra\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Nesse sentido, este texto aborda com detalhes o processo de implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria, os problemas que pode apresentar e como a medicina reprodutiva pode oferecer sa\u00eddas para cuidar desses casos. Aproveite a leitura!<\/p>\n A implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria \u00e9 o evento que marca o in\u00edcio da gravidez em si. Tamb\u00e9m chamada de nida\u00e7\u00e3o ou fixa\u00e7\u00e3o, a implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria deve acontecer entre 5 e 7 dias ap\u00f3s a fus\u00e3o dos pron\u00facleos dos gametas masculino e feminino, tanto na concep\u00e7\u00e3o natural quanto na reprodu\u00e7\u00e3o assistida.<\/p>\n \u00c9 a partir de uma implanta\u00e7\u00e3o bem-sucedida que tem in\u00edcio a forma\u00e7\u00e3o da placenta e dos outros anexos embrion\u00e1rios, que auxiliar\u00e3o o crescimento e desenvolvimento fetal, al\u00e9m de promover a comunica\u00e7\u00e3o entre o beb\u00ea e a m\u00e3e.<\/p>\n Al\u00e9m disso, \u00e9 necess\u00e1rio que o concepto e a placenta permane\u00e7am aderidos ao endom\u00e9trio durante toda a gesta\u00e7\u00e3o, e essa liga\u00e7\u00e3o come\u00e7a precisamente na implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria.<\/p>\n O zigoto se forma na tuba uterina ap\u00f3s a fecunda\u00e7\u00e3o do \u00f3vulo pelo espermatozoide. Os pron\u00facleos se fundem em uma \u00fanica c\u00e9lula, chamada zigoto, e depois de algum tempo passam a se dividir, processo chamado de clivagem.<\/p>\n Essas divis\u00f5es celulares ocorrem por todo o percurso do embri\u00e3o at\u00e9 o \u00fatero. Esse deslocamento acontece devido aos movimentos perist\u00e1lticos lev\u00edssimos produzidos pelas tubas uterinas e os c\u00edlios tub\u00e1rios, j\u00e1 que ainda h\u00e1 muita fragilidade nessa fase.<\/p>\n Nesse momento, o embri\u00e3o ainda conta com a zona pel\u00facida que herdou do \u00f3vulo pr\u00e9-fecunda\u00e7\u00e3o. Essa zona pel\u00facida, que agora n\u00e3o \u00e9 mais ovular e sim embrion\u00e1ria, deve ser rompida para que o embri\u00e3o possa fixar-se no endom\u00e9trio e para que a forma\u00e7\u00e3o da placenta possa ter in\u00edcio.<\/p>\n Esse processo de rompimento da zona pel\u00facida para implanta\u00e7\u00e3o do embri\u00e3o \u00e9 chamado de eclos\u00e3o ou hatching<\/em>.<\/p>\n Um processo de implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria bem-sucedido \u00e9 fundamental para o sucesso de qualquer gesta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Os processos mais complexos do desenvolvimento fetal t\u00eam in\u00edcio nessa fase e dependem tanto da estabilidade e seguran\u00e7a, oferecidas pela ades\u00e3o do feto e da placenta ao \u00fatero, como da energia fornecida pela nutri\u00e7\u00e3o materna.<\/p>\n \u00c9 tamb\u00e9m a partir da implanta\u00e7\u00e3o que as c\u00e9lulas embrion\u00e1rias passam a se diferenciar das c\u00e9lulas trofobl\u00e1sticas, respons\u00e1veis por originarem os anexos embrion\u00e1rios, como placenta, cord\u00e3o umbilical e l\u00edquido amni\u00f3tico.<\/p>\n Na reprodu\u00e7\u00e3o assistida, a implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria \u00e9 um evento que ocorre ap\u00f3s a \u00faltima etapa dos processos, independentemente da t\u00e9cnica escolhida.<\/p>\n Na RSP (rela\u00e7\u00e3o sexual programada)<\/a> e na IA (insemina\u00e7\u00e3o artificial)<\/a>, a implanta\u00e7\u00e3o \u00e9 aguardada e confirmada com o exame de gravidez, cerca de 15 dias ap\u00f3s a fecunda\u00e7\u00e3o.<\/p>\n J\u00e1 na FIV (fertiliza\u00e7\u00e3o in vitro<\/em>)<\/a>, a implanta\u00e7\u00e3o ocorre depois da transfer\u00eancia dos embri\u00f5es para o \u00fatero. Embora seja poss\u00edvel analisar a receptividade endometrial e fazer uma prepara\u00e7\u00e3o do endom\u00e9trio, n\u00e3o temos controle sobre a implanta\u00e7\u00e3o em si em nenhuma t\u00e9cnica de reprodu\u00e7\u00e3o assistida e pode haver falhar de implanta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n As falhas de implanta\u00e7\u00e3o podem acontecer por motivos diversos, que variam de anomalias gen\u00e9ticas do embri\u00e3o at\u00e9 problemas na receptividade endometrial.<\/p>\n De modo geral, qualquer fator que altere o ambiente uterino pode levar a problemas com a receptividade endometrial.<\/p>\n Dentre os motivos principais, podemos destacar as altera\u00e7\u00f5es hormonais e as deforma\u00e7\u00f5es na anatomia uterina, como aquelas causadas por miomas<\/a>, p\u00f3lipos<\/a> ou endometrites, al\u00e9m das pr\u00f3prias malforma\u00e7\u00f5es uterinas, que s\u00e3o gen\u00e9ticas.<\/p>\nO que \u00e9 implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria?<\/h2>\n
Como acontece a implanta\u00e7\u00e3o do embri\u00e3o no \u00fatero?<\/h2>\n
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<\/p>\nQual a import\u00e2ncia da implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria para a gravidez?<\/h2>\n
… e na reprodu\u00e7\u00e3o assistida?<\/h2>\n
O que s\u00e3o falhas de implanta\u00e7\u00e3o embrion\u00e1ria?<\/h2>\n