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Causas da gravidez ectópica

Causas da gravidez ectópica

O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino muito importante, responsável por receber o embrião formado após a fecundação e promover a sua nutrição e desenvolvimento durante a gestação.

Durante o ciclo menstrual, o órgão é preparado pela ação de diferentes hormônios para a implantação embrionária no endométrio e a consequente gravidez.

Após a fecundação nas tubas uterinas, o embrião se direciona ao tecido endometrial. Porém, existem casos em que esse processo não se completa e ele acaba se fixando fora do útero.

Assim, determina-se a gravidez ectópica, que acontece fora do útero, normalmente nas tubas uterinas. É uma condição pouco comum que pode trazer complicações para a saúde da mulher, e não é possível dar continuidade a esse tipo de gestação.

Neste texto, saiba o que é a gravidez ectópica, entenda quando e porque ela acontece e conheça a melhor opção nessa situação.

 

O que é a gravidez ectópica?

O termo ectópico é relativo à ectopia e representa a formação de algo em posição anormal. No contexto da fertilidade, é utilizado para designar uma condição que afeta mulheres em idade fértil.

A gravidez ectópica acontece quando o óvulo fecundado se implanta fora do útero, em outras estruturas da região. A forma mais comum é a tubária, em que a implantação se dá nas tubas uterinas, local da fecundação.

Em uma gestação comum, ocorre a ovulação durante o ciclo menstrual, na qual os folículos após se desenvolverem e amadurecerem, liberam os óvulos. Esses gametas se encontram com os espermatozoides nas tubas e acontece a fertilização.

O embrião originado por esse processo se dirige ao útero para que aconteça a implantação e o embrião inicie o seu desenvolvimento. Após o espessamento do endométrio, o embrião se fixa e tem início a gestação.

Quando ocorrem alterações nesse processo, seja por desequilíbrios hormonais ou doenças, as fases finais são comprometidas e pode ocorrer a gravidez ectópica.

Essa é uma gestação sem futuro, pois não é possível nutrir e desenvolver o feto fora do útero sem a estrutura e os nutrientes necessários para tal. Além disso, a mulher pode sofrer lesões na região.

Quais as causas da gravidez ectópica?

Entre os principais fatores que causam a gravidez ectópica encontram-se alterações nas tubas uterinas. Quando elas estão inflamadas ou lesionadas é comum que o óvulo fecundado encontre dificuldades para se direcionar ao útero.

Existem condições que podem ser consideradas fatores de risco, aumentando as chances do desenvolvimento dessa situação, como:

Doenças e alterações que afetam as tubas uterinas ainda são as principais causas dessa situação.

O que fazer em casos de gravidez ectópica?

Normalmente, é difícil definir a gravidez ectópica apenas pelos sintomas, pois é comum o surgimento de sinais iguais aos de uma gestação normal, como enjoos, atraso na menstruação, aumento dos seios e micção frequente.

O diagnóstico completo pode ser obtido por meio de um exame ginecológico associado a uma ultrassonografia pélvica. Em alguns casos é necessário esperar um tempo para identificar a localização do embrião e confirmar a condição.

Após essa confirmação, a mulher pode receber medicamentos que impedem o desenvolvimento embrionário. A gestação deve ser interrompida logo depois da sua descoberta para preservar a saúde da mulher.

Porém em boa parte dos casos é necessária a retirada do feto e da placenta de forma cirúrgica, utilizando a técnica da laparoscopia ou da laparotomia. Pode ser retirada também parte das tubas.

Muitas vezes, é preciso remover toda a tuba afetada para um maior controle da situação. Ainda assim, a mulher pode manter a sua fertilidade caso a outra tuba esteja em boas condições.

Como a infertilidade pode ser solucionada?

É possível que a mulher consiga engravidar após passar por uma gravidez ectópica e isso acontece porque ela manteve a preservação da tuba que não foi afetada. Infelizmente os fatores de predisposição que levaram a alteração daquela tuba também podem ter levado ao acometimento da outra, favorecendo a infertilidade ou a ocorrência de nova gravidez tubária. Se essa nova gestação não acontecer de forma natural, existem outras opções.

A mulher que sofre com a dificuldade para engravidar após esse processo pode procurar auxílio na medicina reprodutiva. Em casos mais graves, é recomendada a fertilização in vitro (FIV).

A FIV possui procedimentos de alta tecnologia utilizados em diferentes situações, além de métodos complementares para aumentar as chances de sucesso no tratamento e diminuir os riscos de malformações do feto, complicações na gestação ou o desenvolvimento de doenças genéticas.

Devido às alterações nas tubas uterinas, é possível que uma nova tentativa de engravidar aconteça sem sucesso, pois os óvulos podem encontrar dificuldade para encontrar os espermatozoides.

Sendo assim, a FIV se torna a melhor opção, uma vez que coleta os gametas femininos, seleciona os melhores e promove a fecundação pelos espermatozoides em um laboratório.

Existem outras doenças e alterações capazes de afetar a fertilidade, resultando em falhas nas tentativas de engravidar. Conheça algumas na leitura do texto sobre a infertilidade feminina.

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