Antigamente acreditava-se que apenas a mulher poderia ser infértil, já que a gestação acontece no corpo feminino. Com o avanço da medicina, foi possível identificar fatores de infertilidade masculina, que também interferem nesse processo.
Para que a gravidez aconteça, homem e mulher devem se encontrar saudáveis, a fim de concluir as etapas com sucesso. Existem algumas doenças e alterações no organismo que podem prejudicar a fecundação e até mesmo trazer complicações para o feto e a mãe durante a gravidez.
Quando o casal encontra dificuldades para engravidar, é possível optar pelas técnicas de reprodução assistida. Existem três métodos principais, com diferentes procedimentos, indicados de acordo com cada situação.
Após 12 meses de tentativas frustradas de alcançar a gravidez, o casal deve procurar ajuda para dar início a uma investigação e identificar as causas do problema. De acordo com o resultado, é possível encontrar o melhor tratamento para cada caso.
A inseminação artificial (IA) é uma das técnicas de baixa complexidade, muito indicada em casos mais leves de infertilidade masculina.
Neste post, saiba o que é a inseminação artificial e como ela pode ajudar em situações em que a fertilidade do homem é comprometida.
Também conhecida como inseminação intrauterina (IIU), a técnica é considerada de baixa complexidade, uma vez que a fecundação acontece de forma natural nas tubas uterinas.
Nesse método, os espermatozoides são inseridos na cavidade uterina durante o período fértil da mulher, para aumentar as chances de fecundação. Ela é indicada principalmente para problemas leves que alteram a fertilidade.
Inicialmente a mulher passa pela estimulação ovariana, procedimento que utiliza medicamentos hormonais para aumentar o desenvolvimento folicular e obter mais gametas para o tratamento.
Para acompanhar esse processo, são realizadas ultrassonografias que identificam o tamanho ideal dos folículos. Posteriormente, outros medicamentos são ministrados para induzir a maturação final e promover a liberação dos óvulos.
Nesse momento, o sêmen é coletado e os espermatozoides selecionados em laboratório por técnicas de preparo seminal, a fim de escolher os melhores — com melhor mobilidade e morfologia –, a serem utilizados no procedimento.
Os gametas masculinos são inseridos na cavidade uterina durante o período fértil da mulher para que ocorra a fecundação nas tubas, de forma natural.
Apesar de tomar os cuidados necessários para que a fecundação tenha maiores chances de acontecer, existem riscos de falhas. Por esse motivo, a investigação deve ser bem detalhada para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Ao encontrar dificuldades para engravidar, o casal procura auxílio médico e passa por uma investigação para determinar as causas da infertilidade. Ao identificar as alterações no organismo do homem por meio do espermograma, exame inicialmente solicitado na investigação da infertilidade masculina, a IA é indicada e o processo de tratamento pode ser iniciado.
Também conhecido como análise seminal, o espermograma é o exame inicialmente realizado para investigar a infertilidade do homem. Ele analisa critérios de qualidade do sêmen e dos espermatozoides, a fim de encontrar as causas das alterações de fertilidade.
É o principal exame para avaliar as condições espermáticas e determinar as causas da dificuldade para engravidar, permitindo, assim, que seja escolhida a melhor opção de tratamento em cada caso.
No sêmen são avaliados o volume, viscosidade, pH e a concentração para identificar a quantidade de espermatozoides presentes por ml. Já os gametas possuem critérios de avaliação como tamanho, forma, capacidade de movimentação (motilidade) e número de espermatozoides imaturos.
Os resultados do espermograma podem indicar algumas condições leves ou graves, como:
São avaliadas de duas a três amostras do sêmen, que devem ser coletadas com intervalos maiores que 15 dias, a fim de obter um resultado mais preciso da análise. Com o diagnóstico é possível indicar o melhor tratamento para alcançar a gravidez.
A inseminação artificial é indicada principalmente em casos mais leves de infertilidade masculina e feminina.
A IA também é indicada para mulheres que buscam a produção independente e para casais homoafetivos femininos, utilizando a doação de sêmen.
É preciso ficar atento a outros detalhes, como a idade da mulher. É indicado que essa idade não ultrapasse 35 anos, pois a reserva ovariana pode ser comprometida e a técnica encontrará mais chances de falhas. As tubas uterinas também devem estar em boas condições para que a fecundação aconteça.
Existem três técnicas principais na reprodução assistida: a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). As duas primeiras são de baixa complexidade e a FIV é considerada de alta, uma vez que a fecundação acontece em laboratório.
A RSP é indicada quando existem fatores leves de infertilidade feminina, pois ela utiliza a estimulação ovariana para obter mais óvulos e, no momento ideal, o casal é informado para que mantenha relações sexuais. Esse processo aumenta as chances de fecundação, mas assim como a IA ela acontece de forma natural, nas tubas uterinas.
Já a FIV possui métodos mais complexos, sendo a maioria realizada em laboratório, incluindo a fecundação.
O tratamento acontece em cinco etapas principais: a estimulação ovariana e indução da ovulação, punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária. É indicada em casos mais graves de infertilidade ou quando outras técnicas não são bem-sucedidas.
O casal deve passar por uma investigação detalhada ao identificar problemas para engravidar, assim é possível determinar as causas e indicar o melhor tratamento em cada caso.
Se você se interessou por esse assunto, leia nosso post sobre a inseminação artificial e saiba detalhadamente o seu funcionamento.
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