Os ovários são um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino, responsável pela produção de hormônios e óvulos e, portanto, desempenham papel essencial na capacidade reprodutiva da mulher. Por isso, doenças e condições anormais de saúde, como a presença de endometriomas, podem causar preocupação em quem planeja ter filhos.
Afinal, existe o risco de uma influência negativa no ciclo menstrual, no processo de ovulação e na fecundação, o que pode gerar quadros de infertilidade feminina. Os endometriomas estão relacionados à endometriose, patologia relativamente comum em mulheres em idade fértil, que se caracteriza pela presença de tecido endometrial ou semelhante em outros órgãos, como nos ovários.
Uma das fases da doença é caracterizada pela manifestação de endometriomas, condição que pode levar a mulher a apresentar alguns sintomas, assunto principal deste artigo. Este texto ainda reúne outras informações acerca do assunto, como formas de diagnóstico e tratamento.
Se você tem ou acredita ter cistos no ovário, acompanhe a leitura e descubra se existe motivo para suspeitar da doença e o que fazer para solucioná-la.
Cistos são espécies de bolsas de tecido, preenchidas com conteúdo líquido, que crescem em diferentes partes do corpo humano, como articulações, tireoide, fígado, rins e nos ovários.
Quando surgem nos ovários, os cistos costumam estar relacionados a alterações hormonais, que podem ocorrer, por exemplo, devido à menopausa, gravidez ou ao uso de algum medicamento. Geralmente, não apresentam riscos à saúde feminina, devido ao seu caráter benigno, e nem apresentam sintomas.
Existem diferentes classificações para esses nódulos císticos, de acordo com sua composição e local em que se surgem. Os endometriomas ou cistos endometrióticos são preenchidos por um líquido castanho, de aspecto achocolatado, e geralmente se desenvolvem no ovário esquerdo, embora possa crescer em ambos.
Segundo pesquisa, endometriomas são encontrados em 17% a 44% das pacientes diagnosticadas com endometriose e, portanto, são uma das características principais da enfermidade.
Nem todas as pacientes com endometriomas manifestam sintomas, no entanto, muitas mulheres percebem alguns sinais, comuns à endometriose.
A dor pélvica é o principal indicativo de endometriomas, mas desconfortos durante o fluxo menstrual ou a relação sexual (dispareunia), além de cólicas abdominais, também podem estar presentes.
A infertilidade é o outro importante sinal, afinal, estudos indicam que 30% a 50% das portadoras de endometriose são inférteis, embora o problema pareça ser mais comum em estados mais avançados.
O problema pode acontecer porque os endometriomas podem alterar a anatomia uterina e, assim, dificultar a fecundação, por impossibilitar o encontro entre os gametas. Além disso, as lesões podem causar uma inflamação, danificar o óvulo e o revestimento interno uterino e, possivelmente, afetar a implantação embrionária.
Os endometriomas podem ser observados por meio da ultrassonografia transvaginal pélvica, geralmente realizada no consultório do próprio ginecologista. Trata-se de um exame simples, mas sensível e específico, que consegue diagnosticar os cistos e, em alguns casos, até a endometriose profunda (estágio mais avançado da doença).
A ressonância magnética e a laparoscopia também são capazes de encontrar endometriomas por meio de uma visão mais panorâmica da região pélvica, que permite mapear melhor os focos da doença. No entanto, estes são métodos menos acessíveis, mais caros e mais invasivos, portanto, não costumam ser indicados, especialmente se a benefício da cirurgia não for evidente.
No entanto, para um diagnóstico definitivo e exclusão de uma hipótese de malignidade, o médico ainda pode solicitar uma videolaparoscopia com biópsia.
O objetivo principal do tratamento de endometriomas é recuperar a qualidade de vida da mulher e, caso este seja um de seus objetivos, viabilizar a gravidez. O sucesso depende da localização e da gravidade dos nódulos.
Inicialmente, se os endometriomas forem pequenos e assintomáticos, a paciente pode ser, simplesmente, acompanhada pelo seu médico, com o objetivo de monitorar a evolução da doença e suas possíveis consequências. Se houver, no entanto, dores, ruptura ou crescimento dos cistos, pode se resolver o problema com outras soluções.
Se não houver desejo gestacional, pode-se optar por um tratamento farmacológico com uso de anti-inflamatórios associados a anticoncepcionais, o que reduz a produção hormonal dos ovários e, assim, suprime o crescimento dos endometriomas.
No entanto, se os medicamentos forem contraindicados, o tratamento cirúrgico via laparoscopia é a opção mais comum, procedimento que consiste na retirada dos endometriomas por meio da destruição de suas aderências com o objetivo de recuperar a função e a anatomia dos órgãos afetados.
A IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) também são alternativas interessantes e podem ajudar mulheres com endometriomas que desejem engravidar. Os procedimentos, aliás, podem ser realizados antes ou após cirurgia para o alívio nos sintomas.
Os endometriomas são cistos que se desenvolvem em um ou ambos os ovários, relacionados a uma das fases da endometriose, doença relativamente comum em mulheres em idade fértil.
Embora o problema seja, muitas vezes, assintomático, existe a possibilidade de causar sérios desconfortos, como dores pélvicas, dispareunia, cólicas, fluxos menstruais dolorosos e dificuldades para engravidar.
Nesses casos, a mulher deve buscar um ginecologista para diagnóstico e tratamento, o que pode, além de eliminar os sintomas, recuperar sua fertilidade.
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