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Hidrossalpinge: saiba mais sobre os sintomas

Anteriormente conhecidas como trompas de falópio, as tubas uterinas são tubos musculares pertencentes ao sistema reprodutor feminino, responsáveis por transportar o óvulo até o útero.

A divisão anatômica das tubas acontece em quatro partes: infundíbulo, ampola, istmo e intramural. É na ampola, porção mais longa, que ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

Após a ovulação, as tubas uterinas realizam um movimento aproximando sua extremidade afunilada da superfície do ovário. Essa movimentação acontece para facilitar a captação do óvulo que foi liberado. 

O órgão libera um líquido constituído principalmente de produtos das células secretoras, com função nutritiva e protetora para os óvulos e que promovem a capacitação dos gametas masculinos.

Quando ocorre a fecundação, o óvulo recebe o nome de zigoto e inicia uma divisão celular e o seu transporte até o útero. Normalmente esse processo dura cinco a sete dias e acontece devido ao movimento de estruturas microscópicas semelhantes a cílios mais a contração da musculatura lisa das tubas uterinas.

Para que o processo de reprodução aconteça, é necessário que os órgãos envolvidos estejam saudáveis. Uma alteração nas tubas uterinas conhecida como hidrossalpinge pode causar a infertilidade feminina e dificultar o processo de gravidez.

No texto a seguir, saiba mais sobre a hidrossalpinge, conheça os seus principais sintomas e como mulheres com esse problema podem engravidar.

O que é hidrossalpinge? 

A hidrossalpinge é caracterizada pela presença de líquido no interior das tubas uterinas após uma obstrução e/ou destruição arquitetural da tuba causada por cirurgia, infecção ou endometriose. 

A infecção que sobe pelo útero e atinge as tubas acaba destruindo uma de suas camadas, produzindo uma secreção que irrita a cavidade abdominal.

Em muitos casos, a hidrossalpinge é associada a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia. Também pode ocorrer após a doença inflamatória pélvica (DIP), uma inflamação resultante da falta de tratamento de infecções ginecológicas.

Outras possíveis causas para a patologia são: formação de aderências na região pélvica, endometriose, cirurgias ginecológicas ou tumores nas tubas uterinas e áreas próximas. 

Por atingir um órgão fundamental no processo de reprodução, a hidrossalpinge pode causar a infertilidade feminina, impedindo a fecundação do óvulo.

Quais os sintomas da hidrossalpinge? 

Na maioria das vezes a hidrossalpinge não apresenta sintomas e a mulher acaba descobrindo a doença quando procura o ginecologista por outros motivos, ou até mesmo em exames de rotina.

Quando existem, os sintomas podem variar, surgindo de formas e intensidades diferentes em cada caso – na maioria ocorrendo na fase inicial e aguda da doença de origem. Entre os principais estão:

É comum que mulheres com hidrossalpinge encontrem dificuldades para engravidar, pois essas tubas tiveram uma destruição de sua arquitetura e, consequentemente, da sua função, além de muitas também estarem obstruídas. Por esse motivo, o espermatozoide não consegue chegar até o óvulo para promover a fecundação, ou, quando chega, há um ambiente hostil para a fecundação e transporte do zigoto.

Ainda que os gametas se encontrem e aconteça a fecundação, essa condição não é favorável à implantação do embrião no útero em decorrência do líquido formado na tuba, o que também acaba causando a infertilidade da mulher.

Mulheres que encontram dificuldades para engravidar devido a hidrossalpinge devem passar pelo tratamento antes de procurar ajuda para alcançar a gravidez. Assim, é possível obter auxílio da reprodução assistida, que vem avançando muito ao longo dos anos.

A técnica mais indicada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV), que possui métodos muito eficientes em situações mais graves como as de comprometimento das tubas uterinas.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da doença?

Por se tratar de uma doença assintomática, a hidrossalpinge normalmente é diagnosticada quando a mulher procura um médico por outras causas ou após a realização de exames de rotina.

Quando existem indícios da condição, o diagnóstico pode ser confirmado por meio de exames como a histerossalpingografia, a histerossonografia e a ultrassonografia transvaginal. Casos mais leves, em que não há tanto comprometimento do órgão, podem ser identificados pela videolaparoscopia.

O tratamento para a hidrossalpinge varia conforme a situação da mulher e dos sintomas apresentados por ela. Muitas vezes pode ser indicado o uso de medicamentos antibióticos de acordo com o agente causador da infecção e medicamentos para o alívio dos sintomas ou ainda para regular o ciclo menstrual (mas isso só tende a funcionar na fase inicial – aguda).

Outra opção muito é a intervenção cirúrgica para remover as obstruções e eliminar o excesso de líquido presente nas tubas. Em alguns casos, pode ser indicada a retirada das tubas, principalmente antes de tratamentos como os da FIV.

Reprodução assistida

Após realizar o tratamento para a hidrossalpinge é possível buscar auxílio para alcançar a gravidez. A medicina reprodutiva vem evoluindo muito e permite que casais com problemas graves de infertilidade consigam realizar o sonho de ter filhos.

Nesses casos, a técnica mais indicada é a FIV, que possui métodos complexos e muito eficientes. Ela acontece em cinco etapas principais: estimulação ovariana, punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária.

Os índices de sucesso do tratamento são altos e existem, ainda, diversas técnicas complementares à FIV que podem ser adotadas durante o processo para aumentar as possibilidades de uma gravidez bem-sucedida.

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