Atualmente, a fertilização in vitro (FIV) é a principal técnica de reprodução assistida. Ela é muito indicada por diversos fatores, que vão desde a possibilidade de personalizar o tratamento até suas altas taxas de sucesso. Essa é uma técnica que pode ser realizada inclusive nos casos mais graves de infertilidade.
A FIV é considerada de alta complexidade, pois conta com um número grande de etapas e procedimentos. O tratamento inicia com a estimulação ovariana, com o objetivo de obter o maior número possível de óvulos. Em seguida os folículos, bolsas que armazenam os óvulos, são coletados e os óvulos extraídos eselecionados.
Os espermatozoides também são selecionados por técnicas de preparo seminal, aplicadas às amostras de sêmen coletado por masturbação.
Após a seleção dos gametas, acontece a fecundação em laboratório. Um único espermatozoide é injetado diretamente dentro de cada óvulo pela técnica chamada ICSI. Os embriões formados são cultivados por cerca de 6 dias e em seguida transferidos para o útero materno.
Essas são as etapas da FIV, mas todo o tratamento é feito de forma individualizada, de acordo com as necessidades de cada paciente. Para saber mais, descubra algumas curiosidades sobre a técnica:
Quando mais de um embrião é transferido, existe sim a chance de ocorrer mais de uma implantação, o que resulta em gestação múltipla. Porém, há uma tendência mundial de se tentar evitar essa situação em decorrência da melhora da tecnologia, medicamentos e capacitação que acabam proporcionando ótimas chances com menos embriões, quando comparados ao passado da reprodução assistida.
A transferência embrionária, última etapa da FIV, é feita com até 3embriões, de acordo com a idade da mulher na hora da coleta dos óvulos.
Quanto mais jovens e saudáveis os óvulos, maiores as chances dos embriões se implantarem e darem início à gestação. Por isso, mulheres mais jovens têm menos embriões transferidos. De acordo com a resolução 2294 do CFM, o número máximo é:
Muitas pessoas confundem a fertilização in vitro com a inseminação artificial (IA), que também é conhecida como inseminação intrauterina (IIU). Ambas são técnicas de reprodução assistida e podem auxiliar casais inférteis que sonham em engravidar, mas possuem procedimentos e indicações completamente diferentes.
A IA é uma técnica de baixa complexidade, indicada apenas em casos leves de infertilidade. A mulher deve ter idealmente menos de 35 anos, além de boa saúde e fertilidade. Sua realização é feita a partir da seleção dos melhores espermatozoides, que posteriormente são depositados na cavidade uterina para que a fecundação aconteça naturalmente, nas tubas uterinas.
A FIV conta com procedimentos complementares, que permitem a identificação e solução de diversos problemas relacionados à infertilidade. Eles são indicados de acordo com as necessidades de cada paciente ou casal, possibilitando um tratamento personalizado.
Alguns procedimentos são:
A FIV é uma técnica bastante avançada, que conta com procedimentos complexos. Além de poder ser indicada em diferentes casos de infertilidade, incluindo os mais graves, é a que possui os maiores percentuais de sucesso por ciclo de realização do tratamento.
Os percentuais da FIV são, em média 50% por ciclo, enquanto os da RSP e IA são semelhantes aos da gestação natural: entre 20% e 25%. Mas é importante entender que, independentemente da técnica utilizada, as chances de sucesso variam de acordo com as características de cada paciente.
Apesar de contar com diversas etapas, cada ciclo da FIV dura cerca de 17 dias desde a estimulação ovariana até a transferência embrionária.
Se for necessário realizar outras tentativas e o casal já possuir embriões ou óvulos congelados, basta aguardar o momento de melhor receptividade endometrial para a transferência, sem a necessidade de uma nova estimulação ovariana ou coleta de gametas femininos.
A FIV também pode ser indicada para pacientes que não sofrem com problemas de infertilidade, mas não possuem um parceiro do sexo oposto para gerar o embrião de forma natural. É o caso dos casais homoafetivos e dos indivíduos solteiros que desejam uma produção independente.
Após a transferência embrionária, não é possível interferir diretamente no processo da gravidez. Mesmo realizando a FIV, podem ocorrer problemas como falha de implantação, abortamentos, entre outros.
A diferença é que a FIV permite que esses problemas sejam minimizados, já que existem exames e procedimentos que podem ser realizados durante o processo.
Para mais informações sobre a técnica, suas etapas, indicações e procedimentos complementares, leia outro artigo sobre fertilização in vitro (FIV).
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