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Oligozoospermia: veja como pode afetar a fertilidade do homem

Diversos fatores são importantes para que um casal consiga engravidar. Muitos processos acontecem no corpo da mulher, mas também no corpo do homem. A produção de espermatozoides e de líquido seminal, por exemplo, depende de uma série de condições, como hormônios, a saúde dos órgãos e outras.

Um fator muito importante para a fertilidade masculina são as condições seminais, que têm padrões adequados definidos pela OMS — Organização Mundial da Saúde. Esses padrões incluem o volume seminal, a quantidade de espermatozoides e outras características do sêmen. Quando algum padrão não é alcançado, considera-se que o homem possui alterações seminais e que pode apresentar dificuldades para engravidar.

Uma das principais alterações seminais tem relação com o número de espermatozoides no sêmen. De acordo com a OMS, o valor padrão é de no mínimo 15 milhões de espermatozoides por ml de líquido seminal. Quando o sêmen apresenta uma quantidade menor de gametas, há o diagnóstico da oligozoospermia.

Saiba mais sobre essa alteração seminal e como ela pode afetar a fertilidade do homem:

O que é oligozoospermia?

A oligozoospermia é uma alteração seminal que se caracteriza por uma baixa quantidade de espermatozoides no sêmen. É uma condição que pode causar infertilidade masculina, já que o número de gametas pode não ser suficiente para que a fecundação aconteça.

Em condições normais, milhões de gametas masculinos são depositados no corpo da mulher para uma possível fecundação. Ainda assim, apenas uma pequena quantidade consegue chegar até as tubas uterinas, onde se localizam os óvulos maduros.

Quando o sêmen ejaculado possui uma quantidade menor de espermatozoides, é ainda mais difícil que um gameta de boa qualidade consiga chegar até os óvulos maduros. Para que a fecundação aconteça, os gametas masculinos e femininos devem se encontrar e ambos precisam apresentar boa qualidade e anatomia. 

Quanto menor a quantidade de espermatozoides no sêmen, menor a chance da fecundação acontecer. Além da oligozoospermia, outra alteração seminal comum é a azoospermia, a ausência de espermatozoides no sêmen.

Causas

A oligozoospermia pode ser causada por fatores bastante variados, que vão desde doenças até questões comportamentais. Conhecer a causa é importante para que o tratamento adequado possa ser realizado.

Qualquer infecção, inflamação ou trauma nos testículos pode causar alterações seminais e prejudicar a quantidade e qualidade dos espermatozoides, já que é ali onde os gametas são produzidos. Além disso, as causas mais comuns da oligozoospermia são:

Doenças

Diversas doenças podem afetar a produção de espermatozoides e causar a oligozoospermia. Um exemplo é a varicocele, doença que se caracteriza pela dilatação das veias testiculares e que é a causa mais comum da infertilidade masculina.

Outras doenças como a orquite, a epididimite, a caxumba, a obesidade e o hipotireoidismotambém podem ter relação com a redução de espermatozoides no sêmen. 

Hábitos de vida

Evitar determinados hábitos de vida é muito importante para preservar a fertilidade. No caso dos homens, diversos hábitos ruins podem afetar a produção de seus gametas, como a má alimentação e o sedentarismo, por exemplo. Até mesmo o uso de roupas apertadas podem ser deletérias.

Estresse

O estresse é um fator que pode afetar a vida de uma pessoa de diversas formas. Quando ele é frequente na vida do homem, pode ser a causa da oligozoospermia. Nesse caso, considera-se a oligozoospermia transitória — que não é considerada grave e pode ser tratada apenas evitando sua causa, sem a necessidade de tratamentos complexos ou medicamentos.

Alterações hormonais

Alterações hormonais prejudicam a fertilidade masculina por vários fatores, incluindo a redução na produção dos espermatozoides. Quando os hormônios se apresentam em dosagens maiores ou menores que o adequado, muitos processos no organismo são prejudicados. 

No caso da produção de gametas masculinos, os mais importantes são a testosterona, o LH, o FSH e o estrogênio. Alterações na hipófise e na tireoide também exigem atenção.

Uso de drogas e medicamentos

O uso excessivo de drogas, como álcool e cigarros, além do consumo de determinados medicamentos e anabolizantes pode causar muitos prejuízos ao organismo e causar alterações hormonais, afetando a espermatogênese.

Diagnóstico e tratamento

Para que seja possível diagnosticar o problema, é necessário realizar um exame chamado espermograma. Ele é realizado a partir da análise de amostras de sêmen, verificando aspectos macroscópicos (relacionados ao líquido seminal) e microscópicos (relacionados aos espermatozoides). Idealmente 2 amostras devem ser coletadas em dias diferentes, para demonstrar o padrão de produção de espermatozoides.

Um dos parâmetros analisados por meio do espermograma é a quantidade de gametas presentes no sêmen. Se há menos de 15 milhões de espermatozoides por ml de sêmen, ou menos de 39 milhões no volume total ejaculado, é considerada a oligozoospermia. Porém, o caso é considerado grave quando há menos de 5 milhões de gametas por ml.

O tratamento da oligozoospermia depende da causa do problema. Quando causada por algum hábito ruim, este deve ser evitado para que a produção de gametas possa voltar ao normal. 

Quando causada por uma doença, é necessário tratá-la de acordo com suas características — seja pelo uso de medicamentos, cirurgias, entre outros. A reposição hormonal também pode auxiliar em casos de alterações.

Reprodução assistida

Após o tratamento adequado, é comum que a quantidade de espermatozoides no sêmen seja normalizada e o homem tem sua fertilidade recuperada. Quando isso não acontece e o paciente está tentando ter um filho, a reprodução assistida pode auxiliar.

A inseminação intrauterina (IIU) é a técnica indicada para os casos mais leves de oligozoospermia, enquanto para os casos mais graves, em especial se houver também alteração da motilidade e formato dos espermatozoides, a indicação é a fertilização in vitro realizada por meio de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV por ICSI).

Os espermatozoides são coletados e selecionados, e os mais saudáveis são utilizados na fecundação pela ICSI. Nessa técnica, um único gameta masculino e injetado diretamente em cada óvulo, aumentando as chances de fecundação mesmo com uma pequena quantidade de espermatozoides saudáveis. 

Se este conteúdo foi útil em sua pesquisa, leia também o artigo sobre a azoospermia

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