Mulheres que desejam engravidar devem prestar atenção em alguns detalhes para que todo o processo ocorra de forma saudável. Ela deve se encontrar em boas condições de saúde, principalmente o seu sistema reprodutivo, para que a gestação tenha sucesso.
Existem alguns tipos de doenças que podem causar a infertilidade feminina, dificultando a busca pela gravidez. Elas podem acontecer após alterações, inflamações e infecções em órgãos que fazem parte do processo de reprodução.
Um problema comum que afeta a fertilidade da mulher é a obstrução das tubas uterinas, local onde o óvulo é fecundado pelo espermatozoide para dar início à gestação. Quando esse problema acontece, o transporte dos gametas fica impossibilitado.
Essa condição pode afetar uma ou ambas as tubas, sendo denominada obstrução unilateral ou bilateral. Em muitos casos, quando atinge apenas uma, é possível que a fertilidade seja mantida com funcionamento da saudável.
Além disso, a obstrução parcial das tubas uterinas pode oferecer outros riscos para a saúde da mulher, como a possibilidade de uma gravidez ectópica, quando o embrião implanta nas tubas. Essa condição pode causar o rompimento aumentando o risco de morte para a mulher.
A seguir, saiba o que é a obstrução das tubas uterinas, entenda o que ela pode causar para saúde feminina e conheça o tratamento mais adequado nesses casos.
A obstrução das tubas uterinas pode causar algumas complicações para a saúde da mulher. Trata-se de órgãos que se ligam ao útero e são responsáveis pelo encontro do óvulo com o espermatozoide.
Na maior parte dos casos a obstrução não apresenta sintomas, o que dificulta o diagnóstico. Algumas mulheres só descobrem a situação quando apresentam dificuldades para engravidar.
Essa alteração pode causar infertilidade feminina devido à impossibilidade da passagem do espermatozoide para a fecundação do óvulo. Ainda que o óvulo seja fecundado, existe o risco de gravidez ectópica, quando o embrião implanta nas tubas uterinas. Essa situação pode oferecer riscos à saúde da mulher, provocando o rompimento das tubas e causando até mesmo a morte.
Uma das principais causas da obstrução das tubas uterinas é a endometriose, quando tecidos semelhantes ao endométrio se fixam fora do útero e resultam em inflamação. A inflamação pode levar à formação de aderência e, assim, obstruir o órgão e dificultar ou impedir a gravidez.
Outra causa possível para o problema são as cirurgias na região abdominal e pélvica, que tendem a resultar em cicatrizes e causar a obstrução das trompas. Elas podem ser formadas a após um parto ou gravidez ectópica, por exemplo.
A obstrução das tubas uterinas também pode ser causada por condições como: infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), hidrossalpinge, infecções no útero ou nas tubas, abortamento sem acompanhamento médico, miomas uterinos, e inflamação das tubas uterinas (salpingite), ou mesmo apendicite com rompimento do apêndice.
Na maior parte dos casos, a obstrução das tubas uterinas ocorre de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico do problema. Muitas mulheres acabam descobrindo a condição apenas quando encontram dificuldades para engravidar.
Em algumas situações, a mulher pode apresentar dores na região pélvica, que tendem a se intensificar durante ou após o período menstrual. Pode ocorrer, ainda, o corrimento vaginal anormal, com mudança na cor e no cheiro.
Outros sintomas comuns são o sangramento fora do período menstrual, dor durante as relações sexuais e em alguns casos a presença de febre. O indício mais comum dessa alteração é a dificuldade para engravidar.
Existem alguns exames capazes de identificar alterações nas tubas uterinas, como a sua obstrução. Dentre os principais métodos de diagnóstico, estão a histerossalpingografia e a videolaparoscopia (cirurgia).
A histerossalpingografia é um tipo de exame raio-X feito em clínicas de imagem. Trata-se de um exame rápido em que a paciente pode sentir de um leve desconforto até uma dor mais intensa, podendo ser necessária a utilização de anti-inflamatórios para o controle da sintomatologia.
O contraste iodado, líquido introduzido pelo canal vaginal, auxilia na visualização dos órgãos e revela o seu formato, determinando assim se há uma obstrução. Este tipo de exame permite visualizar diversos órgãos do sistema reprodutor feminino, além de identificar também outras doenças e alterações que afetam a fertilidade. Trata-se do melhor exame para avaliar se as tubas estão pérvias (abertas) ou impérvias. É contraindicado para mulheres que possuam alergia a iodo.
Já a videolaparoscopia, que não pode ser considerada propriamente um exame, pois é um ato cirúrgico, possibilita a visualização direta dos órgãos no interior do abdômen. É considerado um dos mais precisos na identificação de alterações nas tubas uterinas, mas deve ser utilizado em situações em que há indicação de correção cirúrgica de alguma alteração previamente detectada ou suspeita.
O tratamento para a obstrução das tubas uterinas acontece de forma cirúrgica, para a retirada dos tecidos e aderências no local. Em alguns casos, é possível retirar todo o material e manter a fertilidade da mulher, para que a gestação ocorra de forma natural.
Se a obstrução for mais grave, pode acontecer de a fertilidade não ser restaurada após a remoção cirúrgica. Dessa forma, é sugerido o tratamento pela reprodução assistida.
A principal técnica indicada é a fertilização in vitro (FIV), método muito avançado e eficiente em casos graves de infertilidade ou quando outros procedimentos não são bem-sucedidos. Nela, a fecundação ocorre em laboratório, sem a necessidade, portanto, das tubas uterinas, como na gestação natural.
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