Considera-se a infertilidade quando o casal não consegue engravidar após 12 meses de tentativas regulares, sem o uso de métodos contraceptivos. Com essa definição, é possível que o casal tenha como determinar o momento certo para buscar ajuda especializada.
Os problemas de infertilidade podem afetar homens e mulheres e suas causas são diversas, algumas vezes sendo até desconhecidas.
Para esses casais são indicadas as técnicas de reprodução assistida, que buscam resolver problemas de fertilidade e alcançar a gravidez.
São três métodos principais que possuem técnicas complementares a fim de aumentar as chances de sucesso, sendo eles: a relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).
As duas primeiras são técnicas mais simples, de menor complexidade e são indicadas para casos leves de infertilidade.
Já a FIV é o procedimento com maior complexidade e altas taxas de sucesso, indicado para problemas considerados mais graves ou quando não se obtém sucesso com outras técnicas. Ela é realizada em cinco etapas até a implantação do embrião no útero, que ocorre de forma natural.
Saiba a seguir como funciona a fertilização in vitro e como são realizadas as suas cinco etapas.
A FIV é considerada a principal técnica de reprodução assistida e auxilia muitos casais com problemas de infertilidade.
É indicada para tratamentos de diversos problemas, sejam eles por causas masculinas ou femininas. Possui também técnicas complementares, que solucionam problemas que possam comprometer a gestação.
O tratamento é bastante individualizado para que cada paciente tenha o melhor atendimento, de acordo com suas necessidades.
De acordo com as regras publicadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pessoas solteiras e casais homoafetivos também podem optar pelo procedimento da FIV para ter filhos.
A fertilização in vitro ocorre em cinco etapas, sendo elas:
A primeira etapa é a estimulação ovariana, que ocorre por meio de medicamentos hormonais administrados a partir do início do ciclo menstrual.
O objetivo é desenvolver uma maior quantidade de folículos e, consequentemente, maior quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação. Enquanto na ovulação natural apenas um óvulo é liberado, para a FIV é importante obter o máximo de gametas possível.
Os folículos existentes nos ovários geram óvulos, que precisam ser retirados por meio de punção. Cada folículo pode conter até um óvulo, havendo a possibilidade de não se encontrar nenhum.
Por meio de uma ultrassonografia transvaginal, a punção folicular é feita e o procedimento tem duração de cerca de 15 minutos.
É um processo tranquilo, geralmente indolor e realizado sob sedação da paciente. Uma agulha bem fina é acoplada no aparelho, que atravessa a vagina. Ao chegar no ovário, ele alcança o líquido folicular.
Esse líquido é aspirado para um tubo de ensaio e por meio de um microscópio é possível identificar os óvulos presentes.
É recomendado que a paciente faça um repouso após o procedimento, para se recuperar da anestesia. Também é importante evitar exercícios e esforço físico nas primeiras 24 horas, mas após esse período ela pode retornar às atividades normalmente.
Na FIV, a aspiração folicular é muito importante, pois permite a avaliação do líquido folicular e a identificação dos óvulos para a fecundação.
Os óvulos maduros são submetidos à injeção de um espermatozoide em seu citoplasma. Já os imaturos, são descartados por não possuírem chances de fecundação.
A coleta dos espermatozoides faz parte da segunda etapa da FIV e é feita simultaneamente com a aspiração folicular.
Por meio da masturbação, o sêmen é coletado em recipiente adequado a fim de evitar a contaminação. Em laboratório, são submetidos a uma técnica de capacitação para selecionar os gametas de melhor morfologia e motilidade.
A terceira etapa da FIV é a fecundação que também ocorre em laboratório. Na FIV clássica, os gametas são colocados em uma placa de cultura para que o espermatozoide penetre o óvulo, promovendo assim a fertilização.
Já na FIV com ICSI, os gametas masculinos são analisados microscopicamente, um é selecionado e injetado diretamente no citoplasma do óvulo.
Os embriões passam alguns dias sendo cultivados em laboratório até o momento da transferência.
Esse tempo dura de 3 a 5 dias e depende do desenvolvimento do embrião, da quantidade e de sua qualidade.
A transferência dos embriões é feita de acordo com a idade da mulher. As regras determinadas pelo CFM são:
O melhor momento é escolhido para a transferência, podendo ocorrer em dois diferentes estágios de desenvolvimento: D3 ou clivagem e na D5 ou blastocisto.
A FIV é a técnica de reprodução assistida com maiores taxas de sucesso. Devido ao seu alto grau de complexidade e todas as técnicas complementares desenvolvidas para minimizar falhas no procedimento, as chances de alcançar a gravidez são grandes.
Um fator que também influencia nos números de resultados positivos é o tratamento individualizado e preparado de acordo com as necessidades de cada paciente.
Saiba mais sobre o procedimento da fertilização in vitro e quais são as indicações dessa técnica.
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