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Anovulação: é possível tratar?

A ovulação é o processo de rompimento de um folículo ovariano e consequente liberação de um óvulo maduro, que sai dos ovários e se transporta para as tubas uterinas para uma possível fecundação.

Para que a ovulação aconteça, diversos outros processos devem acontecer no corpo da mulher durante o ciclo menstrual. Pode-se destacar a importância da reserva ovariana e da ação dos hormônios para que a mulher ovule a cada ciclo.

Doenças, procedimentos cirúrgicos, medicamentos e outros fatores que afetem a reserva ovariana ou causem distúrbios hormonais podem fazer com que a mulher passe pela anovulação e tenha sua fertilidade prejudicada.

Se a mulher não ovula e não libera um óvulo durante o ciclo, ela não passa pelo período fértil e, consequentemente, não consegue engravidar. Porém, é possível tratar a anovulação por meio de medicamentos hormonais e com o auxílio da reprodução assistida. Continue lendo para mais informações:

O que é anovulação?

A anovulação se caracteriza pela ausência de ovulação, quando os folículos não são estimulados e não há um óvulo maduro naquele ciclo. Isso pode acontecer quando a mulher não possui óvulos suficientes ou quando um distúrbio hormonal impede a estimulação folicular.

A condição pode se apresentar de diferentes formas em cada mulher. Os ciclos em que não há ovulação são chamados de ciclos anovulatórios.

Eles podem acontecer esporadicamente por fatores pontuais, como estresse excessivo, maus hábitos alimentares, atividades físicas de alta intensidade, entre outros. Nesses casos, é comum que a mulher passe pela menstruação mesmo sem ovular, o que faz com que muitas nem desconfiem da anovulação.

Outro problema é a oligovulação, quando a mulher passa por vários ciclos anovulatórios com frequência, ou quando seus ciclos menstruais duram mais que 38 dias — diminuindo a frequência da ovulação a longo prazo.

Existe, ainda, a anovulação crônica, que se caracteriza por longos períodos sem ovular. Nessas condições é mais comum que a paciente tenha sua menstruação interrompida, passando meses sem fluxo ou com o fluxo muito leve. A anovulação crônica é considerada grave e é uma causa comum da infertilidade feminina.

Causas da anovulação

Os ciclos anovulatórios, a oligovulação e a anovulação crônica podem ser causados por diferentes fatores, relacionados à reserva ovariana e aos hormônios.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), é uma das principais causas da anovulação e da infertilidade feminina. A SOP pode causar tanto a oligovulação quanto a anovulação crônica. Caracterizada pela alta dosagem de testosterona no organismo e pela formação de cistos nos ovários, a síndrome causa distúrbios hormonais e pode afetar o funcionamento ovariano.

A baixa reserva ovariana e a falência ovariana também interferem na ovulação, pois indicam que a mulher não possui uma quantidade suficiente de óvulos para que ao menos um amadureça e seja liberado. Essa condição também interfere na produção de hormônios.

Ainda, os distúrbios ovulatórios podem ser causados por outros problemas hormonais, como doenças e hábitos de vida. Alguns exemplos são:

Possíveis tratamentos para anovulação

Os distúrbios ovulatórios podem ser tratados por meio de medicamentos hormonais e pela mudança de hábitos, dependendo da causa do problema. Além disso, a reprodução assistida é uma grande aliada das pacientes que estão tentando engravidar.

Existem três técnicas de reprodução assistida, sendo que duas podem ser indicadas para casos de anovulação: a relação sexual programada (RSP) e a fertilização in vitro (FIV). Ambas possuem um procedimento em comum, a estimulação ovariana.

A estimulação ovariana é um tratamento hormonal realizado em todas as técnicas de reprodução assistida, mesmo quando a paciente não possui problemas de anovulação. O objetivo do procedimento é estimular uma quantidade maior de folículos para obter mais óvulos na ovulação.

A RSP é a técnica mais indicada para pacientes que sofrem de anovulação, desde que possuam reserva ovariana adequada (principalmente nas mulheres com menos de 35 anos) e seu parceiro seja fértil. É uma técnica de baixa complexidade, que consiste na estimulação ovariana, indução da ovulação, cálculo do período fértil e identificação do melhor momento para que o casal tenha suas relações sexuais. A estimulação é feita com o objetivo de liberar até 3 óvulos com bom potencial para a fecundação.

Se a paciente possui mais de 35 anos, se existem outros fatores causadores de infertilidade, se a reserva ovariana está extremamente baixa ou se há o diagnóstico de anovulação crônica, principalmente quando causada pela SOP, pode haver a indicação para a FIV.

A FIV é uma técnica de alta complexidade, com resultados muito expressivos. A fecundação acontece em laboratório, após a coleta dos óvulos e dos espermatozoides. Como o procedimento é feito fora do corpo da mulher, é possível administrar uma dosagem maior de hormônios na estimulação ovariana, com o objetivo de obter um grande número de óvulos.

Os embriões são formados pela micromanipulação de gametas e os que não forem transferidos no primeiro ciclo são congelados para uma próxima tentativa, se necessário.

Porém, a FIV só é indicada em casos mais graves ou quando existem outros fatores além da anovulação. Em geral, o tratamento mais indicado para os distúrbios ovulatórios é a RSP.

Para mais informações, leia nosso conteúdo sobre a relação sexual programada, também conhecida como coito programado.

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