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Anovulação e SOP: saiba mais sobre a relação

Mulheres em idade reprodutiva estão sujeitas a diferentes doenças e alterações em seu organismo, capazes de provocar a infertilidade feminina. Essas patologias afetam o sistema reprodutor e provocam mudanças em sua funcionalidade.

A infertilidade é um problema que pode ser considerado a partir de 12 meses de tentativas falhas de engravidar. Para mulheres com idade acima de 35 anos, a investigação pode ser levada em consideração após os primeiros 6 meses de tentativas.

Entre as principais causas, estão as disfunções na ovulação, quando o processo de liberação dos óvulos é interrompido ou acontece de maneira mais dificultada.

Uma doença comum nesses casos é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), um distúrbio endócrino que pode causar a anovulação e afetar a fertilidade da mulher. A doença pode surgir com mais facilidade quando já existem casos anteriores na família, como mãe, tias e irmãs. 

No texto a seguir, saiba mais sobre a SOP e sua relação com a anovulação, compreendendo a dificuldade para engravidar ocasionada por essa condição.

O que é anovulação? 

Ao contrário dos homens, as mulheres não possuem uma produção para a reposição dos gametas durante a vida. Ao nascer, cada uma já possui em seu organismo os folículos, estruturas que contém os óvulos, liberados após o desenvolvimento e a maturação folicular mês a mês.

A ovulação corresponde a uma das etapas do ciclo menstrual, na qual o ovário libera o óvulo para a fecundação. Ela acontece após uma ação hormonal no organismo, promovida pelo sistema endócrino juntamente com o sistema reprodutor.

Se a fecundação não acontece, o gameta é descartado juntamente com a menstruação, sendo liberado o tecido endometrial que foi preparado para receber o embrião no útero durante o ciclo.

Quando o corpo passa por mudanças que afetam a funcionalidade hormonal, é possível que esse processo seja comprometido. A anovulação representa a ausência da ovulação, quando o óvulo não é liberado.

Essa condição é provocada pelo desequilíbrio hormonal, que pode ser resultante de algumas doenças como tumores, hipertireoidismo, hipotireoidismo e a SOP. É possível analisar a situação por meio de exames de sangue, que possibilita a avaliação dos níveis dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo, e por exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal.

O que é SOP?

A SOP é um distúrbio endócrino, caracterizado pela disfunção na ovulação e pelo hiperandrogenismo, quando a mulher possui um excesso de hormônios masculinos, como a testosterona, e passa a apresentar sintomas, entre eles, por exemplo, o surgimento de pelos no rosto.

Essa alteração resulta na formação de alguns cistos nos ovários, que podem interferir na função dos órgãos. Não existe uma causa bem definida para essa patologia, mas alguns fatores podem aumentar o risco do seu desenvolvimento. Entre eles, a resistência à insulina, a obesidade, genética e hábitos de vida sedentários.

Além da presença dos cistos, a SOP pode provocar alguns sintomas, como: 

Por que a SOP pode causar infertilidade? 

A ovulação é o principal processo para o início da reprodução, pois é quando o óvulo será liberado para a fecundação. A SOP é uma doença que afeta essa funcionalidade do corpo, podendo ocasionar a dificuldade para engravidar.

A anovulação é uma das principais causas da infertilidade feminina, sendo comum em mulheres em idade reprodutiva. Devido ao desequilíbrio na ação dos hormônios, o gameta não é liberado corretamente, impedindo o encontro com o espermatozoide.

Ainda assim, mulheres que sofrem com essa condição podem identificar o problema e passar por tratamentos adequados, buscando sempre a melhor qualidade de vida possível e a restauração de sua fertilidade.

Como identificar uma possível presença da SOP?

Algumas patologias podem apresentar sintomas muito semelhantes aos da SOP, dessa maneira, seu diagnóstico pode ser feito após descartar outras possibilidades. 

Existem alguns exames capazes de auxiliar nesse processo, como a avaliação da reserva ovariana, testes hormonais, ressonância magnética e ultrassonografia transvaginal. Para confirmar a ocorrência da SOP, devem ser considerados pelos menos dois dos critérios a seguir:

Qual o melhor tratamento para a SOP? 

O tratamento é baseado em medicamentos que possam diminuir os sintomas provocados pela doença. Podem ser indicados anticoncepcionais e hormônios com ação antiandrogênica para inibir os aspectos masculinos que surgem com a patologia.

Mulheres com o desejo de engravidar podem optar pela reprodução assistida, que possui três técnicas principais: a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).

São métodos muito eficientes que utilizam a estimulação ovariana no início de cada tratamento. Ela é feita com o uso de hormônios que aumentam o desenvolvimento de mais folículos e promovem uma maior liberação dos óvulos para a fecundação.

Cada caso é avaliado de forma individual, para que seja definida a técnica com mais chances de sucesso, de acordo com a situação em que o casal se encontra. 

Além dos modelos de tratamento citados acima, é fundamental que a paciente que esteja em desequilíbrio trate a obesidade e resistência insulínica previamente aos tratamentos reprodutivos para que a taxa de sucesso seja maior, além de diminuir riscos para complicações gestacionais, como abortamentos, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Se você ainda tem alguma dúvida sobre o assunto, leia mais sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e fique por dentro.

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