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Clamídia e infertilidade: conheça mais sobre essa relação

As ISTs, ou infecções sexualmente transmissíveis, são causadas por vírus, bactérias e outros agentes etiológicos, e transmitidas principalmente pelo contato sexual sem proteção.

Anteriormente, as ISTs eram chamadas de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). A nomenclatura foi alterada porque, de acordo com a OMS, o termo “doença” representa um problema de saúde com sinais visíveis no organismo, e muitas pessoas contraem as ISTs e não apresentarem nenhum sintoma.

As infecções sexualmente transmissíveis, na maioria das vezes, são silenciosas. Muitas vezes elas são transmitidas sem que as pessoas ao menos saibam que estão infectadas. Pelo fato da transmissão ser muito facilitada, é importante prevenir as ISTs com o uso de preservativos, mesmo se não houver qualquer suspeita.

A clamídia é uma das ISTs, que é silenciosa e, se não tratada adequadamente, pode causar diversas consequências — incluindo a infertilidade feminina e masculina. Continue lendo para mais informações:

O que é a clamídia?

A clamídia é uma infecção causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal e oral) ou de mãe para filho no momento do parto.

A infecção atinge os órgãos genitais de homens e mulheres, e pode também afetar os olhos e a garganta. Apesar de ser assintomática na maioria dos casos, pode causar sintomas como vontade frequente de urinar, ardência ao urinar, corrimento vaginal ou uretral, inchaço na vagina, nos testículos e no ânus, entre outros.

Quando não diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a clamídia pode causar diversas consequências. Se transmitida de mãe para filho, o bebê pode apresentar complicações como asma, pneumonia, conjuntivite e problemas mais graves, como a síndrome da morte súbita.

Se transmitida pelo contato sexual, a clamídia pode causar doenças graves como a doença inflamatória pélvica (DIP), a endometrite, a epididimite e a prostatite. Todos estes problemas têm relação com a infertilidade.

Clamídia e infertilidade

A infertilidade é uma consequência comum da clamídia. Quando ela se desenvolve e vai se tornando um problema mais grave, pode atingir órgãos reprodutores, causando infecções e inflamações.

Na mulheres, a clamídia pode causar infertilidade quando provoca a inflamação do útero e das tubas uterinas, causando a doença inflamatória pélvica, ou DIP. Isso pode fazer com que as tubas fiquem obstruídas, impedindo a passagem dos espermatozoides ou do embrião. Também pode favorecer o desenvolvimento de uma gestação ectópica.

Outra doença feminina causada pela clamídia é a endometrite, a inflamação do endométrio. O endométrio é o tecido de revestimento da parede interna do útero, onde o embrião se implanta para começar seu desenvolvimento. Quando a paciente possui a endometrite, existem grandes riscos de falha de implantação ou abortamento espontâneo.

Os homens também podem se tornar inférteis como consequência da clamídia. As duas principais doenças relacionadas são a prostatite e a epididimite, inflamação na próstata e no epidídimo, respectivamente. Estes problemas podem prejudicar ou impedir o transporte dos espermatozoides, causar alterações seminais e distúrbios hormonais.

Diagnóstico e tratamento

Para diagnosticar a clamídia, é importante realizar exames de rotina para que o problema possa ser identificado mesmo quando assintomático. Se apresenta qualquer sintoma, o paciente deve buscar ajuda médica o quanto antes.

Os exames mais utilizados para este fim são o papanicolau para mulheres, e o exame de urina para ambos os gêneros.

Após o diagnóstico, o tratamento é feito por meio de antibióticos. Caso o paciente tenha um parceiro sexual fixo, este também deve passar pelo tratamento para evitar nova contaminação.

Quando a clamídia causa outras doenças como consequência, é necessário tratá-las para evitar complicações ainda mais graves.

Reprodução assistida

Se o paciente descobriu a infertilidade causada por clamídia e problemas relacionados, existem chances de recuperar sua fertilidade após o tratamento. Quando isso não é possível, a reprodução assistida pode auxiliar.

A técnica indicada para estes pacientes é a fertilização in vitro (FIV), que conta com procedimentos avançados e oferece boas chances de sucesso mesmo em casos mais graves.

A FIV pode ser realizada, por exemplo, quando há uma obstrução nas tubas uterinas por causa da DIP ou quando o homem apresenta alterações seminais. Diversas outras situações também recebem indicação para a técnica.

O diferencial da FIV é o fato da fecundação acontecer em laboratório, após a coleta e seleção dos gametas femininos e masculinos mais saudáveis e aptos para o procedimento. É possível, inclusive, por meio de procedimentos complementares, coletar os espermatozoides diretamente do epidídimo ou dos testículos, o que muitas vezes é necessário para os pacientes com epididimite, por exemplo.

Após a fecundação, os embriões são cultivados em laboratório e depois transferidos para o útero materno para que a gestação possa acontecer.

Para mais informações sobre a IST, leia o conteúdo sobre clamídia aqui no site.

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