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Congelamento de gametas e embriões

Congelamento de gametas e embriões ou criopreservação, é uma prática que visa a preservação de óvulos, espermatozoides, embriões, tecido ovariano ou testicular. O congelamento possibilita a manutenção de todas as características e funções após o descongelamento.

A prática é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão que regulamenta a medicina no Brasil, incluindo a reprodutiva. A criopreservação de gametas, embriões e tecido gonadal, assegura a preservação da fertilidade feminina e masculina quando mulheres ou homens precisam ser submetidos ao tratamento para o câncer, que pode afetar a quantidade e qualidade dos gametas. O procedimento é conhecido como preservação oncológica da fertilidade.

Assim como tornou-se alternativa importante para preservar a fertilidade em antecipação ao declínio natural provocado pelo envelhecimento, chamada preservação social da fertilidade. Em ambos os casos, podem também ser congelados os embriões.

Continue a leitura e entenda como o congelamento de gametas e embriões é realizado.

Como o congelamento de gametas e embriões funciona e quando é indicado? 

A criopreservação de gametas e embriões garante que a fertilidade seja prolongada por muitos anos, ao mesmo tempo que possibilita o congelamento dos excedentes em tratamentos de fertilização in vitro (FIV) para uso no futuro.

Para preservação oncológica ou social da fertilidade feminina, a mulher é submetida à estimulação ovariana, procedimento no qual medicamentos hormonais estimulam o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, garantindo, assim, uma quantidade maior de óvulos para serem congelados.

Os folículos maduros são posteriormente coletados e os óvulos extraídos em laboratório, onde são selecionados os mais saudáveis para serem criopreservados. Se o objetivo for a preservação oncológica, o procedimento deve ser realizado antes do tratamento quimio ou radioterápico.

A criopreservação de tecido ovariano é indicada particularmente quando a doença afeta meninas na pré-puberdade ou está em estágios mais avançados que impossibilitem a realização da estimulação ovariana, já que o tratamento oncológico necessita ser iniciado de imediato.

Já para preservar a fertilidade masculina o processo é mais simples. São coletadas amostras de sêmen por masturbação, então é realizado um simples preparo, são adicionados os crioprotetores e a amostra estará pronta para ser congelada. Quando os espermatozoides não estão presentes nas amostras de sêmen, podem ser coletados diretamente dos epidídimos ou testículos, por técnicas minimamente invasivas. O tecido testicular que contenha espermatozoides também pode ser congelado.

Quando a intenção é congelar os embriões, por outro lado, o casal deve ser submetido ao tratamento por fertilização in vitro, único que permite o processo, uma vez que óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório, resultando em embriões posteriormente congelados.

Para serem criopreservados, óvulos, espermatozoides, embriões e tecido gonodal são protegidos por soluções crioprotetoras. O método atualmente utilizado para criopreservação é a vitrificação. Ultrarrápido, evita que haja formação de cristais de gelo que podem danificar as células, que são mantidos em nitrogênio sob temperatura de -196ºC até serem descongeladas.

O congelamento de gametas e embriões, portanto, é indicado para quadros que visam concepções futuras, quando os métodos naturais de fertilização possam ser comprometidos de alguma maneira:

A criopreservação também é indicada para doação de gametas e embriões, importante quando não é possível conceber com gametas próprios e para que pessoas solteiras e casais homoafetivos possam engravidar.

Congelamento de gametas e embriões e a fertilização in vitro

A FIV, da mesma forma que é o tratamento utilizado quando há intenção de congelar embriões, é o único método que possibilita a gravidez de mulheres e homens inférteis após o congelamento.

Para serem fecundados óvulos ou espermatozoides devem ser descongelados. Um percentual da quantidade armazenada é utilizado em um ciclo de tratamento e, o restante, permanece congelado para ser usado no seguinte ou no futuro.

Após a fecundação os embriões formados são cultivados por até seis dias em laboratório e podem ser transferidos para o útero em etapas do desenvolvimento embrionários: D3 ou clivagem, no início da divisão celular e no blastocisto ou D5, quando há uma quantidade grande de células e o embrião está mais resistente.

A transferência é um procedimento simples, realizado na própria clínica de reprodução assistida. Logo após a mulher é liberada e a gravidez pode ser confirmada em duas semanas. Se não houver sucesso o processo pode ser repetido em um próximo ciclo de tratamento.

Quando os embriões são congelados, após o descongelamento são transferidos ao útero materno.

As taxas de sucesso de gravidez proporcionadas pela FIV com gametas e embriões congelados são as mesmas do tratamento realizado com eles frescos: em média 50% a cada ciclo. Se considerarmos 3 ciclos, mais de 80% dos casais irão engravidar.

A criopreservação de gametas e embriões garante que a fertilidade seja prolongada por muitos anos, ao mesmo tempo que possibilita o congelamento dos excedentes em tratamentos de fertilização in vitro (FIV) para uso no futuro.

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