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Doenças genéticas: como a FIV pode evitar sua transmissão

Com o avanço da medicina, diversas técnicas de reprodução assistida foram desenvolvidas e aprimoradas ao longo dos anos. Atualmente elas são muito utilizadas em diferentes situações, como em casos de infertilidade feminina e masculina, casais homoafetivos e pessoas buscando a produção independente.

A principal técnica utilizada pelos médicos é a fertilização in vitro (FIV), método em que se realiza parte de seus procedimentos em laboratório, incluindo a fecundação. É muito indicada em casos mais graves ou quando outras técnicas não são eficientes.

A FIV conta ainda com técnicas complementares, realizadas durante o tratamento para aumentar as chances de sucesso na gravidez. Entre elas, encontra-se o teste ERA, a ovodoação, o congelamento de embriões, o PGT, entre outros.

Com este método é possível ter um maior controle do tratamento, tomando conhecimento de aspectos importantes no processo de reprodução. Um dos fatores observados durante o tratamento é a possibilidade de transmissão de doenças genéticas para o feto.

Por meio do PGT (teste genético pré-implantacional), avalia-se as condições dos embriões formados para identificar a possibilidade de alterações genéticas. Assim, é possível transferir apenas aqueles de maior qualidade e com menos riscos de complicações em sua formação.

A seguir, saiba como a FIV pode evitar a transmissão de doenças genéticas.

Quais são as etapas da FIV? 

A FIV é uma técnica de alta complexidade da reprodução assistida, utilizada em situações mais graves de infertilidade. Ela é realizada em cinco etapas principais, além de procedimentos que permitem a personalização do tratamento.

Após os exames iniciais a mulher passa pela estimulação ovariana, que tem início com o uso de medicamentos hormonais para aumentar o desenvolvimento folicular e obter mais óvulos. É seguida da indução da ovulação, também feita com medicamentos hormonais muito semelhantes aos produzidos pelo corpo.

Após a indução da ovulação, ocorre a aspiração folicular para a coleta dos gametas femininos. Simultaneamente, ocorre a coleta de sêmen, feita por masturbação em laboratório, cujas amostras são submetidas ao preparo seminal para seleção dos melhores e espermatozoides. Apenas os gametas (óvulos e espermatozoides) de maior qualidade são selecionados para a fecundação.

Com os óvulos e espermatozoides já analisados e selecionados, ocorre a fecundação em laboratório. Ela pode ser feita pela FIV clássica ou por ISCI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Os embriões formados são mantidos em um meio de cultura adequado para que iniciem o seu desenvolvimento e permaneçam até que estejam prontos para serem transferidos ao útero.

Quando atingem o tamanho ideal, os embriões são transferidos para que se fixem no endométrio, camada de revestimento interna do útero, que é a responsável por dar início ao desenvolvimento do feto.

Como a FIV pode reduzir o risco de transmissão de doenças genéticas?

A FIV é um método muito avançado da medicina, que possui técnicas complementares realizadas a fim de aumentar as possibilidades de sucesso durante o tratamento contra a infertilidade.

Uma dessas opções é o PGT, teste realizado a partir de um sequenciamento de nova geração, feito para analisar fragmentos de DNA. Com ele, é possível identificar a presença de diferentes distúrbios e garantir que sejam transferidos apenas os embriões saudáveis.

Esse procedimento só pode ser realizado durante o tratamento da FIV. Quando há histórico familiar de doenças genéticas, mesmo os casais que não enfrentam problemas de fertilidade podem optar por essa técnica para evitar a transmissão aos seus filhos. Nesses casos, os interessados devem se submeter a todos os procedimentos realizados durante a FIV.

Como o PGT pode ser útil na FIV? 

As etapas da FIV são realizadas normalmente até a transferência do embrião ao útero. É durante o cultivo embrionário que o PGT pode ser realizado, para avaliar geneticamente os embriões formados.

Para que a avaliação seja bem-sucedida, os embriões devem ser analisados em estágio de blastocisto, quando já possuem uma quantidade suficiente de células para a avaliação.

É feita uma biópsia e as células retiradas são enviadas a um laboratório especializado. Dessa forma, ocorre a análise genética do embrião em questão. Existem três modalidades principais do exame: o PGT-M para identificar doenças genéticas e o PGT-A e PGT-SR, que encontram anormalidades cromossômicas.

Após o resultado da análise das células embrionárias, pode ser definida a melhor opção em cada caso. Os embriões considerados saudáveis podem ser transferidos ao útero, pois não oferecem riscos de desenvolverem doenças genéticas. Em algumas situações é possível optar pelo congelamento dos embriões para a sua utilização posterior.

A FIV é o método da reprodução assistida mais avançado e com maiores chances de sucesso. Com essas técnicas complementares, o casal pode ter uma tranquilidade ainda maior devido aos altos índices de sucesso nos tratamentos.

Se você tem alguma dúvida sobre essa técnica, leia mais sobre fertilização in vitro (FIV) e conheça detalhes desse tratamento tão eficiente.

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