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Endometriose e adenomiose: conheça as diferenças

Existem algumas doenças que atingem os órgãos do sistema reprodutor feminino e podem causar danos à saúde da mulher. Duas muito comuns em mulheres em idade reprodutiva e com características bastante semelhantes, são a endometriose e a adenomiose.

A endometriose é uma inflamação crônica, na qual o tecido endometrial cresce em regiões e órgãos no exterior da cavidade uterina, como nos ovários, bexiga e no intestino. Já a adenomiose, é a doença em que o tecido endometrial invade o miométrio, camada intermediária de revestimento do útero.

Embora apresentem algumas semelhanças, as duas doenças são diferentes e podem inclusive, coexistir. Ambas podem levar à infertilidade feminina quando não tratadas adequadamente.

Para mulheres que passam por estes problemas e desejam engravidar, é possível optar pelo tratamento na reprodução assistida, que conta com técnicas muito avançadas e possuem altos índices de sucesso na busca pela gravidez.

A seguir, entenda melhor as semelhanças e diferenças entre a endometriose e a adenomiose e saiba qual o melhor tratamento para mulheres que sofrem com essas doenças.

O que é a endometriose?

O útero é formado por três camadas de revestimento: perimétrio, miométrio e endométrio. O endométrio, camada interna, é o responsável pela implantação do embrião no processo de reprodução.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial em locais fora da cavidade uterina. Normalmente, isso ocorre devido a ação do hormônio estrogênio, o responsável pelo espessamento do endométrio.

O processo de espessamento ocorre normalmente a cada ciclo menstrual para preparar o endométrio para uma possível gravidez. Em casos de endometriose, o hormônio acaba estimulando também o crescimento do tecido fora da cavidade uterina.

Mulheres com endometriose podem perder qualidade de vida por causa dos sintomas que ela provoca. É normal a presença de dor pélvica intensa, que pode piorar com a evolução da doença.

Em muitos casos, a doença pode ser assintomática, mas costuma causar:

Quando procuram ajuda médica, as mulheres passam por uma investigação para diagnosticar o problema. São realizados exames como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética para identificar o tecido ectópico formado fora do útero.

O que é a adenomiose?

A adenomiose é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial no miométrio, camada intermediária do útero. O crescimento desse tecido ectópico causa um processo inflamatório que gera um fluxo menstrual intenso e cólicas severas.

É uma doença que altera a qualidade de vida da mulher, mas é considerada benigna, pois não evolui para um câncer. Quando diagnosticada precocemente, pode ser controlada por medicamentos.

O crescimento do tecido provoca o desenvolvimento de pequenas bolsas no miométrio, o que explica a presença das cólicas intensas e o aumento do fluxo menstrual da mulher. Em alguns casos, o sangramento pode durar um tempo incomum e, quando permanece por mais de dois meses consecutivos é necessário procurar auxílio médico.

Para diagnosticar o problema, o histórico da paciente é avaliado e são realizados exames para descartar a possibilidade de outras doenças. Os principais exames realizados no diagnóstico são a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética para detectar a presença das bolsas formadas no miométrio e as modificações na zona juncional (área de transição entre o endométrio e o miométrio).

Diferenças entre a endometriose e a adenomiose

Apesar de possuírem semelhanças, a endometriose e a adenomiose são doenças distintas e podem até coexistir. Muitas mulheres com adenomiose também têm endometriose.

A principal diferença entre elas é o local de crescimento dos tecidos. Enquanto na endometriose o tecido ectópico cresce fora do útero, em órgãos como os ovários, bexiga e intestino, na adenomiose o desenvolvimento do tecido é no próprio útero, na camada do miométrio.

Outra diferença entre elas é em relação à infertilidade. A adenomiose pode causar a infertilidade, mas esta relação não é tão clara. Pode ocorrer de as bolsas formadas no miométrio causarem uma hipermobilidade uterina irregular e inflamarem o miométrio e endométrio, atrapalhando no transporte de espermatozoides até as tubas uterinas. Esse processo acaba interferindo na fecundação e impedindo a implantação do embrião.

Já a endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. O crescimento do tecido ectópico fora da cavidade uterina em outros órgãos reprodutivos, podem influenciar na fertilidade da mulher e causar dificuldades para alcançar a gravidez.

Além disso, por ser uma doença estrogênio-dependente, a endometriose causa um desequilíbrio hormonal significativo, podendo ser esta uma das causas de infertilidade.

Reprodução assistida

Mulheres que passam por alguma dessas doenças e sofrem com a infertilidade, podem passar pelo tratamento pela reprodução assistida, que conta com três técnicas: relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

A RSP é uma técnica de baixa complexidade, na qual a mulher passa pela estimulação ovariana para aumentar a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação. Quando seu corpo se encontra no momento ideal para a fecundação, o casal é avisado para que possa manter relações sexuais e aumentar as chances de gravidez.

Na IIU, uma técnica de baixa complexidade, também ocorre a estimulação ovariana e é uma técnica mais indicada quando existem fatores leves de infertilidade masculina. Os espermatozoides passam por um processo de melhoramento antes de serem inseridos no corpo da mulher.

A FIV é uma técnica de alta complexidade, com números muito positivos em seus resultados e muito indicada em casos mais graves de infertilidade, ou em casos de falhas em outros procedimentos anteriores.

Para mulheres com adenomiose, a FIV é a técnica mais indicada porque a formação do embrião é feita em laboratório e a transferência ao útero ocorra de forma segura.

Já em casos de endometriose, a indicação é feita de forma individualizada de acordo com cada situação. A gravidade dos casos, os órgãos atingidos e a infertilidade masculina são fatores que devem ser analisados antes de determinar o melhor tratamento dentre as três técnicas para engravidar.

Se este post foi útil para você, leia também sobre a endometriose e entenda melhor sobre essa doença que atinge tantas mulheres.

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  1. Bom dia!
    Há quase três meses,descobri que tenho adenomiose e endometriose profunda,frustrando o meu sonho de ser mãe,estou em tratamento,mas percebo a complexidade das doenças,entreguei nas mãos de Deus.

    • Boa Tarde, Natália!

      Torcemos para que o seu tratamento dê certo e que você realize o seu sonho!

  2. Descobri a Endometriose,logo que me casei, fiz tratamento com garrafada remédio caseiro,pois outro tratamento não deu resultado esperado.Hoje tenho duas filhas,a Endometriose apareceu novamente, e estou fazendo tratamento da mesma maneira.Os médicos não dão outra opção, a não ser retirar o útero.

    • Olá Leia, tudo bem?

      A endometriose pode ser tratada de diversas formas, porém, recomendamos a realização do diagnóstico individualizado aqui na clínica para conseguirmos indicar a melhor alternativa para você.

      Você pode entrar em contato para agendar uma consulta conosco.

      Telefone: (55) 3141-5326
      WhatsApp: (55) 99630-7844

  3. Descobri na metade do ano passado que tenho endometriose profunda,adenomiose e um pólipo no endométrio.A médica tentou tratamentos que seriam possíveis (Cerazette que não funcionou,depois tentamos o Dienogeste que tbm não funcionou)eu já tenho uma filha de dezoito anos e não quero ter mais filhos.Pedi para que se possível fosse retirado o útero,mas ela respondeu que não era uma opção.Que se nada funcionasse ela retiraria o pólipo e colocaria um Diu pq tenho enxaquecas todos os dias desde meus meus quinze anos…. então tomar anticoncepcional tbm não foi uma opção tbm.
    Hoje em dia tomo remédio para dores(cabeça e cólicas que tenho diariamente)sempre.
    Gostaria de saber quais os critérios que são avaliados para retirada de útero e se poderia retirar um útero com pólipo?

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