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Endometrite e falhas de implantação: existe relação?

O útero é um importante órgão do corpo feminino, que faz parte do sistema reprodutor. Ele é responsável pela menstruação, nutrição e desenvolvimento do feto e pelo parto. O órgão é revestido por três camadas de tecido: o perimétrio, que é o mais externo; o miométrio, que é o intermediário; e o endométrio, que é o mais interno.

O endométrio tem papel fundamental no processo de reprodução, pois é nesta camada que o embrião vai realizar a sua fixação para dar início à gravidez. Para que isso aconteça, é preciso que o sistema esteja em boas condições para realizar o procedimento e o endométrio deve estar preparado para este momento.

O período ideal para que a fixação ocorra é chamado de janela de implantação, quando o tecido se encontra com boa receptividade endometrial — momento em que está em espessura adequada para receber o embrião. 

Doenças e alterações podem interferir no caminho até a reprodução, e em muitos casos podem causar a infertilidade feminina. A endometrite é um exemplo disso, já que a inflamação do endométrio pode prejudicar a fertilidade da mulher e dificultar a busca pela gravidez.

A seguir, entenda a relação da endometrite com as falhas de implantação do embrião no endométrio.

O que é receptividade endometrial e qual a sua importância?

Para que a gravidez tenha início, o embrião deve se fixar no endométrio para começar a nutrição e o desenvolvimento do feto. A implantação embrionária acontece no momento em que o endométrio está mais espesso, pois está mais receptivo.

A receptividade endometrial acontece a cada ciclo e normalmente dura poucos dias. Quando a fecundação acontece neste período, as chances de implantação são muito maiores, aumentando a possibilidade da gravidez.

O período em que o tecido uterino se encontra mais espesso com maior receptividade endometrial é conhecido como janela de implantação e, em um ciclo regular de 28 dias, dura cerca de 2 dias. Para essas mulheres a janela de implantação acontece entre o 19º e o 21º dias do ciclo menstrual, contando desde o primeiro dia da menstruação.

Para mulheres que passam pelo tratamento de infertilidade por meio da reprodução assistida, a receptividade endometrial é essencial e deve ser avaliada de perto. A fertilização in vitro(FIV) é a técnica feita em cinco etapas principais, que promove a micromanipulação de gametas e por isso existem muitos procedimentos disponíveis para aumentar as chances de sucesso.

A transferência embrionária, que é a última etapa da FIV, pode ser feita após a análise da receptividade endometrial. Esta opção faz com que os embriões sejam transferidos no momento em que o endométrio está mais preparado para recebê-los. 

O que é endometrite?

A endometrite é caracterizada pela inflamação do endométrio, tecido de revestimento do útero que recebe o embrião para iniciar a gravidez. A doença é causada por uma infecção bacteriana e entre as principais causas dessa ocorrência estão:

infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
resíduos placentários ou abortivos;
inserção de dispositivos intrauterinos (DIU);
doença inflamatória pélvica (DIP).

Pode ser classificada como aguda quando acontece de forma transitória e quando não tratada adequadamente, pode persistir e se tornar crônica. A inflamação crônica normalmente é silenciosa e é mais associada a casos de infertilidade.

Qual a relação da endometrite com as falhas de implantação?

Em gestação natural, a endometrite é muito associada à abortamentos recorrentes e falhas de implantação. Pode causar também complicações obstétricas e neonatais e são problemas mais comuns em mulheres com a inflamação em sua forma crônica.

No caso da FIV, pacientes com endometrite podem apresentar maiores chances de falhas de implantação. Isso acontece porque o endométrio está em processo inflamatório e isso dificulta a fixação do embrião.

Para que o processo de reprodução seja concluído, é essencial que os órgãos estejam em bom funcionamento e saudáveis para completar suas etapas com sucesso. Assim, a endometrite acaba interferindo e causando a infertilidade feminina, diminuindo as chances de gravidez.

Como a reprodução assistida pode ajudar pessoas com endometrite?

Mulheres que passam por problemas de fertilidade resultantes da endometrite podem optar pela reprodução assistida para alcançarem a gravidez. A FIV é o principal método nesse processo que é realizado buscando minimizar os riscos de falhas.

A técnica é realizada em cinco etapas principais: a estimulação ovariana, coleta e seleção dos gametas, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária. Durante esse processo, alguns exames podem ser realizados para avaliar questões que ajudam a aumentar as chances de sucesso, como o teste de receptividade endometrial (ERA).

Esse teste é feito para avaliar o endométrio e descobrir o momento em que ele se encontra mais espesso e pronto para receber o embrião. Assim as chances da gravidez acontecer são bem maiores quando a transferência embrionária é feita no momento certo.

Se você gostou desse post, leia mais sobre a endometrite em nosso site e conheça mais sobre a doença. 

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