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Endometrite e infertilidade: a reprodução assistida pode ser indicada?

A endometrite é uma doença caracterizada pela inflamação do endométrio, quando bactérias se alojam no útero. Essa condição pode acontecer por diversos motivos, incluindo procedimentos ginecológicos invasivos que não aplicam medidas necessárias de assepsia (esterilização).

Em alguns casos, a endometrite pode evoluir para uma forma crônica que acontece devido a inflamações recorrentes, principalmente quando resultantes de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

O endométrio é o tecido de revestimento interno do útero, que promove a fixação do embrião para iniciar a sua nutrição e desenvolvimento na gestação. Quando ocorre a inflamação do tecido endometrial, é possível que aconteça a infertilidade feminina, dificultando a busca pela gravidez.

Nestes casos, é possível obter ajuda pela reprodução assistida, que conta com técnicas muito eficientes e capazes de ajudar casais com problemas de infertilidade. Contudo, para que o tratamento seja bem sucedido, a mulher deve tratar a endometrite para que a inflamação não cause dificuldades na implantação do embrião.

A seguir, saiba a relação da endometrite com a infertilidade e entenda como a reprodução assistida pode auxiliar nestes casos:

Qual a relação da endometrite com a infertilidade?

O endométrio é parte essencial do processo de reprodução, pois é neste tecido em que o embrião se fixará para iniciar o desenvolvimento do feto. Por afetar o tecido endometrial, a endometrite acaba influenciando negativamente na fertilidade da mulher.

Mulheres com endometrite podem encontrar dificuldades para engravidar porque, mesmo com o encontro do espermatozoide com o óvulo e a consequente fecundação, o embrião não consegue se fixar no endométrio para iniciar o desenvolvimento embrionário, ou, caso engravide, pode haver um maior risco de abortamento.

A inflamação pode causar falhas de implantação embrionária, tanto em gestações naturais quando em fertilização por reprodução assistida. Por isso a importância de realizar o tratamento da doença antes de realizar novas tentativas de gestação.

Além disso, quando a patologia não é tratada adequadamente, ela pode se espalhar para outros órgãos do sistema reprodutor, como os ovários e as tubas uterinas, causando sérias consequências e influenciando em outras etapas do processo de reprodução.

Quais as causas da endometrite?

A endometrite pode ser causada por procedimentos médicos que facilitam a proliferação de bactérias na vagina e por infecções que acometem o útero. ISTs e outras infecções que atingem órgãos reprodutores femininos também podem ser causadores do processo inflamatório.

Existe uma barreira impermeável contra a ascensão de bactérias, denominada muco cervical. As infecções podem alterar essa barreira, permitindo assim o acesso das bactérias ao útero, resultando na inflamação.

Quando esta situação se torna recorrente e não é tratada adequadamente, a endometrite se torna um processo crônico e a inflamação se torna persistente. Nestes casos, pode haver a formação de aderências e abscessos, o que também dificulta na implantação do embrião.

Como é feito o tratamento da endometrite?

O combate às bactérias causadoras da endometrite é feito com o uso de medicamentos antibióticos prescritos pelo médico. O tempo de tratamento e a dosagem de remédios são indicados de acordo com a situação de cada mulher e a bactéria causadora da patologia.

Quando causada por ISTs, como a clamídia, a gonorreia, o micoplasma e o ureaplasma, é indicado que os parceiros sexuais também passem pelo tratamento para garantir que não haverá uma nova contaminação. Após este procedimento, devem ser avaliados novamente para confirmar a ausência das bactérias.

Casos mais graves, como a endometrite crônica com formação de aderências e abscessos ou quando existem resíduos de tecidos placentários ou abortivos, necessitam de uma intervenção cirúrgica.

Este processo se dá pela realização da videolaparoscopia ou por vídeo-histeroscopia cirúrgica, procedimentos minimamente invasivos que permitem a retirada dos tecidos e oferecem mínimos riscos de danos ao útero.

Como a reprodução assistida pode auxiliar em casos de endometrite?

Em muitos casos a fertilidade da mulher é restaurada após o tratamento para a endometrite. Quando isso não acontece e ela possui o desejo de engravidar, é possível optar pela reprodução assistida.

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais indicada em situações como essa, por se tratar de um método muito avançado na medicina reprodutiva. A maior parte de seus procedimentos é feita em laboratório, o que permite uma maior manipulação das situações a favor do tratamento bem sucedido.

A FIV é um método de alta complexidade, indicado em diversos casos de infertilidade, principalmente em situações mais graves ou quando outros procedimentos não são eficientes.

Ela é realizada em cinco etapas principais, sendo: a estimulação ovariana, coleta dos gametas, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária. Além disso, existem técnicas complementares, realizadas a fim de aumentar as chances de sucesso na gravidez e evitar problemas como malformações e doenças hereditárias.

É essencial lembrar da importância de realizar o tratamento para a endometrite antes de passar pelos procedimentos que envolvem a reprodução assistida. Isso acontece porque o processo inflamatório causado pela endometrite, pode causar falhas de implantação do embrião.

Se este assunto foi relevante para você, não deixe de ler mais sobre a endometrite e conhecer seus principais sintomas e formas de diagnóstico.

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