Os epidídimos são ductos contorcidos, localizados posteriormente aos testículos dentro do saco escrotal. São responsáveis pela coleta e armazenamento dos espermatozoides que os testículos produzem.
Sua estrutura é dividida em três partes: cabeça, corpo e cauda. Na parte distal da cauda, o epidídimo encurva-se em ângulo agudo, dando continuidade ao ducto deferente. Nessa curva ficam armazenados os espermatozoides até o momento da ejaculação.
Para o bom funcionamento do sistema reprodutor e a conclusão da fecundação, é essencial que os órgãos estejam saudáveis e em condições de realizar todas as etapas da reprodução.
A inflamação dos epidídimos, conhecida como epididimite, pode causar alterações que interferem na fertilidade do homem. O mau funcionamento dos órgãos pode resultar na obstrução da passagem dos gametas, dificultando o alcance da gravidez.
Conheça um pouco mais sobre a doença, entenda a sua relação com a infertilidade masculina e saiba como ela pode ser diagnosticada e tratada de forma correta.
A epididimite é a inflamação dos epidídimos, ductos responsáveis pelo armazenamento dos espermatozoides até o seu amadurecimento. Após sua produção nos testículos, os gametas masculinos são levados até os epidídimos, onde permanecem até o momento da ejaculação, quando são levados para fora pelos ductos deferentes.
Em grande parte das vezes, a patologia é causada por bactérias — muitas vezes transmitidas sexualmente, mas pode ter sua origem também após traumas na região ou de doenças como a caxumba. Na maior parte dos casos atinge homens em idade reprodutiva, mas pode afetar indivíduos de qualquer idade, inclusive crianças.
A doença pode ser encontrada em sua forma aguda e crônica. A epididimite aguda causa dores e edemas nos epidídimos. Já em sua forma crônica, o paciente apresenta dores por mais de seis semanas. Em algumas situações, a epididimite aguda pode evoluir para a forma crônica e causar complicações.
Quando não tratada de forma adequada, a inflamação pode se espalhar e atingir os testículos, causando a orquiepididimite e interferindo na fertilidade do homem. Por isso, é importante estar alerta aos sintomas para que a investigação da doença seja feita de maneira precoce, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
Normalmente os sintomas surgem após um dia, tendo início com uma dor aguda e vermelhidão nos testículos. Em sua forma crônica, a dor aumenta de intensidade e traz um incômodo maior. Outros sintomas comuns da epididimite são:
É comum que homens com epididimite apresentem infertilidade, pois a inflamação dos epidídimos pode obstruir a passagem dos espermatozoides e impedi-los de chegar até o óvulo. Ainda assim é possível alcançar a gravidez por meio de técnicas de reprodução assistida.
Alguns sintomas podem ser muito semelhantes a outras doenças no sistema reprodutor, por isso além de avaliá-los, o médico realiza os exames físico e laboratorial. O exame físico serve para avaliar o inchaço dos testículos e da virilha e as secreções penianas.
A fim de complementar o diagnóstico, são feitos exames de sangue, de urina e ultrassonografia no local. Também é feito o rastreio de ISTs para identificar a presença dos patógenos.
Após o diagnóstico, é possível definir o melhor tratamento de acordo com as causas da doença. Quando causada por uma bactéria é indicado o uso de antibióticos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para o alívio dos sintomas. Também são recomendados o repouso e a aplicação de compressas no local para diminuir a dor e o desconforto.
Quando a epididimite é originada de uma IST, é indicado que os parceiros sexuais também sejam tratados e que passem por nova avaliação para confirmar o sucesso do tratamento.
Somente os casos mais graves necessitam de intervenção cirúrgica, porém é uma situação considerada rara. Nesses casos, toda a região atingida deve ser retirada, o que pode afetar a fertilidade do homem.
Quando a epididimite causa a infertilidade masculina, é possível optar pela reprodução assistida para buscar a gravidez. O mais indicado é a fertilização in vitro (FIV), uma técnica de alta complexidade que possui métodos muito avançados e a maioria dos procedimentos é feita em laboratório, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
A FIV pode ser realizada de forma clássica ou por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), quando o espermatozoide selecionado é injetado diretamente no óvulo para promover a fecundação. Quando houver a obstrução do epidídimo, será necessário o procedimento denominado PESA para retirar os gametas diretamente do epidídimo.
A determinação da melhor técnica a ser adotada e os recursos para aumentar as chances de sucesso, pode variar de acordo com cada situação. São avaliados diversos aspectos, incluindo a intensidade da doença e fatores de fertilidade da mulher.
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