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Estimulação ovariana na FIV: por que é realizada?

Toda mulher passa por um processo de ovulação, quando ocorre a liberação de um óvulo maduro pelo ovário. Isso acontece naturalmente, a cada ciclo menstrual. Esse processo representa o ápice de fertilidade do corpo feminino, e é quando os óvulos estão prontos para serem fecundados pelos espermatozoides.

O ciclo menstrual normalmente dura cerca de 28 dias, podendo variar, e a ovulação acontece aproximadamente na metade desse período.

Durante este processo, apenas um óvulo é liberado pelo ovário e pessoas com parâmetros normais de fertilidade podem conseguir engravidar normalmente. Porém, na reprodução assistida, essa quantidade pode não ser o suficiente.

Por isso, técnicas de reprodução assistida realizam um procedimento denominado estimulação ovariana. Com o uso de medicamentos hormonais, uma maior quantidade de folículos é estimulada ao desenvolvimento para que se obtenha mais óvulos para o tratamento.

A seguir, saiba como a estimulação é realizada na fertilização in vitro (FIV), umas das principais técnicas da reprodução assistida.

Porque a FIV necessita de maior quantidade de óvulos?

A FIV é a técnica mais avançada da reprodução assistida e é realizada para auxiliar casais com problemas mais graves de infertilidade. Ela é feita de forma individualizada de acordo com as necessidades dos pacientes, contando também com técnicas complementares para aumentar as taxas de sucesso no tratamento.

Para que seja possível concluir o procedimento com sucesso, é preciso ter à disposição uma maior quantidade de óvulos. Devido ao fato de que grande parte das etapas da FIV acontecem em laboratório, é possível analisar os gametas femininos, selecionar os melhores e, quando houver falhas, repetir o processo.

Isso faz com que a maioria das mulheres não precise passar novamente pela coleta de óvulos, diminuindo o desgaste físico e emocional. Este procedimento também economiza o tempo de tratamento, uma vez que não é necessário esperar o próximo ciclo para coletar gametas em caso de falhas.

O que é a estimulação ovariana e como ela é feita na FIV?

No ciclo menstrual, vários folículos são recrutados, porém somente um amadurece e se rompe, liberando o óvulo. Esse desenvolvimento folicular é estimulado pelo hormônio FSH (hormônio folículo-estimulante), e o LH (hormônio luteinizante) induz a maturação final e o rompimento dos folículos.

Mulheres com problemas de ovulação, sejam eles causados pelo desequilíbrio hormonal, doenças e alterações no organismo, precisam passar por um processo de estimulação para obter um número maior de folículos desenvolvidos.

A estimulação ovariana é feita em todos as técnicas de reprodução assistida e acontece pelo uso de medicamentos hormonais. O crescimento desses folículos é acompanhado por ultrassonografias até que alcancem o tamanho ideal. Neste momento, passam por uma indução da ovulação.

Em técnicas de baixa complexidade como a relação sexual programada (RSP) e a inseminação intrauterina (IIU), os folículos se rompem e os óvulos se dirigem às tubas uterinas para a fecundação. Já na FIV, após a indução os folículos são coletados e levados ao laboratório para serem fecundados.

A FIV é indicada normalmente para mulheres com idade acima de 35 anos, que tenham algum tipo de obstrução das tubas uterinas, fatores mais graves de infertilidade ou tempo de infertilidade maior que 3 anos. A dosagem hormonal utilizada é mais alta, pois a fecundação acontece em laboratório e necessita-se de mais óvulos disponíveis.

Existe o risco de gestação gemelar?

Devido ao fato de a fecundação ser realizada em laboratório na FIV, é possível controlar a quantidade de embriões que serão formados e transferidos posteriormente ao útero. Existe um protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece a quantidade de embriões a serem transferidos no tratamento:

Com o avanço da medicina, a possibilidade de controle da situação é muito maior, diminuindo os riscos de uma gestação múltipla (dois ou mais fetos em desenvolvimento). Esse tipo de gravidez pode trazer riscos à saúde da mulher e dos bebês, portanto, podem ser evitadas no tratamento pela FIV.

Outras técnicas não possuem esse controle, uma vez que a fecundação acontece de forma natural, sem a micromanipulação de gametas. Por isso, apesar de as chances de engravidar serem menores, quando ocorre, as chances de uma gestação gemelar são maiores em métodos como a RSP e a IIU.

Por que a estimulação ovariana aumenta as chances de gravidez?

Cada mulher responde de forma individual à estimulação ovariana. Apesar de todas as técnicas utilizarem este recurso, em cada uma delas a dosagem é diferenciada para atender às necessidades da paciente e da situação.

Na FIV, a dosagem hormonal é maior e são obtidos mais óvulos para o processo de reprodução. Esses gametas são examinados e selecionados em laboratório para que sejam utilizados apenas os melhores durante o tratamento.

Com os óvulos à disposição, os espermatozoides são coletados e selecionados para que a fecundação aconteça. Todo o processo é feito de forma assistida, buscando o maior número de embriões possíveis.

Após o cultivo embrionário em um ambiente apropriado, os embriões são transferidos ao útero no momento ideal para a implantação no endométrio. Após se fixar no útero, o embrião inicia o seu desenvolvimento até o nascimento.

Se você se interessou por este assunto, saiba mais sobre a fertilização in vitro (FIV) e entenda como funcionam os seus procedimentos no tratamento contra a infertilidade.

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