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Hatching assistido: como é feito e quando é indicado?

A reprodução assistida vem evoluindo muito ao longo dos anos e ajudando muitos casais com problemas de infertilidade, sejam eles causados por fatores masculinos ou femininos. Desde os casos mais leves aos mais graves, existem soluções por meio de técnicas muito eficientes, escolhidas de acordo com a individualidade de cada situação.

O hatching assistido é uma das técnicas complementares realizadas durante a fertilização in vitro (FIV). Ela é feita para aumentar as chances de implantação do embrião no endométrio, camada de revestimento interno do útero. É indicada principalmente quando o hatching natural (ou eclosão) não acontece ou acontece de forma parcial.

Em seus primeiros dias de desenvolvimento, o embrião possui uma película protetora, conhecida como zona pelúcida. Para que aconteça a implantação, essa camada precisa se romper. Com isso, a gestação é iniciada e o feto começa a ser desenvolvido dentro do útero.

A seguir, saiba mais sobre o processo de hatching assistido, entenda como ele é feito e em quais situações pode ser indicado:

O que é hatching e hatching assistido?

A zona pelúcida é uma matriz acelular formada por proteínas, glicoproteínas e carboidratos. Durante a fecundação, ela auxilia na fusão do espermatozoide com o óvulo, e após esse processo ela mantém o embrião compactado durante o transporte até o útero.

Em seus primeiros dias de desenvolvimento, o embrião é protegido pela zona pelúcida, que reduz de forma natural quando ele alcança o útero. Em um determinado momento, o embrião eclode e acontece a implantação no endométrio, a camada que reveste internamente o útero e é responsável pela nutrição e proteção até que seja formada a placenta. Esse processo é conhecido como hatching e acontece de forma natural na gestação.

Normalmente, a película de proteção deve se romper após cinco dias de fecundação, quando o embrião chega ao útero em fase de blastocisto. Porém, em alguns casos, a camada pode ser mais densa e espessa, dificultando a sua eclosão (hatching). Se o processo não ocorrer de forma correta, a implantação embrionária pode ser comprometida e a gestação não é iniciada.

O hatching assistido tem o papel de auxiliar nesse processo e facilitar a eclosão da zona pelúcida, garantindo assim mais chances de sucesso na implantação do embrião. A dificuldade em romper a camada de proteção, é um dos maiores causadores de falhas de implantação embrionária. O procedimento é realizado em laboratório durante o tratamento pela FIV.

Como o hatching assistido é realizado na FIV?

A FIV é realizada em cinco etapas principais: estimulação ovariana, coleta dos gametas, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária. Após o cultivo dos embriões em laboratório, é possível saber se existe a necessidade de realizar o hatching assistido para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

São feitas algumas fissuras que facilitem a eclosão, e para isso utiliza-se a tecnologia à laser. O hatching assistido pode também ser realizado mecanicamente, com a ajuda de uma agulha ou com o uso de substâncias químicas como o ácido acético.

O método que utiliza uma agulha foi o primeiro a ser desenvolvido, ainda que não seja o mais utilizado atualmente, é muito eficiente. Em relação ao processo químico, possui a vantagem de ter um custo menor e oferecer menos riscos de danos ao embrião.

O processo químico é pouco indicado atualmente, pois oferece maior risco de danos embrionários. Substâncias ácidas são aplicadas na zona pelúcida para que ela seja rompida. Além da possibilidade de alterações e desequilíbrios no pH da célula do embrião, esse método possui alto custo.

O procedimento que utiliza laser é o mais usado, pois oferece maior precisão na abertura realizada na zona pelúcida, facilitando o seu rompimento. Durante o cultivo embrionário, o material é analisado e, quando necessário, o hatching assistido é feito de forma rápida e segura, não oferecendo riscos de danos ao embrião. Por isso, é o método mais indicado na reprodução assistida atualmente.

Quando o hatching assistido é indicado?

São poucos os casos em que o hatching assistido é indicado, já que nem todos os embriões precisam passam pelo procedimento. Mulheres com idade avançada que passam pelo tratamento pela FIV costumam necessitar do procedimento por possuírem mais chances de um espessamento maior da zona pelúcida.

Alguns embriões podem também apresentar má qualidade, observada durante o cultivo embrionário, o que leva à aplicação da técnica. Quando a mulher já passou por outros ciclos consecutivos de tratamento e não obteve sucesso, também há a indicação do procedimento.

A FIV também permite a transferência de embriões congelados em seu tratamento e, em alguns casos, eles podem encontrar dificuldade de eclodir após o processo de descongelamento. Nessa situação, o hatching assistido também é o mais indicado.

Se este post foi útil para você, leia mais sobre o hatching assistido e entenda melhor como funciona este procedimento que possibilita maiores chances de uma implantação bem sucedida.

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