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Hipotireoidismo: veja quais são os sintomas

A tireoide é uma pequena glândula localizada na parte inferior do pescoço, que tem a função de regular diversos processos metabólicos no corpo. Ela secreta hormônios que atuam no controle da velocidade das funções químicas do corpo, a taxa metabólica.

Esses hormônios influenciam na taxa metabólica, estimulando os tecidos do corpo a produzirem proteínas e aumentando a quantidade de oxigênio que as células utilizam. Ainda, os hormônios tireoidianos influenciam em diversas funções vitais do corpo como: a frequência cardíaca, ritmo de queima das calorias, manutenção da pele, crescimento, produção de calor, fertilidade e digestão.

Alterações na tireoide podem causar alguns distúrbios que acabam influenciando nesses processos, por alterar a função e estrutura dela. Quando a glândula não produz hormônios suficientes ou essa produção é interrompida, ocorre o hipotireoidismo.

Entenda como funciona o hipotireoidismo e conheça os principais sintomas que indicam a patologia.

O que é hipotireoidismo?

Também conhecido como tireoide hipoativa, o hipotireoidismo normalmente é mais frequente em mulheres com idade acima de 40 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Histórico familiar pode ser um fator de risco e ocorre com menor frequência nos homens.

O hipotireoidismo acontece quando a produção dos hormônios da tireoide é alterada, reduzindo as funções vitais do corpo. Em suas fases iniciais não costuma apresentar sintomas e pode ser descoberto em exames de rotina, o denominado hipotireoidismo subclínico.

A principal causa para a patologia é tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune em que os anticorpos produzidos atacam a glândula e alteram a produção dos hormônios. Nesses casos, o hipotireoidismo vai surgindo à medida que a tireoide é gradativamente destruída.

Outras causas para o problema podem incluir: a falta de iodo, inflamação da tireoide (tireoidite), tratamento de hipertireoidismo ou de câncer de tireoide, aplicação de radiação à cabeça e pescoço, distúrbios hereditários que impedem a produção ou secreção suficiente de hormônios, além do uso de alguns medicamentos psiquiátricos.

Quais os sintomas do hipotireoidismo?

Inicialmente é comum que não apareçam sintomas, pois eles tendem a surgir gradativamente de acordo com a progressão da doença. Entre os sintomas mais comuns estão:

ciclos menstruais irregulares;

voz rouca e fala lenta;

ganho súbito de peso;

pálpebras caídas;

pele seca e queda de cabelo;

fraqueza e dores musculares;

perda da libido;

fluxo menstrual intenso;

cansaço e sonolência;

rosto e olhos inchados;

nível elevado de colesterol no sangue;

aumento da glândula tireoide;

fadiga;

prisão de ventre;

depressão;

irritabilidade;

sensibilidade ao frio;

falha de memória.

Em alguns casos podem ocorrer complicações como a infertilidade, pois os hormônios tireoidianos possuem função no processo de reprodução. Quando sua produção é afetada pelo hipotireoidismo, a fertilidade pode ser comprometida.

A falta dos hormônios pode interferir no processo ovulatório, causando falhas na liberação dos óvulos e levando a problemas na receptividade endometrial, dificultando a implantação do embrião no endométrio.

Qual o melhor tratamento para o hipotireoidismo?

O tratamento adequado para o hipotireoidismo é feito com a reposição hormonal, utilizando hormônio tireoidiano sintético. Dessa forma, a produção dos hormônios é regularizada, aliviando os sintomas apresentados. O uso desses medicamentos também auxilia na regulamentação dos hormônios utilizados no processo de reprodução.

Este tratamento deve ser vitalício e diário, sendo a dosagem ajustada de acordo com cada situação. Inicialmente é possível que o paciente apresente alguns efeitos colaterais, como palpitações, tremores, alteração no sono e no apetite. Porém esta situação tende a se normalizar com o tempo.

Com o tratamento para o hipotireoidismo, é comum que a fertilidade seja restaurada. Quando isso não acontece, a mulher que deseja engravidar pode optar pelo tratamento de reprodução assistida.

Reprodução assistida

Existem três técnicas principais utilizadas na medicina reprodutiva: a relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV). Cada uma à sua complexidade, são eficientes em diversos casos de infertilidade.

Todas elas utilizam de um método denominado estimulação ovariana, que consiste em administrar dosagens hormonais para as mulheres a fim de estimular um maior desenvolvimento dos folículos, obtendo assim mais óvulos disponíveis para a fecundação.

A RSP é a técnica de menor complexidade, utilizada em casos mais simples. Após a estimulação, o casal é informado sobre o melhor momento para manter relações sexuais, aumentando as chances de uma fecundação bem sucedida.

Também conhecida como inseminação artificial, a IIU é também uma técnica de baixa complexidade. Após a primeira etapa por meio da dosagem hormonal, os espermatozoides são coletados e inseridos no útero para que a fecundação possa acontecer de forma natural.

Já a FIV é um método de maior complexidade e o mais eficiente dentro da reprodução assistida, sendo indicada em casos mais graves ou após falhas em outras técnicas. A maior parte dos seus procedimentos é feita em laboratório, o que permite uma maior manipulação dos gametas e embriões.

Existem técnicas complementares utilizadas na FIV para aumentar as chances de sucesso da gravidez e evitar o desenvolvimento de doenças e malformações para o feto. Após a estimulação ovariana, os gametas são coletados e selecionados para serem utilizados na fecundação.

A fertilização é feita em laboratório com a micromanipulação dos gametas previamente selecionados. Os embriões formados permanecem em um meio de cultura para serem cultivados até o momento ideal.

Quando a mulher se encontra com boa receptividade endometrial, quando o endométrio está mais espesso, ocorre a transferência embrionária para que o embrião se fixe no tecido e dê início ao seu desenvolvimento.

Se você se interessou por este assunto, não deixe de ler mais sobre o hipotireoidismo e conheça as suas causas e formas de diagnóstico.

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