Idade materna e síndrome de Down: qual a relação? - Clínica Reproduce Idade materna e síndrome de Down: qual a relação? - Clínica Reproduce
BLOG

Idade materna e síndrome de Down: qual a relação?

Muito se fala sobre o risco existente de mulheres em idade mais avançada gerarem filhos com síndrome de Down, mas nem todos sabem o porquê de isso acontecer. É importante entender que essa não é uma regra, mas o risco pode ser um pouco maior nesses casos.

A mulher possui uma reserva ovariana que contém seus folículos, estruturas que armazenam o óvulo primário e os liberam já maduros após o seu desenvolvimento, para que possa ocorrer a fecundação.

Com o avançar da idade, os folículos perdem em quantidade e qualidade, aumentando os riscos de infertilidade feminina, do desenvolvimento de doenças e síndromes, a complicações durante a gravidez.

A síndrome de Down é causada por uma alteração cromossômica e faz com que o indivíduo possua características únicas e esteja mais sujeito ao desenvolvimento de alguns tipos de doenças.

Em alguns casos, a idade materna pode aumentar os riscos dessa ocorrência devido à qualidade de seus gametas, que tendem a sofrer mais alterações quando ela se encontra em idade mais avançada.

Neste texto, entenda um pouco mais sobre a relação da idade materna com o nascimento de bebês com síndrome de Down.

O que é a síndrome de Down?

Normalmente, o ser humano tem 46 cromossomos em cada célula do seu corpo, sendo 23 fornecidos pelo pai e 23 pela mãe. Após a fecundação, a união do óvulo com o espermatozoide resulta em toda a informação genética do futuro ser humano. O óvulo fecundado, sofre uma divisão celular para a formação do embrião, que se implanta no endométrio iniciando a gravidez.

Os cromossomos carregam genes que determinam as características do indivíduo, sendo encontrados em pares. Em alguns casos, o óvulo ou o espermatozoide podem apresentar 24 cromossomos e não 23, totalizando 47 ao formar a nova vida.

Também conhecida como trissomia do 21, a síndrome de Down é ocasionada por essa alteração genética, na qual o cromossomo extra é identificado no par número 21. Dessa forma, a criança nasce com algumas características físicas e cognitivas específicas.

Pessoas com síndrome de Down se diferem das demais devido a aspectos físicos, dificuldades de desenvolvimento e aprendizado, por exemplo. São, ainda, indivíduos com mais probabilidade de desenvolver alguns tipos de alterações e doenças como: cardiopatia congênita, oftalmológicas, auditivas, endocrinológicas, entre outras.

Atualmente existem muitos estudos que auxiliam essas pessoas, entendendo mais sobre essa condição e buscando soluções para alterações que possam interferir em sua qualidade de vida.

Por que a mulher mais velha tem mais risco de ter filhos com síndrome de Down?

Com o passar da idade, os folículos encontrados no organismo da mulher também envelhecem, perdendo qualidade e diminuindo sua quantidade de forma progressiva. Essa queda quantitativa pode ser mais acentuada a partir dos 35 anos e a qualitativa principalmente após os 40 anos, aumentando o risco do desenvolvimento de doenças, alterações e complicações durante a gestação.

A síndrome de Down é causada por uma alteração que pode ser identificada tanto no espermatozoide quanto no óvulo. À medida que a mulher envelhece, aumentam os riscos de seus gametas serem encontrados com alguma anormalidade genética.

Como a reprodução assistida pode evitar esses riscos?

A medicina reprodutiva evoluiu muito ao longo dos anos e desenvolveu técnicas muito eficientes na busca pela gravidez. Entre elas, a principal utilizada em muitos casos é a fertilização in vitro (FIV), na qual a fecundação acontece fora do corpo.

Essa técnica conta ainda com procedimentos para complementar a sua eficiência, como o teste genético pré-implantacional (PGT). Ele pode ser feito para evitar a transmissão de anormalidades cromossômicas e doenças genéticas para os filhos.

O teste utiliza a tecnologia NGS (next generation sequencing), um sequenciamento que analisa simultaneamente milhares de fragmentos de DNA. Dessa forma, é possível identificar alterações e transferir apenas os embriões saudáveis.

Esse procedimento só pode ser realizado durante o tratamento pela FIV, uma vez que a fecundação acontece em laboratório e permite a análise dos embriões antes de transferi-los ao útero. Casais que não sofrem de infertilidade, mas possuem histórico de doenças genéticas ou cromossômicas também podem recorrer a esta técnica.

Mulheres que pretendem engravidar mais tarde, podem ainda contar com a preservação da fertilidade, processo em que os óvulos são congelados em idades mais jovens, para serem usados futuramente no tratamento com a FIV.

Assim, a reprodução assistida pode auxiliar nesses casos para evitar o risco da ocorrência da síndrome de Down. Mulheres com idade superior a 35 anos, mas principalmente a partir dos 40 anos, podem optar pelo tratamento para realizar um acompanhamento maior e evitar riscos.

Se você se interessa por esse assunto, leia mais sobre a fertilização in vitro (FIV) e entenda detalhadamente como essa técnica funciona.

Compartilhar:

Deixe o seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Clínica Reproduce
Clínica Reproduce -