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Infertilidade, câncer e reprodução assistida: qual a relação?

A reprodução humana é um processo muito complexo, que necessita de diferentes sistemas em boas condições para ser realizado com sucesso. Além disso, é preciso que homens e mulheres apresentem bons parâmetros de fertilidade.

O câncer é uma doença que afeta muitas pessoas e causa algumas complicações, sendo a infertilidade feminina e masculina uma delas. Esse problema pode ocorrer devido a alterações que a condição causa no corpo e até mesmo pelo tratamento oncológico, que afeta o organismo de forma intensa.

Os efeitos do tratamento contra o câncer tendem a afetar de forma provisória ou definitiva a fertilidade de homens e mulheres. Nesses casos, a reprodução assistida pode auxiliar na busca pela tão sonhada gravidez.

Existem métodos na medicina reprodutiva que permitem o tratamento em casos de alterações leves ou graves na produção e liberação dos gametas. Também é possível optar pela preservação oncológica nessas situações, quando a pessoa passa por procedimentos que podem manter seu material biológico em bom estado até que se recupere do tratamento da doença.

Nesta leitura, conheça um pouco mais sobre o procedimento para a prevenção oncológica e entenda a relação entre infertilidade, câncer e reprodução assistida:

O que é câncer e quais os problemas emocionais associados a ele?

O câncer é caracterizado por inúmeras manifestações malignas que acontecem após um crescimento anormal das células, invadindo tecidos e órgãos. É uma condição que pode ser encontrada em estágios mais leves ou mais graves, causando complicações para a saúde do indivíduo.

Essa divisão de células acontece de forma desordenada e agressiva, levando à formação de tumores que podem se espalhar para outras regiões do corpo além das localizações iniciais apresentadas.

A doença pode ser muito complicada tanto em relação à saúde física, quanto mental. Pode ser acompanhada de alterações como a ansiedade e a depressão, deixando o emocional da pessoa bastante abalado.

Quando o câncer se desenvolve durante a idade reprodutiva, pode haver dificuldades para engravidar devido às alterações provocadas no organismo pela doença ou como consequência do tratamento.

É necessário um acompanhamento psicológico juntamente com a intervenção física, para que a pessoa tenha todo apoio e suporte durante esse período. No caso dos que desejam ter filhos, existem recursos que permitem que esse desejo seja realizado quando estiverem saudáveis.

Por que o tratamento do câncer pode levar à infertilidade?

O tratamento do câncer envolve procedimentos invasivos que provocam algumas alterações no organismo. Os efeitos podem afetar de forma temporária ou permanente, de acordo com a gravidade da situação.

Nos homens, ele pode interferir na produção dos espermatozoides, comprometer a sua qualidade e ainda causar alterações no DNA, que podem ocasionar da dificuldade para engravidar a complicações para o feto.

Já nas mulheres, pode ocorrer a falência ovariana precoce (FOP), quando os ovários param de funcionar normalmente. Ou seja, não produzem quantidades adequadas de hormônios reprodutivos ou liberam óvulos regularmente. Nesses casos, também podem ocorrer alterações genéticas nos gametas femininos.

Existem situações mais graves em que se torna necessária a retirada das glândulas sexuais (ovários e testículos) ou do útero, comprometendo diretamente o processo de reprodução.

Quais as possibilidades para quem quer ter filhos e precisa passar pelo tratamento do câncer?

Pessoas que vão passar pelo tratamento oncológico e desejam ter filhos, devem procurar auxílio antes de iniciar o procedimento. A reprodução assistida conta com a chamada preservação oncológica da fertilidade, que utiliza métodos para preservar o material biológico por diversos anos, até o momento adequado para o uso.

A preservação é feita por criopreservação, técnica complementar à fertilização in vitro (FIV), que possibilita o congelamento de óvulos, espermatozoides e embriões.

Nas mulheres, existe também a possibilidade de congelar o tecido ovariano, processo importante quando a doença afeta meninas na pré-puberdade ou quando encontrada em estágios mais graves, impedindo que ocorra a estimulação ovariana. Tal técnica é ainda considerada experimental por sua baixa taxa de sucesso, devendo ser realizada apenas em situação de exceção e com a ciência total dos pais.

Para ocorrer o congelamento dos óvulos, a mulher passa por exames antes de iniciar o procedimento e, depois, pela estimulação ovariana, para estimular o desenvolvimento de mais folículos e obter mais óvulos para serem congelados.

Posteriormente, ocorre a indução da ovulação e a aspiração folicular para retirar os óvulos obtidos. Os mais saudáveis são selecionados em laboratório e enviados para o congelamento.

Para a criopreservação dos espermatozoides, o homem passa pela coleta do sêmen e pelo preparo seminal. As amostras de sêmen são coletadas na clínica por meio da masturbação e prontamente congeladas.

Já o congelamento dos embriões é feito após a fecundação em laboratório na FIV. Os gametas são coletados e preparados para o procedimento, que pode ser feito de forma clássica ou por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Após essa etapa, ocorre o cultivo embrionário até o momento ideal para a criopreservação.

Essas pessoas podem utilizar seu material biológico quando terminarem o tratamento contra o câncer e estiverem saudáveis para passar pelo processo de reprodução, no momento em que decidirem que é a hora de engravidar. A FIV é o método utilizado para concluir essa busca pela gravidez.

Se a preservação oncológica da fertilidade é um assunto do seu interesse, leia outro texto que aborda detalhadamente o assunto.

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