Embora a infertilidade seja uma condição comum a milhares de pessoas no mundo todo, nem sempre é fácil identificar o problema. Muitas vezes, por exemplo, a mulher tenta engravidar por vários meses, antes de procurar um especialista.
Alguma demora em engravidar pode ser considerada normal. A suspeita de infertilidade só pode ser confirmada após um ano de tentativas sem o uso de preservativos.
Para que a gravidez ocorra, a cada mês um óvulo precisa ser liberado por um dos ovários e os espermatozoides devem estar saudáveis para enfrentar a jornada até as tubas uterinas e fecundá-lo.
O útero, da mesma forma, precisa estar preparado para receber o embrião e garantir a sustentação e o desenvolvimento da gravidez. Todo o processo é controlado por hormônios.
Diversos fatores podem causar alterações no funcionamento adequado do sistema reprodutor feminino, dificultando ou impedindo a concepção. Continue a leitura e saiba como identificar a infertilidade feminina.
Infertilidade é definida como a falha em engravidar após um ano de relações sexuais desprotegidas. A feminina também pode ser diagnosticada quando há abortamentos recorrentes: quando há perda de duas ou mais gestações.
Os problemas de ovulação são causas comuns de infertilidade feminina. Geralmente resultam de irregularidades menstruais, provocadas por alterações nos níveis dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo.
São sintomas ao mesmo tempo característicos de outras condições que podem interferir na fecundação ou no desenvolvimento da gravidez. Por isso, a manifestação deles é um alerta importante para procurar um médico.
As irregularidades menstruais são caracterizadas por ciclos muito curtos ou mais longos do que o normal, com fluxo menstrual alterado ou ausência de menstruação. As cólicas menstruais são normalmente mais severas, assim como pode ocorrer dor durante as relações sexuais.
Oscilações na libido e alterações na imagem corporal são sintomas de distúrbios hormonais. Crescimento de pelos em locais como a face, seios ou costas, queda de cabelo, ressecamento da pele, acne, inchaço ou ganho de peso repentino e a presença de uma secreção branco leitosa nos mamilos estão entre eles.
A investigação da infertilidade feminina é realizada em diferentes etapas. Inicia ainda durante o exame físico, que possibilita indicar alterações sugestivas do problema, como o aumento de pelos corporais, presença de acne, excesso de peso e secreção leitosa dos mamilos.
Além disso, pelo exame do abdome, exame vaginal e toque vaginal pode ser percebido aumento do volume uterino, dor ao toque e presença de secreções vaginais infecciosas. Doenças como síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas, endometriose e infecções podem ser diagnosticadas ou suspeitadas dessa maneira.
Para confirmar a suspeita e diagnosticar a causa, posteriormente são realizados exames laboratoriais. A avaliação da reserva ovariana geralmente é o primeiro a ser solicitado. Tem como objetivo avaliar a quantidade dos folículos.
A ultrassonografia transvaginal é o principal teste realizado. O exame indica a quantidade de folículos menores (bolsas que armazenam os óvulos) e possibilita a contagem dos folículos antrais: eles contêm o óvulo primário com capacidade de ovular.
Testes hormonais são necessários para avaliar os níveis dos hormônios reprodutivos, assim como o exame de sangue é importante para confirmar ou descartar a presença de processos inflamatórios – frequentemente provocados por bactérias sexualmente transmissíveis –, que podem afetar os órgãos femininos.
As tubas uterinas e o útero são avaliados por diferentes exames de imagem. Obstruções nas tubas são consideradas a segunda causa mais comum de infertilidade feminina, enquanto as anormalidades na anatomia do útero, congênitas ou provocadas por condições como a endometriose, miomas uterinos ou pólipos endometriais, dificultam o desenvolvimento da gravidez. Os mais comuns são:
A abordagem mais adequada para cada caso é definida a partir dos resultados dos exames realizados.
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