As técnicas de reprodução assistida são grandes possibilidades para casais inférteis, casais homoafetivos ou pessoas solteiras que desejam ter filhos. Existem diferentes métodos com graus de complexidade, taxas de sucesso e indicações diferentes. A inseminação artificial é uma das técnicas mais famosas, pois é antiga e já teve seu nome disseminado em todo o mundo.
Porém, hoje existem técnicas mais eficazes (como a fertilização in vitro) ou mais simples que a inseminação artificial (como a relação sexual programada) e, por isso, a IA é mais indicada em casos bem específicos.
Quais casos são esses? Qual a diferença da IA para outras técnicas? Estas e outras dúvidas serão respondidas a seguir:
A inseminação artificial, também conhecida como inseminação intrauterina, é uma técnica de baixa complexidade, que consiste na colocação dos espermatozoides diretamente no útero. A fecundação acontece de forma natural dentro do corpo da mulher, diferentemente da fertilização in vitro, na qual a fecundação se dá em laboratório.
O primeiro passo para a realização da técnica é a análise dos gametas. A mulher realiza um teste de reserva ovariana e o homem um espermograma. Além disso, exames como ultrassonografia transvaginal e histerossalpingografia são exames obrigatórios. Os resultados dos exames são fundamentais para garantir que a inseminação artificial possa ser indicada em cada caso especificamente.
Caso haja a indicação, a mulher dá início à estimulação ovariana por meio de medicamentos hormonais. Também é preciso realizar exames de ultrassonografia para acompanhar o desenvolvimento dos óvulos.
Quando eles atingem o tamanho necessário e a ovulação acontece, é o momento de coletar o sêmen, fazer a seleção dos espermatozoides e então introduzi-los no útero com o auxílio de um cateter.
As taxas de sucesso da inseminação artificial são de aproximadamente 20% a 25%. É possível realizar o procedimento em até três ciclos e, se não houver um resultado positivo, recomenda-se a FIV, que é uma técnica mais complexa e com um custo maior, mas também com maiores chances de sucesso.
Hoje a Inseminação Artificial é uma técnica de reprodução assistida pouco indicada para casais heterossexuais inférteis por dois motivos principais. O primeiro motivo é que existe outra técnica ainda mais simples, mas que oferece taxas de sucesso semelhantes — a RSP ou relação sexual programada.
O segundo motivo é que a IA não oferece resultados positivos em casos muito complexos, quando deve haver a indicação da FIV ou fertilização in vitro.
Porém, existem casos em que a inseminação artificial é a melhor opção pela sua baixa complexidade. Entre outras, as principais indicações são:
As técnicas de reprodução assistida são usadas não só por casais inférteis, mas também por pessoas solteiras que querem ter um filho de forma independente.
Quando a paciente é uma mulher que não apresenta nenhum fator de infertilidade, utiliza-se o sêmen de um doador anônimo e realiza-se a inseminação artificial, que é uma técnica pouco complexa e apresenta boas chances de sucesso em casos como esse.
Semelhante aos casos de reprodução independente, a inseminação artificial é uma opção para casais homoafetivos femininos, em que uma das mulheres será inseminada com sêmen de doador anônimo.
Para os casais homoafetivos masculinos o processo, é mais complexo, necessitando de fertilização in vitro, útero de substituição de uma parente, doação de óvulos (doadora anônima) e a utilização do sêmen de um dos homens do casal.
Quando as causas da infertilidade conjugal são masculinas por alterações sutis no sêmen, e a mulher é fértil, a inseminação artificial pode ser uma solução. Para realizar a técnica é possível fazer uma análise do sêmen coletado e selecionar os melhores espermatozoides para introduzi-los no útero.
A IA faz com que os espermatozoides não tenham o trabalho de percorrer todo o caminho até o útero, em um processo no qual muitos não sobrevivem. Por isso a técnica faz com que as chances de fecundação sejam muito maiores do que por meio das relações sexuais.
A cervicite crônica é uma inflamação no colo do útero que, entre outras coisas, dificulta a sobrevivência dos espermatozoides no corpo da mulher. Por isso, a inseminação artificial pode ser uma opção bem-sucedida, já que facilita a chegada dos gametas masculinos até os óvulos, já que o cateter da inseminação ultrapassará essa barreira.
A inseminação artificial, apesar de não muito indicada atualmente, pode oferecer resultados eficazes em casos específicos como os citados acima. É uma técnica que apresenta vantagens como a baixa complexidade e o preço mais acessível. Se quiser mais informações, leia este outro conteúdo sobre inseminação artificial aqui no site.
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