Caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, a endometriose é um problema complexo e que pode afetar a vida da mulher de diversas formas. Sintomas incômodos estão relacionados aos diferentes tipos da doença, classificados de acordo com a localização das lesões e de sua gravidade.
A endometriose é uma doença que atinge muitas mulheres em todo o mundo, e ainda assim existem muitos mitos relacionados a ela. Porém, com informações e um acompanhamento médico adequado, é possível controlar a doença e amenizar os sintomas.
Saiba mais sobre a endometriose e descubra o que é mito e o que é verdade em relação ao problema:
Verdade. Os sintomas da doença podem afetar o dia a dia da mulher, por serem bastante incômodos. Alguns tipos de endometriose apresentam mais sintomas que outros, e a intensidade também pode variar.
Algumas pacientes sofrem com dores intensas, sangramentos anormais, alterações intestinais e urinárias, entre outras questões. Além disso, a ansiedade é um problema comum entre as mulheres diagnosticadas, principalmente quando há o desejo de engravidar.
Mito. Existem diferentes possibilidades de tratamento para a endometriose, incluindo a intervenção cirúrgica. Ela é indicada em casos mais graves, quando a paciente deseja engravidar ou quando outros tratamentos não foram eficientes. Geralmente é feita por videolaparoscopia, um procedimento minimamente invasivo.
Porém, a cirurgia para a retirada das lesões de endometriose é evitada sempre que possível, principalmente quando os focos estão presentes nos ovários, pois pode haver um prejuízo à reserva ovariana. Quando realmente é necessária a cirurgia, indica-se que a paciente faça a preservação social da fertilidade (congelamento de óvulos previamente à cirurgia).
Nos casos mais leves ou quando a mulher não deseja engravidar, é possível controlar a doença com o uso de medicamentos hormonais, como os anticoncepcionais ou progesteronas. Dessa forma o endométrio não recebe o estímulo que naturalmente acontece durante o ciclo menstrual, e assim é possível evitar seu desenvolvimento e amenizar os sintomas.
Verdade. A endometriose é uma causa comum da infertilidade feminina, e isso acontece por variados motivos. O tecido endometrial, quando em outros órgãos, pode se desenvolver e provocar cicatrizes, obstruindo a passagem do espermatozoide ou alterando a anatomia do útero, por exemplo.
Quando afeta os ovários, sua função pode ser prejudicada, diminuindo a qualidade dos óvulos e causando distúrbios na ovulação. Ainda, quando há a necessidade de remoção cirúrgica da endometriose ovariana, há o risco da diminuição da reserva ovariana ou mesmo da falência ovariana precoce.
Mito. Não existe cura definitiva para a endometriose, nem mesmo após a remoção cirúrgica das lesões. O endométrio é um tecido estimulado pelos hormônios a cada ciclo menstrual, tendo sua espessura aumentada para que um possível embrião possa se implantar ali.
Quando não há a implantação embrionária, ele descama e é eliminado na menstruação. Uma teoria da causa da endometriose é a menstruação retrógrada, quando o endométrio atinge outros órgãos em vez de ser eliminado do organismo. Dessa forma, a cada ciclo menstrual há o risco de novas lesões surgirem.
Além disso, é comum que mesmo com a cirurgia haja focos não visíveis de endometriose que ficam remanescentes. Com a ciclicidade hormonal típica, estes focos poderão ser estimulados ao longo do tempo. Sabe-se que a doença tem um componente imunológico e infelizmente ainda não existe tratamento para este fator.
Verdade. Apesar de muitas vezes os sintomas serem intensos a ponto de afetar a qualidade de vida das mulheres, também é possível que a endometriose seja assintomática em aproximadamente 15% das pacientes. Isso acontece principalmente quando as lesões são superficiais.
Mito. Apesar de a endometriose poder causar infertilidade, a doença não impossibilita uma gestação em todos os casos. Algumas mulheres conseguem engravidar naturalmente a despeito da doença. Em outros casos, após o tratamento cirúrgico a paciente consegue engravidar. Quando isso não acontece, ou nos casos mais leves, quando a cirurgia não é indicada, é possível contar com o auxílio da reprodução assistida.
Existem três técnicas principais de reprodução assistida, sendo a fertilização in vitro (FIV) a mais indicada nesses casos.
A FIV tem início com a estimulação ovariana, com o objetivo de aumentar a quantidade de óvulos liberados na ovulação. Então eles são coletados e selecionados, assim como os espermatozoides, e os gametas mais saudáveis são utilizados para a fecundação — que é feita em laboratório. Os embriões formados são cultivados, também em laboratório, e em seguida transferidos para o útero materno.
Existem, ainda, procedimentos complementares que podem auxiliar na prevenção e solução de diversos problemas relacionados à infertilidade.
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