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O que é endometriose?

A endometriose é uma das doenças mais comuns em mulheres em idade reprodutiva, ligada a sintomas como dor pélvica e infertilidade e influenciada pela ação de hormônios femininos, sobretudo o estrogênio, que, embora seja essencial para regular o ciclo menstrual, pode apresentar disfunções e gerar problemas capazes de influenciar negativamente a capacidade reprodutiva.

Este texto tem o objetivo principal de esclarecer o que é endometriose, mas também define aspectos gerais da patologia, como prevalência, fatores de risco, causas e tratamento. Se você acredita ter ou já foi diagnosticada com a doença, acompanhe o texto e saiba mais sobre o assunto.

Como se caracteriza a endometriose?

A endometriose é uma doença que se caracteriza pelo surgimento de tecido endometrial — ou semelhante a este —, em locais fora da cavidade uterina, o que é anormal.

Por ser ligada ao hormônio estrogênio, a endometriose é geralmente encontrada no período fértil da mulher e deve acometer até 10% da população geral feminina. No entanto, esse percentual é muito maior quando a paciente exibe queixas ginecológicas. De acordo com um estudo publicado no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, que analisou 406 cirurgias de endometriose, descobriu focos da doença em 51% dos casos.

Embora alguns casos sejam assintomáticos, muitas mulheres com endometriose sentem desconfortos como dismenorreia intensa (cólica menstrual), dor pélvica e dispareunia de profundidade (dores durante relações sexuais), além de dificuldades para engravidar.

Quais são as causas da endometriose?

Existem mais de uma teoria para explicar a causa da endometriose, o que significa que a ciência ainda não chegou a uma conclusão. O fator hereditário é um risco para a doença, embora faltem dados antigos para confirmar a relação das mulheres que hoje portam a patologia com seu histórico familiar.

Uma das teorias mais aceitas é conhecida como menstruação retrógrada, segundo a qual o tecido endometrial aparece na cavidade abdominal devido a um refluxo da menstruação e que suas células continuam se desenvolvendo. No entanto, para isso, provavelmente, há também algum problema no sistema imunológico, que em condições normais deveria evitar o processo.

Existem ainda outras teorias que relacionam a endometriose à metaplasias, isto é, à transformação de outros tipos de células em tecido endometrial, o que também poderia estar relacionado à ação do hormônio estrogênio.

Endometriose tem cura?

Existe tratamento para a doença, mas o objetivo principal é aliviar os desconfortos e restaurar a fertilidade da mulher. Antes de escolher a ação, no entanto, é preciso diagnosticar o problema, o que não é simples, pois alguns sintomas da doença podem ser considerados normais, além de que a patologia pode se apresentar de maneira assintomática.

Não por acaso, a endometriose costuma ser descoberta ao acaso, em exames de rotina ou quando a paciente enfrenta dificuldades para engravidar e resolve investigar o problema.

Em todo caso, a doença é diagnosticada, inicialmente, por um exame físico e, posteriormente, por exames laboratoriais e de imagem.

Uma vez diagnosticada, a endometriose pode ser tratada via medicamentos ou intervenção cirúrgica. Os métodos hormonais têm como objetivo reduzir o efeito do estrogênio no corpo. Para isso pode se utilizar a progesterona, hormônio que se opõe aos efeitos do anterior.

No entanto, se não surtir efeito, pode ser necessária a realização de uma cirurgia, que também ocorre via laparoscopia para retirada das lesões, especialmente se a mulher sente dores, apresenta quadros de infertilidade ou surgimento de massa pélvica.

É importante analisar também, para escolha do tratamento ideal, os objetivos da paciente e sua idade, devido a relação da patologia com o estrogênio, é mais incomum conforme se aproxima a menopausa. O estudo citado anteriormente demonstra, por exemplo, que nas pacientes com até 39 anos, a patologia esteve presente em 56% a 70% dos casos, mas naquelas acima dos 50 anos, apenas 12% apresentavam endometriose.

Quando ambos os tratamentos, medicamentosos ou cirúrgicos, não surtirem efeito suficientes e a mulher planeja engravidar, pode-se optar ainda por métodos de reprodução assistida. A ia (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) são capazes de realizar o sonho da maternidade em mulheres com a doença, o que depende do grau de evolução e outros fatores associados à infertilidade.

A endometriose é uma das patologias mais comuns em mulheres em idade reprodutiva e pode apresentar sintomas como dores pélvicas, desconfortos durante relações sexuais e quadros de infertilidade. Suas causas ainda não foram totalmente esclarecidas pela ciência, mas acredita-se que pode ser provocada por influência do fator hereditário, de um refluxo menstrual ou da transformação de outras células em tecido endometrial.

A doença pode ser tratada com a administração de hormônios ou cirurgia e se a mulher quiser engravidar e esses procedimentos não surtirem efeito, existe a reprodução assistida como opção.

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