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O que é hipotireoidismo?

O sistema endócrino engloba um conjunto de glândulas que são responsáveis pela produção dos hormônios e por lançá-los na corrente sanguínea. Isso faz com que esse sistema tenha influência em todas as funções do corpo, já que os hormônios atuam em praticamente todos os processos do organismo.

Sua temperatura corporal, o fato de você sentir fome e sono, sua energia do dia a dia e seu humor são apenas alguns dos processos mais simples promovidos pela ação hormonal. O sistema endócrino também atua no crescimento, desenvolvimento corporal e na capacidade de reprodução dos indivíduos.

Para que tudo funcione adequadamente no organismo, é necessário que as glândulas do sistema endócrino estejam realizando suas funções, e a dosagem hormonal deve estar em equilíbrio. Qualquer alteração endócrina pode causar total desequilíbrio no organismo e provocar diversas consequências.

Uma glândula de extrema importância é a tireoide, localizada no pescoço e responsável pela produção da triiodotironina (T3) e da tiroxina (T4), hormônios que atuam no metabolismo. Quando ela produz menos hormônios que o adequado, acontece o hipotireoidismo. Saiba mais sobre essa condição:

A tireoide e suas funções

A glândula da tireoide produz os hormônios T3 e T4, que atuam no controle de processos relacionados ao metabolismo. Isso inclui o ritmo cardíaco, a temperatura corporal, a manutenção do peso, o gasto energético e o crescimento, entre outros.

Além disso, são importantes para o funcionamento do fígado, dos rins, do cérebro e do sistema reprodutivo.

Quando a tireoide atua em excesso, produzindo uma dosagem maior de hormônios, acontece o hipertireoidismo. Nos casos contrários, quando a glândula não produz o suficiente, há o desenvolvimento do hipotireoidismo.

O que é o hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é uma condição caracterizada pela deficiência de hormônios da tireoide no sangue. Uma baixa dosagem de T3 e T4 interfere no processo metabólico do corpo, tornando-o mais lento.

Dessa forma, o ritmo cardíaco e o gasto de energia diminuem, assim como a circulação sanguínea, e o indivíduo pode apresentar sintomas como ganho de peso, perda de memória e inchaço em diversas partes do corpo.

As mulheres são mais propensas ao hipotireoidismo do que os homens, principalmente após os 40 anos de idade. Apesar disso, qualquer pessoa pode apresentar um diagnóstico da doença, inclusive bebês recém-nascidos.

Sua causa mais comum é uma doença autoimune chamada tireoide de Hashimoto, mas a deficiência hormonal também pode ser causada por certos tipos de medicamento e por tumores ou outras alterações na hipófise.

A hipófise é uma glândula responsável pela produção do hormônio TSH, que, entre outras funções, atua no estímulo da tireoide. Por isso, alterações na hipófise também podem ter relação com o hipotireoidismo.

Outros sintomas que podem ser causados pelo hipotireoidismo são:

O diagnóstico do hipotireoidismo é feito por meio de exame de sangue, para analisar não somente os níveis de T3 e T4, mas também do hormônio TSH. Também pode ser indicado um teste de anticorpos para verificar se a condição foi causada pela tireoide de Hashimoto.

O tratamento é feito com o uso de medicamentos para reposição hormonal, promovendo um equilíbrio dos hormônios da tireoide e amenizando os sintomas. O tratamento é vitalício e o uso dos medicamentos é diário.

Infertilidade e reprodução assistida

Uma das consequências do hipotireoidismo é a infertilidade, tanto feminina quanto masculina. Os hormônios da tireoide atuam na estimulação folicular, e quando em deficiência podem impedir a maturação dos óvulos e, consequentemente, a ovulação. A produção e qualidade dos espermatozoides também podem ser afetadas quando o homem é diagnosticado com hipotireoidismo.

Ainda, a condição pode dificultar a implantação embrionária no endométrio e aumentar as chances de abortamentos espontâneos e partos prematuros.

Com o tratamento adequado, os níveis hormonais são equilibrados e a fertilidade pode ser recuperada, possibilitando uma gestação natural. Quando necessário, os pacientes inférteis podem contar com o auxílio da reprodução assistida.

Existem três técnicas principais: a relação sexual programada (RSP), a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV). Todas podem ser indicadas em casos de hipotireoidismo, mas com indicações e contraindicações específicas.

Mulheres com menos de 35 anos e que têm distúrbios ovulatórios como único fator relacionado à infertilidade podem realizar a RSP, que é a técnica de mais simples realização. Se a paciente possui mais de 35 anos ou se existem outros fatores causando a dificuldade para engravidar, a técnica indicada é a FIV.

No caso da infertilidade feminina por causas ovulatórias, o procedimento mais importante é a estimulação ovariana — realizado em todas as técnicas de reprodução. O objetivo é estimular o crescimento folicular e a maturação dos óvulos, possibilitando a ovulação.

Para os homens inférteis, há a indicação da IIU em casos de distúrbios seminais leves, ou da FIV em casos mais graves. Ambas as técnicas possuem um procedimento chamado preparo seminal, no qual se realiza a seleção dos espermatozoides mais saudáveis.

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