Quando um casal não consegue engravidar, após 12 meses de tentativas sem o uso de nenhum método contraceptivo, ele passa a ser considerado infértil. Ainda que possa ser um problema temporário, a infertilidade atinge muitos casais e pode ser causada tanto por fatores masculinos quanto femininos.
Nas mulheres, muitas alterações e doenças são causadoras de problemas e afetam a saúde reprodutiva, gerando dificuldades para engravidar.
O mau funcionamento de órgãos essenciais na reprodução ou lesões encontradas no organismo feminino são os principais influenciadores nestes casos.
Um exemplo é a sinequia uterina, que representa uma adesão intrauterina que pode interferir na vida fértil da mulher. Quando as aderências são muito graves e a mulher para de menstruar, caracteriza-se a síndrome de Asherman.
A seguir, saiba mais sobre essa doença, como ela influencia na infertilidade da mulher e como pode ser tratada:
A sinequia uterina pode ser definida como a aderência formada no útero da mulher, bastante parecida com uma cicatriz. Elas se formam no interior do útero e podem ser consideradas leves, moderadas ou graves.
No estágio leve apresentam tecido endometrial, total ou parcialmente. Quando moderadas, podem apresentar tecido fibromuscular revestido por endométrio, causando danos ao útero. Já no estágio grave, o tecido é muito denso e gera ainda mais danos à cavidade uterina.
São causadas por algum tipo de lesão ou agressão interna ao útero. Algumas situações podem levar a estas lesões, sendo elas:
É possível prevenir a doença tratando adequadamente dessas situações que a tornam mais propícia.
Quando encontradas sinequias mais leves, do endométrio, suas soluções são consideradas mais completas e permanentes. Já as mais graves, as fibrosas, possuem uma taxa maior de reincidência e necessitam de um tratamento mais complexo.
Quando não tratadas de forma adequada, podem gerar algumas complicações para a vida da mulher. É possível que ela encontre dificuldades para engravidar e, em alguns casos, quando conseguir, sofra de abortos espontâneos.
Apesar de causar certo espanto e criar um receio entre as mulheres, é preciso saber que este é um problema comum de ser encontrado e passível de tratamento.
Nesses casos, é preciso manter a calma, procurar um médico para que ele oriente a paciente e direcione-a para a solução adequada no momento.
Na maioria das vezes, as sinequias uterinas são assintomáticas. Quando apresentam sinais, os principais são:
O histórico clínico da paciente é investigado em um primeiro momento. Também podem ser realizados exames como a ultrassonografia, histerossalpingografia e a histeroscopia — o principal deles.
Por meio da histeroscopia é possível detalhar a extensão da sinequia e sua localização mais precisa.
O tratamento pode ser realizado durante a histeroscopia, quando encontrado de forma mais leve. A quebra das aderências também pode ocorrer por meio de uma curetagem uterina.
Em algumas situações, um dispositivo intrauterino pode também ser inserido a fim de evitar o seu retorno e aliado a uma dosagem elevada de estrogênio durante algum tempo para que o revestimento do útero seja desenvolvido nos locais de ferida cirúrgica.
Normalmente, a resposta das mulheres é positiva a esses tratamentos e ela pode vir a engravidar naturalmente. Porém, algumas pacientes não conseguem apresentar resultados satisfatórios por apresentarem um endométrio muito fino.
Muitas mulheres descobrem a presença das sinequias uterinas quando procuram um médico por problemas de infertilidade.
Por ser muitas vezes assintomática, essa alteração não apresenta outros sinais significativos e somente quando não conseguem engravidar e realizam exames de investigação para a reprodução assistida, é que descobrem esta doença.
Quando o tratamento cirúrgico não é eficiente e a mulher ainda deseja engravidar, ela pode optar por técnicas de reprodução assistida. Existem três diferentes técnicas, aliadas a procedimentos complementares que podem auxiliar neste objetivo, sendo: a relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).
A escolha por um desses métodos depende da situação de cada paciente, pois envolvem diferentes procedimentos e graus de complexidade.
Na maioria das vezes, quando a mulher passa pelo tratamento e ainda assim não consegue engravidar naturalmente, a opção mais viável é a fertilização in vitro, uma técnica com maior grau de complexidade e altas taxas de sucesso.
Seus métodos permitem que o endométrio seja preparado de forma adequada para receber os embriões e iniciar a gestação.
Uma técnica muito utilizada em casos mais graves em que o útero foi muito comprometido e o crescimento do endométrio foi inviabilizado é a gestação por útero de substituição. Nestes casos, uma mulher parente em até 4º grau da paciente oferece seu útero para receber os embriões gerados.
Todos os casos são investigados e analisados de forma individualizada pelos médicos para que a paciente receba o melhor tratamento possível em busca do seu sonho de engravidar.
Conheça também outras causas da infertilidade feminina e as melhores opções de tratamento.
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