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Passo a passo da FIV: conheça todas as etapas

A infertilidade causa diferentes emoções nas pessoas que se deparam com ela. Podem desenvolver, por exemplo, transtornos como ansiedade e depressão. O medo de não poder mais engravidar é natural, mas muitas vezes é infundado.

Na maioria dos casos, a infertilidade tem tratamento, mesmo quando é provocada por fatores graves. As técnicas de reprodução assistida estão entre as principais opções, incluindo a FIV (fertilização in vitro).

A FIV surgiu na década de 1970 como solução para infertilidade feminina provocada por obstruções nas tubas uterinas. A possibilidade de fecundar óvulos e espermatozoides em laboratório e transferir os embriões formados posteriormente para o útero representou um dos principais avanços da medicina moderna.

A técnica foi recebida pela comunidade científica e pela imprensa com o discurso de ‘Revolução da vida’, a partir daquele século.

Continue a ler este texto para entender como acontece a formação de embriões fora do organismo feminino. Ele explica todas as etapas passo a passo, da investigação inicial, ao teste de gravidez.

Conheça o passo a passo da FIV

Com os avanços tecnológicos, a FIV também evoluiu. Em 1992, por exemplo, surgiu uma nova técnica de fecundação chamada de ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), que permitiu o tratamento de fatores masculinos graves.

Outras técnicas foram desenvolvidas no decorrer dos anos e, atualmente, a FIV proporciona soluções para diferentes problemas que causam alterações na fertilidade, feminina e masculina.

O tratamento envolve diferentes etapas, anteriores e posteriores à técnica em si. Entenda melhor como cada uma funciona:

O que acontece antes de o tratamento iniciar?

A partir dos resultados dos exames, é feito o diagnóstico e indicado o melhor tratamento para o caso. Se a FIV for indicada, orientamos o casal sobre os detalhes da técnica e tem início o tratamento.

FIV passo a passo

A FIV é realizada em cinco diferentes etapas:

1. Estimulação ovariana e indução da ovulação

Durante cada ciclo menstrual, a mulher libera apenas um óvulo, depois do desenvolvimento de diversos folículos. Apenas um óvulo diminui o sucesso da FIV, podendo não ser suficiente, portanto é feita a estimulação ovariana.

O objetivo desse procedimento é estimular o desenvolvimento de um número maior de folículos e, assim, de óvulos (8 óvulos já garantem boas taxas de sucesso). Para isso, utilizam-se medicamentos hormonais. Nessa etapa, a mulher precisa ir à clínica periodicamente, a cada dois ou três dias, para realizar ultrassonografias, exames que fazem o acompanhamento do crescimento dos folículos.

Quando os folículos atingem o tamanho ideal de crescimento, é induzida a ovulação com medicação hormonal.

2. Punção folicular e coleta de sêmen

No período previsto para maturação, cerca de 35 horas depois, os folículos maduros são coletados por um procedimento cirúrgico chamado punção folicular, que utiliza um ultrassom com uma guia acoplada a ele, composta por uma agulha fina e um dispositivo de sucção.

Com a alta qualidade de imagem dos ultrassons modernos é possível detectar e aspirar cada folículo maduro. Posteriormente eles são preparados em laboratório e os óvulos extraídos para a fecundação.

O sêmen é coletado ao mesmo tempo que a punção folicular é realizada. Logo em seguida, as amostras são submetidas ao preparo seminal, técnica que utiliza métodos para capacitar os espermatozoides, selecionando, dessa forma, os de melhor qualidade: apenas os espermatozoides com melhor motilidade (movimento) e morfologia (forma) são utilizados na fecundação.

3. Fecundação

A fecundação ocorre em laboratório. Atualmente, a FIV com ICSI é o método mais utilizado. Durante o processo, os espermatozoides são individualmente avaliados, em movimento, com o propósito de confirmar novamente a saúde de cada um.

Com o auxílio de um aparelho de alta precisão, chamado micromanipulador de gametas, o espermatozoide é injetado, então, diretamente no citoplasma do óvulo. Esse processo é repetido individualmente para cada óvulo.

4. Cultivo embrionário

A fecundação gera os embriões, cultivados por alguns dias em laboratório. Entre os avanços que ocorreram na FIV estão os laboratoriais e dos meios de cultura, que possibilitaram o cultivo dos embriões por mais tempo, até seis dias. O processo é acompanhado diariamente pelo embriologista.

5. Transferência dos embriões

A transferência dos embriões pode ser realizada em duas etapas. Sempre indicamos a mais adequada com base em diversos fatores. Eles podem ser transferidos em D3 ou D5, ou seja, no terceiro ou no quinto dia de desenvolvimento. Embriões em D5 também são chamados de blastocistos.

O que acontece após a transferência?

Acompanhamos os pacientes até os resultados do teste de gravidez, que pode ser realizado 12 dias após a transferência, quando o hCG, hormônio marcador da gravidez, já é detectado no sangue.

Quais são as chances de obter uma gravidez pela FIV?

A FIV é a técnica de reprodução assistida que possui as taxas mais altas de sucesso gestacional: atualmente, a FIV com ICSI registra índices médios de 50% a cada ciclo de tratamento realizado, podendo ser maior, dependendo das condições do casal, como a idade da mulher.

Agora que você já conhece mais sobre a FIV, compartilhe este texto nas redes sociais e informe aos seus amigos que a infertilidade tem solução na maioria dos casos!

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