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Pólipos endometriais: saiba identificar os sintomas

O útero é o órgão responsável por abrigar o embrião durante toda a gestação, até o momento do nascimento. Para que esse embrião possa se desenvolver de forma saudável, o útero é revestido internamente por uma cama mucosa, chamada de endométrio.

A cada ciclo menstrual, para criar as condições ideais para que o embrião se implante no útero e inicie a gravidez, o endométrio se prepara para recebê-lo. Nesse processo, essa camada mucosa se torna mais espessa e receptiva pela ação dos hormônios sexuais femininos (estrogênios e progesterona).

Dessa forma, se ocorrer a fecundação, formando o embrião, ele chega até o útero e ali encontra um ambiente próprio para se fixar e continuar seu desenvolvimento. Já se o óvulo liberado pelos ovários naquele ciclo não for fecundado por um espermatozoide, as taxas hormonais caem e a superfície do endométrio começa a descamar, sendo eliminada na menstruação.

Existem doenças e condições que alteram a superfície e o funcionamento do endométrio, interferindo, portanto, nesse processo de implantação embrionária. Uma delas são os pólipos endometriais. Neste artigo vamos explicar o que são eles e qual a sua relação com a infertilidade feminina.

O que são pólipos endometriais?

Pólipos são estruturas benignas que se formam a partir do tecido de algum órgão, podendo ser pediculados ou não. Os pólipos endometriais são aqueles que se desenvolvem no endométrio. Eles são constituídos por glândulas e estroma, assim como o revestimento uterino, porém sua composição costuma ser irregular e suas células pouco responsivas aos hormônios.

Embora sejam mais frequentes em mulheres na pós-menopausa, os pólipos endometriais podem ocorrer também na idade reprodutiva, levando à infertilidade. Hoje estima-se que os pólipos endometriais estejam presentes em 25% a 30% das mulheres.

O Quais os sintomas?

Grande parte das mulheres com pólipos endometriais é assintomática. Quando presentes, os sintomas normalmente estão relacionados ao sangramento uterino anormal, como:

Em alguns casos, principalmente quando os pólipos são maiores, a paciente pode ter também cólicas menstruais mais intensas. Outro possível sintoma dos pólipos é a infertilidade, ou seja, o casal não consegue engravidar mesmo após um ano ou mais de tentativas.

A dificuldade em engravidar pode se dar por falhas na implantação embrionária, uma vez que os pólipos formam irregularidades na superfície endometrial e levam a um processo inflamatório local. Além disso, conforme o tamanho, a localização e a quantidade de pólipos endometriais existentes, eles podem dificultar a chegada dos espermatozoides nas tubas uterinas, onde encontrariam o óvulo para fecundação.

Como é feito o diagnóstico?

Com o avanço das tecnologias diagnósticas e a utilização cada vez mais frequente da ultrassonografia transvaginal como exame ginecológico de rotina, o diagnóstico de pólipos endometriais tem se tornado mais frequente.

Em 70% a 75% das mulheres que já tiveram a menopausa os pólipos são assintomáticos, e o diagnóstico costuma ocorrer por meio dos exames de rotina. Já nas pacientes em período fértil é mais comum que o problema seja encontrado após a manifestação de sintomas ou queixa de infertilidade.

O diagnóstico é sempre feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal, com ou sem o recurso do Doppler – que permite a visualização dos vasos que nutrem o pólipo, ou pela histeroscopia (endoscopia uterina). Em alguns casos, pode ser realizada uma biópsia, para verificar a possibilidade de o pólipo evoluir para um câncer.

Quais são as opções de tratamento?

De maneira geral, quando os pólipos endometriais são assintomáticos, pequenos e não há indicação de que possam vir a se tornar cancerígenos, não há a necessidade de tratamento, e a doença deve ser apenas acompanhada regularmente pelo ginecologista, por meio de ultrassonografias periódicas. Existe a possibilidade de que esses pólipos desapareçam naturalmente.

A cirurgia para remoção dos pólipos endometriais costuma ser indicada quando a paciente apresenta sintomas, quando a indicação de células cancerígenas na biópsia ou, quando em idade fértil, a mulher tem o desejo, mas apresenta dificuldade de engravidar. O procedimento, chamado de polipectomia, é realizado por histeroscopia cirúrgica.

Reprodução assistida

 

 

Caso a mulher não consiga engravidar naturalmente mesmo após a cirurgia, existe a possibilidade de recorrer às técnicas de reprodução assistida. A mais complexa e efetiva delas, que tem os melhores índices de sucesso, é a fertilização in vitro (FIV). Esse método começa com um tratamento de estimulação, ovariana, em que a mulher utiliza hormônios para estimular a produção de óvulos.

No momento certo, os gametas são retirados em um procedimento simples, em que são aspirados por meio de uma agulha.

Depois, os óvulos são fertilizados em laboratório com o sêmen do parceiro e, após um período de alguns dias de cultivo embrionário, os embriões são transferidos para o útero da mulher. Feita a transferência, é necessário aguardar na expectativa de que o embrião consiga se implantar no endométrio para que a gravidez progrida.

Como a implantação embrionária é uma etapa crucial para o sucesso de uma FIV, é fundamental que os pólipos sejam removidos antes, para melhorar as chances de que a mulher engravide.

Caso você queira saber mais sobre pólipos endometriais, seu diagnóstico e tratamento, toque aqui.

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