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Por que a FIV aumenta o risco de gestação de gêmeos?

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade da reprodução assistida. Seus métodos são muito eficientes, com etapas realizadas em laboratório e com maior controle médico. Ela conta ainda com técnicas complementares capazes de auxiliar no tratamento e aumentar as chances de sucesso.

A FIV é indicada em diversos casos de infertilidade, entre eles os fatores tubários e masculinos graves, assim como idade materna avançada. Além da forma clássica, pode ser feita por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). Para escolher a técnica e o método a ser utilizado, os casais são avaliados de acordo com a individualidade de cada situação.

Uma das possíveis consequências da FIV é a gravidez gemelar ou gestação múltipla, quando há dois ou mais fetos se desenvolvendo. Isso ocorre devido a quantidade de embriões que são transferidos ao útero durante o processo, o que aumenta as chances de mais de uma implantação embrionária.

Neste texto, saiba mais sobre a gestação múltipla e entenda porque as chances delas acontecerem são maiores na FIV:

O que é gestação de múltiplos?

A gestação de múltiplos ocorre quando existe mais de um embrião fixado ao endométrio. A mais comum é a gestação gemelar, quando existem dois fetos em desenvolvimento. Porém, com as técnicas de reprodução assistida, as chances de haver mais de dois fetos também são consideradas.

Apesar de acontecer também de forma natural em algumas famílias, a gestação múltipla ocorre com muito mais frequência após o tratamento realizado pela FIV. Muitos casais sonham com este tipo de gestação, porém são casos que necessitam de mais atenção e cuidado devido ao risco oferecido à mãe e aos bebês.

Gêmeos e trigêmeos são as possibilidades de gestações múltiplas mais encontradas, tanto de forma natural quanto pelo tratamento de reprodução assistida.

Por que a FIV aumenta o risco de gravidez múltipla?

A FIV é um tratamento realizado em grande parte em laboratório, contando com cinco etapas principais de desenvolvimento:

  1. estimulação ovariana;
  2. coleta dos gametas;
  3. fertilização;
  4. cultivo dos embriões;
  5. transferência embrionária.

A estimulação ovariana acontece para aumentar o desenvolvimento dos folículos e, consequentemente, obter mais óvulos disponíveis para o procedimento. Depois, os gametas masculinos e femininos são coletados e selecionados.

A fecundação acontece em laboratório, em um ambiente apropriado. Logo em seguida, os embriões formados são cultivados em um meio de cultura até que seja o momento ideal para a transferência deles ao útero.

Existe um protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), para a transferência embrionária que define a quantidade máxima de embriões utilizados no procedimento:

A transferência de mais de um embrião por procedimento faz com que as chances de uma gestação múltipla sejam maiores, pois existe a possibilidade de mais de um embrião se fixar ao endométrio e iniciar a gravidez.

São transferidos mais de um embrião para que as chances de sucesso no tratamento sejam aumentadas, o que aumenta também os riscos da gestação múltipla acontecer.

Mulheres mais jovens possuem mais chances de desenvolver uma gestação múltipla, pela qualidade de seus óvulos e, consequentemente, dos embriões. Por isso é determinada a quantidade máxima de embriões a serem transferidos, para diminuir a ocorrência desses casos.

Outras técnicas também aumentam as chances de gravidez múltipla?

Existem outras técnicas de reprodução assistida disponíveis para casais com problemas de infertilidade, são elas: a relação sexual programada (RSP) e a inseminação intrauterina (IIU).

Um procedimento em comum a todas as técnicas, é a estimulação ovariana, feita com o uso de medicamentos hormonais para aumentar o desenvolvimento dos folículos e obter mais óvulos aptos para a fecundação.

Na RSP, após a estimulação, que é controlada por meio de ultrassonografias, é realizada a indução da ovulação e o casal é informado do momento adequado para manter relações sexuais.

Já na IIU, após o estímulo do desenvolvimento folicular, o espermatozoide, gameta masculino, é inserido no organismo da mulher para que se encontre com os óvulos e promova a fecundação.

Em ambas as técnicas as chances de uma gravidez múltipla também são maiores do que em uma gestação natural. Com um número maior de óvulos disponíveis, é possível que mais de um seja fecundado e se fixe no endométrio, iniciando a gestação múltipla.

Quais os riscos oferecidos pela gravidez múltipla?

A gravidez múltipla oferece riscos à saúde da mãe e dos fetos, pois além de provocar a ocorrência de partos prematuros, possui outros tipos de complicações como:

Apesar das possíveis complicações, um acompanhamento médico adequado durante a gestação pode diminuir estes riscos e possibilitar uma gestação gemelar saudável.

Para mais informações sobre o tratamento de reprodução assistida, leia nosso post sobre a fertilização in vitro (FIV) e saiba como a técnica é realizada para ajudar casais com problemas de infertilidade.

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