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Por que podem ocorrer falhas de implantação?

O endométrio é o tecido de revestimento da parte interna do útero. Na terceira fase do ciclo menstrual, chamada fase lútea, há um aumento no nível de progesterona no organismo da mulher, que faz com que a espessura endometrial seja aumentada.

Esse processo é chamado de preparo endometrial, fundamental para a fertilidade feminina. Após a fecundação, o embrião formado deve se fixar no endométrio para que a gestação possa ter início. Quando isso não acontece, ocorre então a chamada falha de implantação.

Neste conteúdo você vai descobrir quais são os fatores que podem provocar essas falhas. Continue lendo!

O que é a implantação embrionária?

Implantação embrionária é o termo que representa a interação entre embrião e endométrio no processo de reprodução humana.

Após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide nas tubas uterinas, o embrião formado é transportado até a cavidade uterina. Ali, ele deve se fixar no endométrio para que seu desenvolvimento possa iniciar, até que a placenta seja formada. O processo de fixação também é chamado de implantação embrionária ou nidação.

A implantação embrionária deve necessariamente acontecer em qualquer gestação, seja por tentativas naturais ou por reprodução assistida. Mesmo nas técnicas de RA o embrião precisa chegar ao endométrio e se fixar naturalmente, já que não é possível manipular esse processo.

O que são falhas de implantação?

A falha de implantação se dá quando a interação não acontece e o embrião não consegue se implantar no endométrio. Nesse caso, o embrião não sobrevive pela falta de um ambiente adequado para o seu desenvolvimento, então a gestação não inicia.

As falhas de implantação podem acontecer tanto nas tentativas naturais de gestação quanto na reprodução assistida. Diversos fatores podem resultar nesse problema, que pode ser analisado e minimizado por meio de procedimentos complementares à fertilização in vitro (FIV).

Por que podem ocorrer falhas de implantação?

As falhas de implantação geralmente acontecem por quatro motivos principais: o embrião não consegue chegar até o útero, o útero não se encontra em condições adequadas para receber o embrião, o endométrio não está suficientemente receptivo, o embrião não possui boa qualidade.

Cada um desses problemas pode ser causado por diversos outros fatores, como distúrbios hormonais, doenças, etc.

O embrião não consegue chegar até o útero

Se o embrião foi formado, mas não conseguiu chegar até o útero para se fixar no endométrio, acontece a falha de implantação. Esse problema pode ser causado principalmente por obstruções nas tubas uterinas, que impedem o transporte embrionário.

Por sua vez, as obstruções podem resultar de doenças como a endometriose, infecções como a clamídia, cirurgias abdominais, histórico de gestação ectópica, entre outras.

Baixa receptividade endometrial

Durante o ciclo menstrual, hormônios como o estrogênio e a progesterona preparam o endométrio para que a implantação possa acontecer. Sua espessura é aumentada, há uma modificação bioquímica e o tecido se torna receptivo. Quando ele está com a espessura e características adequadas (visto por meio de biópsia, histeroscopia ou ultrassonografia transvaginal), considera-se uma boa receptividade endometrial.

Esse período de boa receptividade endometrial dura poucos dias e é chamado de janela de implantação. Se o embrião chega ao útero fora da janela, seja porque ela está deslocada ou porque não existiu naquele ciclo, a implantação não acontece.

A baixa receptividade endometrial acontece, na maioria dos casos, por distúrbios hormonais.

O útero não se encontra em condições adequadas para receber o embrião

Além da boa receptividade endometrial, as condições anatômicas do útero também são importantes para que o embrião consiga se fixar no endométrio. Existem alterações que dificultam ou impedem esse processo, podendo ser congênitas ou adquiridas ao longo da vida.

Existem mulheres que nascem com o útero em formatos diferentes do normal, como o útero bicorno, unicorno, didelfo, entre outros.

Além disso, alguns problemas de saúde podem causar deformações uterinas, como os miomas, adenomiose, entre outros.

Baixa qualidade do embrião

Ainda, um motivo comum das falhas de implantação é a baixa qualidade do embrião, geralmente causada por fatores genéticos. Óvulos e espermatozoides envelhecidos ou com outros problemas podem formar embriões considerados defeituosos.

Esses embriões geralmente não conseguem se implantar ou são rejeitados pelo corpo da mulher, causando falhas de implantação ou abortamentos espontâneos.

Como evitar as falhas de implantação?

As falhas de implantação podem ser evitadas por meio da reprodução assistida, mais especificamente pela fertilização in vitro (FIV).

A FIV é uma técnica de alta complexidade com diversos procedimentos complementares para analisar e tratar os problemas que causam a falha de implantação.

Pelo fato de a fecundação acontecer em laboratório e o embrião ser cultivado por alguns dias antes de ser transferido para o útero, é possível realizar exames que analisam a presença de problemas genéticos. Dessa forma, são selecionados apenas os mais saudáveis para a transferência.

Também é possível analisar a receptividade endometrial, preparar o endométrio por meio de medicamentos, entre outros procedimentos.

Em casos mais graves, quando a mulher não pode passar pela gestação por alterações anatômicas no útero, é possível realizar a FIV em um útero de substituição.

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