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Preparo seminal

Com o propósito de selecionar os espermatozoides mais capacitados para a fecundação em tratamentos de reprodução assistida, como a inseminação artificial (IA) e a FIV (fertilização in vitro), é realizado o preparo seminal.

O procedimento utiliza diferentes técnicas que possibilitam capacitar o rendimento dos gametas masculinos, selecionando os que possuem melhor motilidade e morfologia, eliminando os de menor qualidade.

Este texto explica o funcionamento do preparo seminal, assim como as principais técnicas utilizadas para a realização do procedimento.

Como o preparo seminal funciona?

Ainda que milhões de espermatozoides sejam ejaculados durante a relação sexual, apenas o mais saudável para fecundar o óvulo é selecionado pelo aparelho reprodutor feminino.

Nos tratamentos de reprodução assistida, para aumentar as chances de fecundação, a capacidade dos gametas masculinos é testada em laboratório por diferentes técnicas. A mais adequada para cada caso é indicada a partir da análise do sêmen, que avalia características seminais e dos espermatozoides presentes nas amostras.

Para serem analisadas, as amostras são coletadas por masturbação em recipientes específicos para evitar contaminação. Diferentes critérios são avaliados, como cor, volume, viscosidade, liquefação e acidez do sêmen (pH), assim como concentração, morfologia e motilidade dos espermatozoides.

O movimento dos gametas masculinos de forma direcional, em círculos, assim como a imobilidade, indica percentualmente a motilidade, enquanto a análise de regiões como cabeça, pescoço ou cauda dos espermatozoides define a morfologia, da mesma forma que os classifica pela identificação de possíveis defeitos.

A partir dos resultados diagnósticos, três técnicas de preparo seminal podem ser utilizadas, possibilitando a recuperação de um percentual bastante expressivo de espermatozoides de maior qualidade.

Gradiente descontínuo de densidade

O gradiente descontínuo de densidade é mais indicado quando as amostras possuem espermatozoides com parâmetros escassos de concentração, motilidade ou morfologia.

Uma força centrífuga é aplicada nos gametas para que eles vençam gradientes de densidades diferentes. Os de maior densidade, por exemplo, com melhor morfologia e motilidade, formam um sedimento no fundo do tubo, ao contrário dos menos qualificados e imóveis, que estratificam na amostra posicionada na parte superior do tubo.

Swim-up

Quando os critérios como morfologia e motilidade estão dentro dos padrões normais, a migração ascendente ou swim-up é mais adequada. A técnica se baseia na capacidade de o espermatozoide nadar da amostra de sêmen, depositada no fundo do recipiente, para o topo do meio de cultura.

Lavagem simples

Já a lavagem simples é ideal nos casos em que as amostras são de baixíssima qualidade, quando é necessário realizar uma centrifugação total da amostra e concentrar todos os espermatozoides, facilitando sua busca durante os procedimentos de FIV.

Reprodução assistida

Após a seleção, os espermatozoides podem ser utilizados nos tratamentos por IA ou na FIV. Na IA, são inseridos em um cateter e depositados durante o período fértil no útero da mulher que vai gerar a criança.

Já na FIV, cada espermatozoide é novamente avaliado individualmente por um microscópio potente e posteriormente injetado no óvulo.

Na FIV, os espermatozoides podem também ser extraídos dos epidídimos (PESA), ductos ligados aos testículos pelos quais os gametas passam para seu amadurecimento, ou dos testículos (TESE e Micro-TESE), quando não estão presentes nas amostras de sêmen inicialmente analisadas.

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