Sabemos que a nutrição é a área do conhecimento humano, uma ciência, que estuda a relação entre os nutrientes e os processos de doença que se desenvolvem nos seres humanos. Estuda como as células do corpo utilizam esses nutrientes para manter seu funcionamento e não adoecer. Isso é importante para todos os aspectos da vida, como a fertilidade.
Sendo a gestação um momento da vida da mulher que exige muito do corpo, o período pré-gestacional tem que ser observado com muita atenção, inclusive do ponto de vista nutricional. Manter uma alimentação equilibrada é fundamental para aumentar as chances de gravidez e ter um bom desenvolvimento da gestação.
Se você está tentando engravidar, não deixe de ler nossas orientações. Elaboramos este texto com dedicação para ajudá-la a compreender como melhorar a sua fertilidade.
Esta é uma das perguntas mais frequentes relacionadas à fertilidade realizadas no Google nos últimos anos, indicando que as mulheres em idade reprodutiva têm enorme preocupação com a procriação.
Existem muitos fatores que podem afetar as chances de gravidez natural e em reprodução assistida, portanto buscar apoio médico nesse momento também é uma conduta importante.
Sendo o fator idade o principal determinante para o sucesso gestacional, o fato de as mulheres postergarem a gestação para depois dos trinta, trinta e cinco anos, faz com que boa parcela dos casais sofra com a infertilidade. Por esse motivo, a necessidade de identificar fatores modificáveis do estilo de vida, relacionados ao envelhecimento ovariano, está se tornando cada vez mais relevante.
Estudos recentes reportaram associação entre fatores da dieta e idade da menopausa, o grande marcador da senescência reprodutiva.
Fatores do estilo de vida, incluindo dieta, tabagismo, exercício e estresse, podem afetar a performance reprodutiva, inclusive durante um tratamento de reprodução assistida, como a FIV (fertilização in vitro).
Muitos estudos recentes têm sugerido que hábitos dietéticos pré-conceptivos poderiam influenciar na qualidade dos óvulos, dos embriões e inclusive interferir na implantação. Por esse motivo, melhorariam as taxas de sucesso desses tratamentos.
Nutrição e fertilidade: os benefícios da dieta mediterrânea
Entre os padrões alimentares propostos, a dieta mediterrânea, uma dieta rica em vegetais, frutas, grãos, legumes, nozes e azeite, e com pouca carne vermelha, parece ser a mais promissora e amplamente aceita por seus efeitos positivos na saúde do ser humano.
Ao considerarmos o alto impacto da obesidade no potencial reprodutivo feminino, é essencial esclarecer o papel e os mecanismos potenciais pelos quais uma dieta de qualidade, e a dieta mediterrânea em particular, podem exercer sobre o peso corporal e consequentemente sobre os resultados dos tratamentos de infertilidade.
Porém, é de se supor que, além da questão de perder peso, dietas mais saudáveis podem influenciar no potencial reprodutivo de todas as mulheres. Novos trabalhos científicos têm corroborado essa ideia.
Uma pesquisa com mulheres gregas, não obesas, publicada em 2018 na Human Reproduction (uma importante revista da área reprodutiva) concluiu que as mulheres com menos de 35 anos que aderiram rigorosamente à dieta mediterrânea tiveram naquela publicação 3 vezes mais chance de atingir uma gravidez em comparação com as que não aderiram.
Vale ainda ressaltar que essa mesma dieta, observada na população das ilhas do mediterrâneo, foi associada com 88% menor probabilidade de obesidade em idosos e consequentemente menor taxa de hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia.
Sendo assim, transcrevo a seguir a dieta mediterrânea, adaptada e complementada com nutrientes que podem melhorar a fertilidade feminina:
Vale lembrar que uma dieta deve ser adaptada a cada caso. A quantidade a ser consumida dependerá da necessidade individual de cada pessoa. Médicos e nutricionistas podem ser consultados para uma avaliação e adaptação dessa dieta a sua realidade.
Ressalto ainda que um equilíbrio adequado se dá a partir da balança entre consumo e gasto, portanto corrigir a dieta é fundamental, porém isso deve ser associado a atividade física regular, já que se sabe que o sedentarismo é também outro vilão da fertilidade.
Este assunto será abordado em outro artigo, assim como a dieta do homem fértil, que tem as suas particularidades.
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