Métodos contraceptivos têm como função inibir as possibilidades de concepção e são adotados por diversos fatores, inclusive planejamento familiar. Hoje em dia, existem diferentes opções para as mulheres que desejam realizar o controle de natalidade.
Podem ser hormonais, como a pílula e o DIU, de barreira como o preservativo e diafragma, ou mesmo de acompanhamento da temperatura basal, determinando o período fértil para coito interrompido ou abstinência.
A laqueadura, também conhecida como ligadura tubária, entretanto, é o único que tem a característica de permanência, ou seja, é considerado definitivo, com chances praticamente inexistentes de fecundação se a mulher não desejar mais engravidar.
Embora tenha uma característica definitiva, algumas mulheres se confrontam posteriormente com o desejo de ter outros filhos. Para isso, pode-se tentar a reversão da laqueadura, procedimento que pode proporcionar a restauração da fertilidade em parte dos casos.
Porém, o sucesso depende de diferentes fatores, incluindo o tempo decorrido da cirurgia, o tipo de ligadura realizado e a idade da mulher. Para saber quando a reversão da laqueadura ou FIV são a melhor opção para engravidar, é só continuar a leitura até o final.
Estudos atuais demonstram que a média pela procura do procedimento de laqueadura prevalece entre mulheres de 24 anos, das quais aproximadamente 80% têm mais de três filhos. Os motivos envolvem desde a falta de interesse em ter mais filhos, inadequação a outros métodos anticoncepcionais, incentivo do parceiro, relacionamentos abusivos e dificuldades financeiras.
Atualmente existem três opções para realização da laqueadura tubária: videolaparoscopia, minilaparotomia ou histeroscopia:
As principais motivações das mulheres que geralmente passaram pela esterilização ao optarem pela cirurgia de reversão são o desejo de ter mais filhos ou novos relacionamentos.
As técnicas mais utilizadas atualmente para a reversão da laqueadura são a videolaparoscopia ou a cirurgia laparotômica microcirúrgica (utilizando lupas e microscópios). A cirurgia tem como objetivo remover as peças utilizadas para bloquear as tubas uterinas, reparando-as em seguida, ou para reconectá-las, se tiverem sido cortadas.
As chances de sucesso gestacional são mais altas quando a laqueadura foi feita com a utilização de clipes e anéis tubários e se somente uma pequena parte das tubas uterinas tiver sido removida. Já os casos em que foram provocadas cicatrizes para bloquear as tubas uterinas, ou quando o fechamento das tubas se deu na porção muito próxima ao útero, são considerados irreversíveis.
O tempo decorrido de cirurgia de esterilização e a idade da mulher também interferem: há mais chances de sucesso se o tempo decorrido entre a esterilização e a reversão for de aproximadamente cinco anos e em mulheres mais jovens, na faixa etária até 35 anos, uma vez que naturalmente a reserva ovariana diminui com o envelhecimento, assim como a qualidade dos óvulos.
Embora a cirurgia de reversão tenha bons percentuais de sucesso, quando indicada de acordo com os critérios adequados, se realizada por técnica correta e cirurgião experiente, se após o procedimento a mulher não engravidar, para as que estão acima de 36 anos ou nos casos em que não é possível reverter a cirurgia de esterilização, há mais chances de gravidez pelo tratamento por fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação acontece em laboratório.
Atualmente, o método mais usado é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), em que cada espermatozoide é avaliado por um microscópio de alta magnificação, em movimento, e injetado diretamente no óvulo por um aparelho bastante preciso acoplado a ele, o micromanipulador de gametas.
Os embriões formados são posteriormente cultivados em laboratório por alguns dias e transferidos para o útero materno. Os percentuais de sucesso por ciclo de tratamento proporcionados pela FIV são, em média, 50%: é a técnica que apresenta os maiores índices.
Leia também nosso texto completo sobre reversão da laqueadura e fique mais bem informada ainda!
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