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Sinequias: sintomas

Para que a fertilidade feminina seja preservada, seu sistema reprodutor deve estar em boas condições de funcionamento e seus órgãos com a saúde em dia.

Os ovários são responsáveis por armazenar os óvulos e produzir hormônios essenciais no processo de reprodução. Nas tubas uterinas, ocorre o encontro do espermatozoide com o óvulo e, após a fecundação, o transporte do embrião até o útero. O útero é responsável por desenvolver o embrião até o momento do nascimento.

O bom funcionamento do sistema reprodutor, livre de doenças e alterações, ajuda a preservar a fertilidade e aumenta as chances de gravidez.

Muitas mulheres passam por problemas que interferem em sua saúde, provocam alterações em seus órgãos reprodutivos e causam a infertilidade. Problemas que muitas vezes podem ser resolvidos por meio da reprodução assistida.

A seguir, saiba mais sobre as sinequias, alterações no útero que podem prejudicar a fertilidade feminina.

O que são sinequias?

Sinequias são adesões intrauterinas que promovem a destruição do endométrio e a formação de aderências fibrosas na parede uterina.

A sinequia uterina é uma espécie de “cicatriz” encontrada no revestimento interno do útero. Uma aderência é formada e pode ser encontrada de três diferentes formas: leve, moderada e grave.

No estágio leve, costumam apresentar tecido endometrial, total ou parcialmente. No moderado, já aparecem com tecido fibromuscular revestido por endométrio. E no estado grave, o tecido é mais denso e causa danos à cavidade uterina.

As sinequias podem ser sequelas originadas de curetagem uterina (cirurgia realizada para retirada do material de aborto). Quando muito graves, podem causar a destruição total do tecido endometriótico, fazendo com que a mulher pare de menstruar inclusive – tal situação é denominada síndrome de Asherman.

Sintomas das sinequias

Uma das dificuldades em diagnosticar a presença das sinequias no útero é pelo fato de serem assintomáticas. Porém, ainda que não possuam sintomas aparentes, alguns sinais podem ser observados para determinar a presença de alterações no organismo da mulher.

A alteração no fluxo menstrual é o primeiro sinal a ser observado. Pode ocorrer a hipomenorreia, que é a diminuição do fluxo ou ainda a amenorreia, que é a ausência total do fluxo.

Também pode ocorrer a dismenorreia, a dificuldade de escoamento completo do sangue menstrual, causando cólicas e desconforto durante o ciclo menstrual.

Não ocorre em todos os casos, mas a infertilidade é um sintoma possível da sinequia uterina. Mulheres com essas alterações podem encontrar dificuldade para engravidar ou ainda sofrer abortos espontâneos. As cicatrizes acabam atrapalhando o crescimento do útero e impedindo o desenvolvimento do endométrio.

Para as mulheres que tentam engravidar, devem procurar um médico para diagnosticar e solucionar este problema para aumentar as chances de sucesso na gravidez.

Como é feito o diagnóstico?

Para detectar essas alterações, o médico investiga por completo a cavidade uterina da paciente. É preciso observar os tecidos de revestimento do útero e analisar a cavidade uterina para encontrar possíveis alterações.

Os exames mais comuns para esse diagnóstico são: a ultrassonografia, a histerossalpingografia e a histeroscopia. A histeroscopia é a mais utilizada, sendo considerado o padrão-ouro para este diagnóstico, proporcionando maiores detalhes sobre a dimensão e a localidade das sinequias.

Formas de tratamento

O tratamento dessa doença vai depender do estágio em que ela se encontra e da gravidade da situação, podendo ser realizado de forma simples ou mais complexa.

Quando as aderências no útero não se encontram em um tecido mais espesso, pode ser tratado por meio de histeroscopias não cirúrgicas. É um tratamento que pode ser realizado durante o próprio exame de diagnóstico, quando o médico identifica as alterações mais simples.

Já em casos de adesões maiores, mais resistentes e com tecido mais espesso, o tratamento é feito por cirurgia. É um procedimento cirúrgico rápido e simples, no qual a paciente pode ter alta no mesmo dia. Nestes casos de sinequias mais espessas, é frequente que um novo ato cirúrgico precise ser realizado após 30-60 dias, já que há uma tendência a se formarem novamente novas traves fibróticas.

Sinequias e a reprodução assistida

Mulheres com sinequias uterinas podem enfrentar o problema da infertilidade e por isso devem procurar tratamentos adequados para isso.

Nem sempre os procedimentos cirúrgicos serão eficientes na recuperação da fertilidade feminina e outras opções podem ser mais viáveis, como a reprodução assistida.

São três diferentes tipos de técnicas, a relação sexual programada (RSP), e inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV), e a escolha de cada uma vai depender dos tipos de alterações nas cavidades uterinas.

Em casos de úteros muito comprometidos, quando o crescimento do endométrio é impossibilitado, inviabilizando a implantação do embrião, uma opção é a gestação por útero de substituição. Também conhecida como cessão temporária do útero, ocorre quando outra mulher, parente da paciente em até 4º grau recebe o embrião, gerado a partir dos gametas do casal, para passar pela gestação.

Quando as sinequias forem corrigidas, algumas mulheres conseguem passar pela gestação natural. Aquelas que não alcançam esse objetivo podem optar pela fertilização in vitro, para que o endométrio seja preparado para a implantação do embrião.

Todo esse processo depende de cada situação e varia de paciente para paciente. Mulheres com problemas de sinequias uterinas devem procurar um atendimento especializado para que o médico defina a melhor forma de tratamento e encontre as possibilidades de chegar até uma gravidez saudável.

Conheça também outros problemas que causam a infertilidade feminina e como ela pode ser tratada.

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