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SOP e infertilidade: qual a relação?

A fertilidade feminina é a capacidade que a mulher possui para engravidar. Para que ela ocorra, os órgãos do sistema reprodutor devem estar em perfeitas condições. Alterações ou lesões nesses órgãos, assim como doenças ou desequilíbrios hormonais, podem causar a infertilidade e provocar dificuldades para alcançar a gravidez.

O sistema reprodutor feminino, responsável pela reprodução, é formado pelo útero, ovários, vagina e tubas uterinas. Este sistema trabalha na produção dos gametas femininos (óvulos), promovem a fecundação, propiciam a implantação do embrião e o fornecem boas condições de desenvolvimento e é o responsável pelo parto.

Os ovários são os responsáveis por produzir os hormônios femininos, a progesterona e o estrogênio e são eles que armazenam os óvulos. As tubas uterinas conectam os ovários ao útero e é onde ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Já o útero é o responsável por acomodar o feto e proporcionar seu desenvolvimento até o momento do nascimento do bebê.

Quando ocorre alguma alteração nesse sistema ou em algum de seus órgãos, a fertilidade da mulher fica comprometida. Algumas doenças e distúrbios hormonais podem causar a infertilidade feminina, como a endometriose, miomas uterinos, pólipos endometriais ou a síndrome dos ovários policísticos.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP), é um distúrbio hormonal bastante comum entre mulheres em idade reprodutiva. A seguir, saiba mais sobre este problema e entenda a sua relação com a infertilidade.

O que é a SOP?

A doença é caracterizada por um distúrbio hormonal que promove o aumento de tamanho dos ovários e forma vários cistos, que são bolsas cheias de líquido. Mulheres com SOP podem apresentar hiperandrogenismo, um elevado nível de hormônio masculino no organismo, o que faz com que surjam características como pelos faciais em excesso ou em locais incomuns.

As causas da doença ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há uma relação com a resistência à insulina e à alta dosagem de testosterona no organismo feminino. Mulheres com histórico familiar possuem mais chances de desenvolver a síndrome, e a obesidade também pode ser um fator de risco.

A SOP pode ser atingir mulheres de todas as idades durante a vida reprodutiva, desde a menarca até a menopausa.

Sintomas da SOP

Os sintomas da SOP podem variar de acordo com a paciente e com a gravidade de cada situação. Normalmente, um dos seus principais sinais é a irregularidade menstrual e as mudanças visuais que ela provoca. Os sintomas mais frequentes são:

A SOP também causa uma alteração hormonal no organismo da mulher que pode provocar a anovulação, quando a ovulação não acontece. A ovulação é o momento em que o óvulo maduro é liberado para a fecundação. Quando ela não ocorre, a fecundação fica impossibilitada e a mulher é considerada infértil.

Muitos problemas emocionais e de autoestima podem atingir mulheres com esta síndrome devido a suas características masculinas que alteram a aparência e a sensação de impotência em mulheres que não conseguem engravidar.

A SOP e a infertilidade

Por se tratar de um distúrbio hormonal, a SOP influencia em vários aspectos de funcionamento do organismo feminino. Um deles é a ovulação, que ocorre durante o ciclo menstrual e é promovida pela ação de hormônios.

Quando acontece a anovulação, a ausência de ovulação, o folículo não amadurece e não libera o óvulo. Ciclos menstruais irregulares podem indicar um ciclo anovulatório, principalmente se o ciclo menstrual for menor que 24 dias ou superior a 35 dias.

A anovulação pode ser identificada por exames como a ultrassonografia transvaginal, que avalia o amadurecimento dos folículos e a ovulação. Por isso é importante que a paciente procure um médico ao perceber os sinais que indiquem a SOP.

Tratamento da SOP

O tratamento da SOP é feito com o uso de medicamentos para aliviar os sintomas e tratamento hormonal para inibir as características masculinas. Mudanças de hábito, prática de atividades físicas e uma alimentação adequada também podem amenizar os sintomas e a gravidade da doença.

Para mulheres que desejam engravidar, o tratamento indicado é pelas técnicas de reprodução assistida que conta com três diferentes métodos: relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

As três técnicas contam com um procedimento comum que pode ser realizado para mulheres com SOP, a estimulação ovariana. Esse método é feito para aumentar a liberação de óvulos maduros pelos folículos, aumentando as chances de uma fecundação.

A RSP é uma técnica de menor complexidade, realizada para indicar ao casal o momento ideal para manter relações sexuais e alcançar a gravidez. É indicada para mulheres com menos de 35 anos, que tenham a anatomia das tubas uterinas preservada e homens que possuam boas condições espermáticas.

A IIU também possui baixa complexidade e a fecundação ocorre de forma natural, é indicada quando há problemas leves de infertilidade masculina. Os espermatozoides são analisados e passam por um processo até serem inseridos dentro do útero.

Já a FIV é uma técnica de alta complexidade, com bons índices de sucesso, indicada em casos graves de infertilidade e quando há falhas em outros procedimentos. Todo o seu processo é feito em laboratório e conta ainda com técnicas complementares para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

Saiba mais sobre a síndrome dos ovários policísticos, como ela pode ser diagnosticada e qual o tratamento ideal em cada situação.

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