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Trombofilia, infertilidade e reprodução assistida

Os aspectos da coagulação sanguínea são muito importantes para a saúde humana, uma vez que sua função é evitar a perda de sangue em excesso por hemorragias. Quando o indivíduo sofre alguma lesão que provoca o sangramento, reações físicas e químicas começam a acontecer no corpo para promover a coagulação.

Para que isso aconteça, é necessário que ocorra uma série de reações entre proteínas, o que conhecemos como fatores de coagulação. É essencial que o corpo esteja em perfeitas condições, para que não aconteça nenhum desequilíbrio ou distúrbio.

Alguns medicamentos e substâncias atuam no retardamento da coagulação do sangue. Podem também ser usados para prevenir doenças trombóticas, inibindo a ação de fatores de coagulação.

Os coágulos se formam naturalmente no corpo após a lesão para evitar a hemorragia. Porém, a formação anormal dos chamados trombos pode provocar obstruções e causar a trombose.

O indivíduo que possui a tendência de formação de coágulos nas veias ou artérias, possui a condição conhecida como trombofilia. Este problema pode ser herdado de forma genética ou adquirido após algumas doenças, sendo estimulado por alguns fatores de risco.

A trombofilia pode causar consequências sérias, principalmente para mulheres que já estão grávidas ou que desejam engravidar, podendo causar inclusive a infertilidade feminina. A seguir, conheça mais sobre esta condição, entenda a sua relação com a infertilidade e saiba como a reprodução assistida pode ajudar nesses casos:

O que é trombofilia?

A trombofilia é a condição que representa uma predisposição ao desenvolvimento de coágulos sanguíneos nas artérias e veias. É um problema causado por uma alteração na ação das enzimas que realizam a coagulação do sangue.

Nesse sentido, a doença pode causar desde manifestações moderadas até casos mais graves como a obstrução das veias e artérias, que causam embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC). Outra consequência presente entre pessoas com esta condição, é a trombose venosa profunda (TVP).

Entre as principais pessoas afetadas estão as mulheres grávidas ou que estão na tentativa de engravidar. Ainda que a mulher não apresente trombos ou coágulos, é importante que ela seja acompanhada de perto para não encontrar problemas durante a gestação ou dificuldades para engravidar quando for tentante.

Quais os sintomas e consequências da doença?

A trombofilia aumenta os riscos de formação de trombose e, quando surgem complicações, os coágulos podem aparecer em algumas partes do corpo. Os sintomas podem surgir de acordo com a ocorrência dos coágulos e entre os principais, podemos encontrar:

Trombose venosa profunda

É uma das principais consequências da trombofilia e atinge principalmente os membros inferiores. Entre os principais sintomas desta condição, é possível encontrar o inchaço, dor na perna, aumento da temperatura na região afetada, dilatação das veias superficiais, sensação de peso na área afetada e vermelhidão.

Embolia pulmonar

É uma situação encontrada quando uma ou mais artérias pulmonares são bloqueadas por um coágulo sanguíneo. Os sintomas mais comuns são a falta de ar aguda, dor no peito ou nas costas, tosse seca ou com sangue, sensação de tontura.

Acidente vascular cerebral

O AVC acontece quando há danos no cérebro, causados pela interrupção do fornecimento de sangue. Normalmente os sintomas apresentados são: dificuldades para andar, falar e enxergar, perda momentânea da visão, dificuldade de compreensão e paralisia ou dormência da face, braço ou perna.

Para mulheres gestantes a trombofilia pode ser um fator de risco, pois os fatores coagulantes aumentam e os de anticoagulantes diminuem. Assim, aumentam as chances do desenvolvimento da TVP nas pernas.

A trombofilia pode também interferir na transmissão de nutrientes e oxigênio da mãe para o feto, por atingir a vasculatura da placenta. Esta condição pode causar abortamentos ou complicações para a mãe e para o feto, como a pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta e retardo no crescimento do feto.

Para mulheres que estão tentando engravidar, este problema pode interferir na busca pela gravidez. Os abortamentos costumam ser mais frequentes em mulheres que apresentam a trombofilia.

Como é feita a investigação e o diagnóstico?

Normalmente, pessoas com histórico familiar devem passar pela investigação para identificar a trombofilia. O exame de sangue é um dos recursos utilizados a fim de identificar mutações genéticas que tenham relação com a coagulação sanguínea.

Exames de imagem, como a ultrassonografia com Doppler, são realizados para identificar os coágulos. Assim é possível avaliar cada caso e indicar o tratamento mais adequado naquela situação.

Pessoas com predisposição ao desenvolvimento de trombos podem também prevenir o desenvolvimento da patologia cuidando de sua alimentação, praticando atividades físicas e utilizando meias elásticas especiais ao realizar viagens mais longas, podendo ainda se levantar a cada hora para se movimentar.

Qual o melhor tratamento para a trombofilia?

O tratamento da trombofilia é feito com a indicação de dois tipos de medicamentos: os anticoagulantes e os trombolíticos. O uso de cada um deles varia de acordo com a situação de cada indivíduo.

Em casos de maior risco, como pessoas que ficam imobilizadas por maior tempo ou mulheres gestantes, o indicado é o uso de anticoagulantes para inibir a formação de coágulos ou o aumento daqueles já formados. Já os trombolíticos atuam naqueles coágulos já existentes, fazendo com que se dissolvam.

Também existe a opção de trombólise dirigida por cateter, quando os coágulos são atingidos pelos medicamentos diretamente. A intervenção cirúrgica é uma opção quando ocorrem eventos agudos de TVP ou AVC, o procedimento é conhecido como trombectomia e evita bloqueios maiores das veias e artérias.

A trombofilia pode afetar mulheres que passam pelo tratamento de infertilidade pela reprodução assistida como a fertilização in vitro (FIV). Com isso, é necessário fazer uma intervenção durante o procedimento para minimizar as chances de falhas no tratamento.

A FIV é realizada em cinco etapas principais: a estimulação ovariana, coleta dos gametas, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária. É possível o uso de medicamentos antes da transferência dos embriões para favorecer a implantação do embrião no endométrio. Após a confirmação da gravidez, a mulher também continua o tratamento farmacológico, sendo este adaptado. Quando o bebê nasce, ela volta a tomar os anticoagulantes por sofrer um risco maior de desenvolver trombose no período do puerpério (até 40 dias após o parto).

Este é um assunto complexo que merece uma atenção maior devido os cuidados necessários. Se você busca mais informações sobre este tema, continue aqui no site e leia mais sobre a trombofilia e sua ocorrência.

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