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Trombofilia: saiba identificar os sintomas

A coagulação sanguínea é um processo muito importante no corpo humano, pois evita a perda excessiva de sangue por hemorragias. Assim, quando o indivíduo sofre qualquer tipo de lesão que cause um extravasamento de sangue, a coagulação se inicia. Ela é baseada nas mudanças físicas e químicas do sangue e é influenciada por diversos fatores.

Algumas doenças adquiridas ao longo da vida ou de forma hereditária podem levar a complicações na coagulação e causar problemas como hemorragias ou tromboses — a formação de trombos ou coágulos no interior de um vaso sanguíneo.

É importante que os fatores de coagulação estejam normais para evitar doenças e alterações que possam afetar a saúde do indivíduo. Esses fatores de coagulação estão relacionados a uma série de reações que acontecem entre as proteínas.

Quando a pessoa tem mais tendência à formação de coágulos nas veias ou artérias, elas têm o que chamamos de trombofilia. Este problema pode ser hereditário, ser resultante de doenças ou ser estimulada por alguns fatores de risco.

A seguir, saiba mais sobre esta condição e aprenda a reconhecer os sintomas da trombofilia.

O que é trombofilia?

A trombofilia representa a tendência que a pessoa tem para a formação de coágulos ou trombos no sangue. Isso acontece devido a uma deficiência na ação das enzimas responsáveis pela coagulação sanguínea.

Indivíduos que nascem com essa predisposição, apresentam o que se chama de trombofilia hereditária. Quando a condição genética é associada a fatores como idade mais avançada ou gestação, por exemplo, o risco de trombose aumenta.

Quando adquirida ao longo da vida, a trombofilia se relaciona com a produção de anticorpos contra o próprio organismo – síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF).

Existem situações que aumentam o risco de surgimentos de tromboses, como as doenças oncológicas, terapias de reposição hormonal, uso de medicamentos anticoncepcionais por longo tempo, excesso de peso, imobilização pós cirurgia e gravidez, que não estão necessariamente relacionados à trombofilia.

Entre as principais consequências da trombofilia, estão a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar e podem ser associadas a inchaço no corpo, inflamação das pernas e sensação de falta de ar.

Quais os sintomas e consequências da trombofilia?

Na maior parte dos casos a trombofilia pode ser assintomática, tendo seus sintomas manifestados apenas quando um coágulo se forma e aumenta os riscos de TVP e de embolia pulmonar.

Trombose venosa profunda

Nesses casos, é comum a vermelhidão no local, principalmente na parte posterior da perna abaixo do joelho. Outros sintomas também podem ser comuns, como dor e sensibilidade nas pernas, mais comumente na panturrilha, inchaço e assimetria entre as pernas, sensação de peso na região afetada e sensação de aquecimento no local de desenvolvimento do coágulo.

Embolia pulmonar

Pessoas com embolia pulmonar normalmente sentem dor no peito ou nas costas, apresentam tosse seca e com sangue, sentem falta de ar e tontura.

Mesmo quando não apresentam a formação de trombose, pacientes com trombofilia devem manter o acompanhamento de sua situação, pois ela pode causar complicações como a infertilidade feminina, abortos frequentes, prejuízos no desenvolvimento do feto, pré-eclâmpsia e partos prematuros.

Além disso, quando não acompanhada de forma adequada, a trombofilia pode levar à obstrução de veias e artérias, podendo causar situações como o acidente vascular cerebral (AVC).

A obstrução dos vasos endometriais pode reduzir as chances de implantação embrionária e causar abortamentos ou falhas de implantação no caso do tratamento pela fertilização in vitro (FIV). Ainda quando o embrião consegue se fixar no endométrio, existe um risco de restrição no crescimento do feto. A oclusão dos vasos que formam a placenta dificulta a passagem do sangue e o embrião recebe menos nutrientes do que necessita.

Como investigar a doença e confirmar o diagnóstico?

Normalmente, pessoas com história de trombofilia na família devem passar por uma investigação para descartar a possibilidade da doença. São pedidos exames laboratoriais.

São indicados ainda para pessoas com histórico anterior de trombose, mulheres grávidas, casos de morte fetal, abortamento de repetição, bebês ou crianças com púrpura fulminante (doença relacionada à coagulação), casos de tromboses em lugares menos comuns como abdômen e cérebro.

Os exames são importantes para definir o tipo de medicamento, a dosagem e o tempo de duração do tratamento em cada caso.

Qual o melhor tratamento para a trombofilia?

O tratamento da trombofilia é feito com o uso de medicamentos anticoagulantes e trombolíticos. Para inibir a formação de coágulos e o aumento daqueles já formados, são prescritos os anticoagulantes. São importantes também em situações de imobilidade prolongada e durante a gravidez.

Já os trombolíticos são indicados quando os coágulos já estão formados, pois servem para dissolvê-los. Casos em que este medicamento não é eficaz, pode ser indicada a trombólise por cateter, que aplica medicamentos diretamente no coágulo.

Quando ocorrem eventos agudos de TVP ou AVC, pode ocorrer a intervenção cirúrgica por meio da trombectomia, a fim de evitar bloqueios permanentes ou danos maiores ao organismo.

Mulheres com histórico familiar, ou pessoal de eventos tromboembólicos, que passam pelo tratamento da reprodução assistida, como a FIV, necessitam passar por uma intervenção para garantir o sucesso do procedimento.

Devem ser administrados medicamentos para controlar a coagulação sanguínea da paciente e os anticoagulantes devem ser aplicados próximos ao momento da transferência embrionária para favorecer a implantação.

Após o início da gestação, as doses são ajustadas e mantidas até 24 horas antes do parto. Depois do nascimento, o uso dos anticoagulantes deve ser reiniciado, pois o risco de trombose aumenta durante o puerpério (nos primeiros 40 dias pós-parto).

Se você se interessou por este assunto, leia mais sobre a trombofilia aqui em nosso site e conheça as principais causas da doença.

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