A videolaparoscopia é um procedimento minimamente invasivo utilizado para diagnosticar algumas doenças e alterações e promover correções na região abdominal e pélvica.
Essa intervenção cirúrgica pode ser indicada em diversas situações, inclusive em casos de infertilidade. A técnica possibilita a avaliação de órgãos do sistema reprodutor, identificando alterações que possam causar dificuldade para engravidar de forma natural.
O casal passa por exames de investigação quando percebe aspectos de infertilidade, que pode ser considerada após 12 meses de tentativas falhas. Em casos de mulheres com mais de 35 anos, a investigação já deve ocorrer se forem atingidos 6 meses de tentativas de engravidar sem o uso de qualquer método contraceptivo, já que o maior determinante do sucesso do tratamento reprodutivo é sempre a idade da mulher.
Ao identificar as causas do problema e determinar se existem aspectos de infertilidade feminina ou masculina, é possível definir o melhor caminho para o tratamento. A reprodução assistida busca um atendimento individualizado para atender todas as necessidades que a situação pede, aumentando as chances de sucesso nas técnicas escolhidas.
A seguir, entenda melhor como funciona a videolaparoscopia e saiba quando ela pode ser realizada para auxiliar com problemas de infertilidade:
A videolaparoscopia é realizada em ambiente hospitalar e utiliza anestesia geral. São feitas pequenas incisões na região abdominal e um laparoscópio com uma câmera acoplada é inserido no local.
O equipamento permite a iluminação e a visualização das estruturas abdominais e pélvicas, transmitindo todas as imagens para um monitor de vídeo, com acompanhamento em tempo real.
É indicado que o paciente realize um jejum de 8 horas antes do procedimento e em algumas situações que utilize laxante para limpar a área intestinal e melhorar a visualização do exame. Antibióticos são sempre utilizados durante o ato cirúrgico a fim de diminuir as chances de uma infecção.
O paciente deve evitar as atividades físicas e sexuais nos primeiros dias após a cirurgia e a sua recuperação pode durar de duas a três semanas, podendo ser diferente de acordo com o tipo de procedimento realizado.
Existem raras possibilidades de complicações, elas podem incluir: sangramento anormal, infecção, danos aos órgãos ou veias da região. Ao apresentar algum sintoma como febre, calafrios, vermelhidão, inchaço, dor ou vômito, os pacientes devem procurar o seu médico.
A videolaparoscopia é um procedimento muito importante na medicina, incluindo a reprodutiva, pois é muito eficiente em diversos casos: pode ser diagnóstica ou cirúrgica.
Auxilia na identificação de alterações nas estruturas abdominais e pélvicas e permite que o problema seja corrigido no mesmo ato.
Com a grande capacidade dos exames de imagem nos dias de hoje, como ultrassons de última geração e ressonância magnética, o modelo de videolaparoscopia como diagnóstico apenas tem sido abandonado. Utiliza-se da técnica para realizar correções cirúrgicas planejadas. Entre as condições possíveis de serem tratadas pelo procedimento, estão:
Existem outras indicações para o uso do procedimento mesmo quando não há infertilidade. A videolaparoscopia pode ser usada também:
No entanto, a técnica pode não ser recomendada em alguns casos, como pacientes em estágios avançados de câncer na parede abdominal, pessoas com obesidade extrema ou tuberculose crônica, com baixa contagem de plaquetas, quando há muito tecido cicatricial causado por outras cirurgias e para quem faz uso de medicamentos anticoagulantes.
Com a utilização correta, a videolaparoscopia é uma ótima opção na medicina, pois é um procedimento pouco invasivo, com boa recuperação e ainda muito eficiente. A cicatriz deixada pela intervenção cirúrgica é mínima e após o tempo de repouso, o paciente pode voltar à sua rotina normalmente.
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