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Você sabe o que é trombofilia? Veja aqui

O sistema circulatório tem a função de transportar nutrientes, sais minerais, gases e metabólitos por meio da circulação sanguínea pelo corpo. O processo acontece com o bombeamento do sangue feito pelo coração. O sangue circula pelas veias, artérias, capilares e vênulas.

Elementos essenciais como a glicose, o oxigênio e os hormônios também são transportados pelo sistema circulatório até os tecidos. Também conhecido como sistema cardiovascular, é composto, em resumo, pelo sangue, vasos sanguíneos e coração.

Quando o indivíduo sofre uma lesão, o corpo inicia um processo denominado hemostase, que é a forma que o corpo encontra para cessar o sangramento dos vasos lesionados — incluindo a coagulação sanguínea.

Quando a coagulação ocorre em excesso, vasos sanguíneos que não estão sangrando podem ser bloqueados. Em contrapartida, a baixa coagulação pode fazer com que uma pequena lesão tenha um sangramento abundante.

Algumas pessoas possuem uma propensão maior ao desenvolvimento de coágulos nas veias ou artérias, condição que é denominada trombofilia. Existem alguns fatores de risco que podem estimular esta situação, mas ela pode ser também hereditária ou originada de outras doenças.

Saiba mais sobre a trombofilia, entenda como ela é causada e diagnosticada e como ela pode ser tratada de forma adequada.

O que é trombofilia?

A trombofilia é a condição em que o indivíduo tem uma predisposição maior ao desenvolvimento de trombose, doença que se caracteriza pela formação de coágulos, ou trombos, na corrente sanguínea.

Normalmente é causada pelas alterações nas enzimas responsáveis pela coagulação do sangue, podendo ser adquirida ao longo da vida ou herdada geneticamente. Entre as principais consequências da trombofilia, estão a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP).

A trombofilia hereditária pode oferecer ainda mais riscos quando associada a fatores como a gestação e a idade mais avançada. Já a condição adquirida ocorre com a produção de anticorpos contra o próprio organismo. Algumas situações podem ser fatores desencadeantes da doença, como:

Quando não tratada, a trombofilia pode oferecer diversos riscos à saúde, como a obstrução das veias e artérias que pode levar a condições fatais, como o acidente vascular cerebral (AVC) e a embolia pulmonar.

O que é trombose e o que são trombos?

A trombose é caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos, também conhecidos como trombos, que podem obstruir e inflamar a parede da veia afetada, condição conhecida como trombose venosa profunda. Normalmente a região mais atingida é a perna e os principais sintomas são a vermelhidão, inchaço, dor na região e calor no local – quase sempre de um só lado – e por isto é possível ver grande diferença entre uma perna e a outra.

Apesar de atingir pessoas de ambos os gêneros, a trombose é mais prevalente em mulheres por estarem mais expostas a fatores de risco, como o uso de anticoncepcionais e a gestação. É possível prevenir a condição com a prática de atividades físicas regulares, controle do peso, evitando o uso de cigarro e movimentando as pernas após longos períodos sentado.

A principal consequência da TVP é a embolia pulmonar, quando o coágulo se desprende e é liberado na corrente sanguínea, chegando até os pulmões. O paciente com EP pode apresentar falta de ar, tosse sem motivo aparente e dor súbita no peito que piora quando ocorre a inspiração profunda. Trata-se de uma condição muito grave, emergente.

Qual a relação da trombofilia com a infertilidade?

A trombofilia pode ser um fator de infertilidade feminina, dificultando a busca pela gravidez, seja de forma natural ou pela reprodução assistida. A obstrução dos vasos endometriais pode causar abortamentos ou falhas de implantação, devido à dificuldade do embrião em se fixar ao endométrio.

Ainda que o óvulo fecundado consiga se fixar no tecido endometrial, existe o risco de restrição do crescimento do feto. A passagem do sangue é dificultada com a oclusão dos vasos, causando a insuficiência de nutrientes para o feto, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta e bebês natimortos.

Quando não tratada e acompanhada adequadamente, a trombofilia pode interferir também no tratamento pela reprodução assistida, causando falhas de implantação e abortamentos durante a fertilização in vitro (FIV).

Como e quando é feita a investigação da trombofilia?

Normalmente, pessoas com casos de trombofilia na família, principalmente familiares de primeiro grau, devem ser submetidos à investigação desta condição. Esse procedimento é feito por testes laboratoriais e análise de DNA.

Existem outros casos em que a investigação deve ser realizada:

Quando não houver as situações acima, a pesquisa para a trombofilia não é indicada, segundo os principais guidelines internacionais. Marcadores laboratoriais positivos sem o fenômeno clínico não dão o diagnóstico de trombofilia e, portanto, não devem ser tratados.

Como a reprodução assistida pode ajudar em casos de trombofilia?

Casos mais graves de trombofilia podem interferir em tratamentos de infertilidade, como a FIV. Por isso, é necessário um acompanhamento especial para aumentar as chances de sucesso nos procedimentos e diminuir os riscos para a mãe e o feto.

A FIV é realizada em etapas desde a estimulação ovariana até o momento final com a transferência embrionária. Por isso, é possível a utilização de medicamentos para controlar a coagulação da mulher durante esses processos.

Para favorecer a implantação embrionária, os anticoagulantes podem ser aplicados dois dias antes da transferência do embrião. Após a confirmação da gestação, a medicação é controlada para a gravidez e mantida até 24 horas após o parto. Depois disso, o uso dos anticoagulantes é reiniciado, uma vez que a mulher sofre riscos do desenvolvimento de trombose após a gestação.

Não deixe de ler mais sobre a trombofilia e conheça as mais frequentes causas da doença e seus principais sintomas.

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