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Como é feito o cálculo do período fértil?

Desde que atingem a puberdade e ocorre a primeira menstruação, as mulheres já podem engravidar. Para que a gravidez ocorra, a cada ciclo menstrual, um folículo, bolsa em que os óvulos são armazenados, se desenvolve, amadurece e rompe, liberando o óvulo para ser captado pela tuba uterina, órgão em que ocorre a fecundação.

No momento que ocorre o amadurecimento final do óvulo até o rompimento do folículo (ovulação) é o período mais fértil da mulher e tem curta duração. Para que a fecundação aconteça, entretanto, os espermatozoides devem estar disponíveis no organismo feminino para o encontro com o óvulo.

Por isso, quando a mulher está tentando engravidar, é importante intensificar a relação sexual durante o período fértil.

Continue a leitura e saiba como calcular o período fértil quando o ciclo menstrual é regular, aumentando, assim, as chances de gravidez.

O que é ciclo menstrual

O ciclo menstrual é o termo utilizado para definir as alterações fisiológicas que ocorrem no organismo feminino durante a fase fértil para que a fecundação aconteça e, consequentemente, a gravidez. É regulado pela ação de diferentes hormônios e dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea. O funcionamento correto de cada uma delas é fundamental para a gravidez ser bem-sucedida.

O ciclo menstrual regular na maioria dos casos tem a duração de 28 a 30 dias e sempre acontece nesse intervalo, o que sugere ocorrer uma adequada ovulação. Ciclos em intervalos diferentes, principalmente se tiverem sempre o mesmo intervalo e estiverem entre 21 e 35 dias, ainda podem estar com um padrão ovulatório correto.

Entenda como cada fase do ciclo menstrual funciona:

Fase folicular: na fase folicular, estimulados pela ação do hormônio FSH (hormônio folículo-estimulante), vários folículos são recrutados, no entanto, apenas um se desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo armazenado nele. Esta fase inicia no primeiro dia da menstruação e geralmente dura até o 13º dia. Essa fase pode apresentar uma variação maior entre as mulheres, o que determinará a duração do ciclo.

Nela, o endométrio, camada que reveste a parte interna do útero, também começa a ser preparado para receber o embrião: estimulado pela ação do estrogênio, hormônio produzido pelos ovários, ele se torna mais espesso a cada fase do ciclo. É no endométrio que o embrião se implanta nos primeiros dias de desenvolvimento – entre o quinto e sexto, fase chamada blastocisto – para ser abrigado e nutrido até que a placenta se forme para cumprir a função.

Fase ovulatória: a fase ovulatória tem início por volta do 14º dia, quando ocorre a ovulação e pode durar entre 24 e 36 horas, período no qual o espermatozoide pode fecundar o óvulo: após ser liberado ele é captado pelas tubas uterinas onde a fecundação acontece.

Fase lútea: a fase lútea tem início logo após a ovulação. Essa fase é fixa, variando menos de mulher para mulher, apresentando uma duração de 12 a 14 dias. Nessa fase o folículo que liberou o óvulo se transforma em corpo-lúteo. Também chamado corpo amarelo, ele é responsável pela secreção de progesterona, que em conjunto com o estrogênio promove o espessamento final do endométrio para que ocorra a implantação do embrião.

A fase lútea encerra o ciclo menstrual por volta do 28º dia. Quando a fecundação não acontece o endométrio descama provocando a menstruação e o início de um novo ciclo.

Como calcular o período fértil em ciclos regulares?

O cálculo para o período fértil considera a o tempo de sobrevida dos óvulos e dos espermatozoides. O óvulo sobrevive entre 24 e 36 horas. Já os espermatozoides podem sobreviver entre 3 e 4 dias no organismo feminino. Ou seja, entre cinco e seis dias é o período em que as chances de fecundação são mais altas.

Como o óvulo é geralmente liberado no 14º dia em ciclos de 28 dias, para calcular o período mais fértil é só somar um dia à possível data da ovulação (tempo de sobrevida do óvulo) e subtrair 4 dias do resultado (tempo de sobrevida dos espermatozoides).

Por exemplo, caso a menstruação inicie no dia 6 do mês, calculamos: 6+14 = 20. Deste somamos + 1 = 21. Então tiramos 4 e teremos 17. Dessa maneira, para esse caso, o período de maior fertilidade compreende o intervalo entre o 17º e o 21º dia daquele mês. É recomendável que o casal tenha de 2 a 3 relações neste período.

Em ciclos com outro padrão de intervalo, mas que esteja entre 21 e 35 dias, podemos calcular da seguinte maneira: número total de dias do ciclo subtraímos 14: teremos então o provável dia ovulatório. Então somamos 1 e tiramos 4, obtendo o período mais fértil.

Exemplo 1: ciclos de 35 dias – tiramos 14 e teremos 21. Somamos 1 = 22. Tiramos então 4 = 18. Isso significa que o período fértil será entre o 18° e o 22° dia do ciclo. Exemplo 2: ciclo de 25 dias. 25 – 14=11; 11+1=12; 12-4=8. Período de maior probabilidade para a gravidez será do 8° ao 12°dia do ciclo menstrual.

Ficar atenta a alguns sinais do corpo também ajuda a identificar o período fértil: o muco cervical, por exemplo, se torna mais espesso, esbranquiçado e pegajoso, semelhante à da clara de ovo e, quando a ovulação ocorre, mais líquido para facilitar o transporte dos espermatozoides até as tubas uterinas. Enquanto as mamas ficam mais sensíveis e levemente inchadas.

Nos ciclos irregulares, por outro lado, que acontecem continuamente fora dos intervalos normais (geralmente são mais longos) o folículo pode não desenvolver e amadurecer ou falhar em liberar o óvulo, resultando na ausência de menstruação (anovulação).

Os distúrbios de ovulação são considerados a causa mais comum de infertilidade feminina e são a principal consequência das irregularidades menstruais, que surgem como resultado de alterações nos níveis dos hormônios reprodutivos provocadas por diferentes condições.

No entanto, é possível tratar a maioria desses distúrbios com técnicas de reprodução assistida: RSP (relação sexual programada), IIU (inseminação intrauterina) e FIV (fertilização in vitro).

Elas são indicadas de acordo com as características de cada paciente, mas em todas elas a gravidez é possível, com taxas que variam de acordo com a complexidade.

RSP e IIU, por exemplo, são consideradas de baixa complexidade, pois preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. As taxas também são semelhantes à gestação natural: entre 20% e 30% por ciclo de tratamento.

A FIV, por outro lado, de maior complexidade, possibilita o acompanhamento de etapas importantes como a fecundação e o cultivo embrionários. Além disso, técnicas complementares ao tratamento solucionam diversos problemas que podem dificultar a gravidez. Assim, as taxas registradas são mais altas: acima de 50% a cada ciclo.

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