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Endometrite crônica: saiba mais sobre a condição e a relação com a infertilidade

Diferentes tipos de doenças podem ser encontradas em sua forma crônica ou aguda, variando de acordo com a prevalência e os sintomas apresentados por cada uma delas.

A doença crônica é caracterizada pelo seu lento desenvolvimento e permanece por um longo período de tempo, podendo em alguns casos acompanhar o paciente pelo resto da vida. Normalmente necessita de um tratamento mais longo e complexo. Quando é aguda, pode apresentar sintomas mais intensos e por um período menor. Assim, o tratamento pode ser mais simplificado.

A endometrite é um tipo de doença que pode ser encontrada nas duas formas, apresentando diferentes tipos de características em cada uma delas. Em sua fase aguda, alguns sintomas podem chamar a atenção da paciente. Se não for tratada adequadamente, pode se tornar crônica.

Quando ocorre processo inflamatório crônico, pode se tornar assintomática e essa forma silenciosa contribui para complicações na saúde da mulher, resultando em alguns casos na infertilidade feminina.

Neste texto, saiba mais sobre a endometrite crônica e conheça a sua relação com a infertilidade. Acompanhe a leitura até o final!

O que é endometrite crônica e aguda?

A endometrite é a inflamação do tecido endometrial, normalmente provocada por uma infecção bacteriana. Dentre as principais causas estão as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia, procedimentos ginecológicos invasivos, inserção do dispositivo intrauterino (DIU) e os partos normais ou abortamentos, em que partes da placenta permanecem no útero.

A doença pode ser aguda ou crônica, sendo classificada de acordo com os sintomas e o tempo de permanência. A endometrite aguda tem curta duração e os sintomas são transitórios. Quando não tratada de forma adequada, tende a se transformar em uma condição crônica.

Essa forma é a mais associada a casos de infertilidade feminina, pois pode dificultar a implantação do embrião no endométrio e causar dificuldades durante a gestação, gerando casos de abortos de repetição.

Por muitas vezes ser resultante de ISTs, a doença possui modos de prevenção, como o uso de preservativos durante todas as relações sexuais e a regularidade dos exames ginecológicos. 

Quais os sintomas da endometrite crônica? 

Na maior parte das vezes, a endometrite crônica é assintomática, situação que acaba dificultando o diagnóstico e causando mais complicações para a saúde da mulher. Quanto mais cedo identificar a doença, melhor será o direcionamento para o tratamento.

Quando apresenta sinais, tendem a ser mais discretos e incluem: 

Ao identificar algum desses sintomas, a mulher deve procurar o seu ginecologista para investigar, confirmar ou descartar a presença da doença. O diagnóstico pode ser feito a partir de exames laboratoriais e de imagem.

A endometrite crônica é diagnosticada por meio de uma biópsia endometrial, na qual a presença de células plasmáticas no endométrio é o critério histológico a ser considerado.

Qual a relação da endometrite crônica com a infertilidade?

A reprodução é um processo complexo que leva em consideração diversos aspectos, como a saúde geral da mulher e os fatores que envolvem a sua fertilidade. Para que a gestação tenha início, deve ser descartada a possibilidade de infertilidade masculina e a mulher deve estar saudável.

Em casos de endometrite crônica é comum a dificuldade para engravidar, assim como a possibilidade de complicações durante a gestação. O endométrio é parte essencial desse processo, uma vez que é o responsável por fixar o embrião e iniciar o seu desenvolvimento.

Com a inflamação do tecido, a implantação embrionária fica dificultada e os abortamentos podem se tornar recorrentes. Também é comum que a mulher enfrente problemas obstétricos e neonatais.

Quando não tratada essa condição também pode interferir no tratamento pela reprodução assistida, causando falhas de implantação embrionária na fertilização in vitro (FIV).

Qual o melhor tratamento para endometrite crônica? 

Existem alguns tratamentos recomendados para casos de endometrite crônica, que podem variar de acordo com as causas do problema e a situação de cada paciente. Quando causadas por algum tipo de bactéria, devem ser administrados antibióticos.

Se a doença for resultante de ISTs, os parceiros sexuais também devem se submeter ao tratamento a fim de evitar uma nova contaminação. A abordagem cirúrgica somente é recomendada se existirem restos placentários a serem retirados ou houver abscessos formados na região. 

Normalmente, após o tratamento da endometrite crônica a fertilidade da mulher pode ser restaurada, podendo retornar com as tentativas de engravidar de forma natural. Quando isso não acontece, pode-se optar pela reprodução assistida para realizar o sonho de alcançar a gravidez.

O tratamento mais recomendado nesses casos é a fertilização in vitro (FIV), principal técnica da reprodução assistida, que possui recursos suficientes para solucionar as dificuldades encontradas após passar por essa patologia.

Se você se interessa pelo assunto, não deixe ler mais sobre a endometrite e conheça detalhadamente a doença.

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