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Hidrossalpinge: saiba mais sobre a doença

Anteriormente denominadas “trompas de falópio”, as tubas uterinas são tubos musculares que fazem parte do sistema reprodutor feminino. 

Após a ovulação, a tuba favorece a captação do óvulo liberado pelos ovários e, por meio de secreções, promove a nutrição e proteção desse gameta. Além disso, as secreções servem para capacitar os espermatozoides que ali se encontram.

A fertilização acontece nas tubas uterinas, onde o gameta masculino penetra o óvulo e a divisão celular é iniciada. O zigoto formado continua o processo de divisão até se transformar em embrião e ser transportado ao útero, onde a gestação tem início.

Para que esse processo seja bem-sucedido, alguns fatores devem ser considerados. Doenças e alterações no organismo do homem e da mulher, podem causar a temida infertilidade masculina ou feminina.

Entre as principais causas de infertilidade na mulher, encontramos condições como: a endometriose, os miomas uterinos, a adenomiose, a hidrossalpinge, entre outras. Quando tratadas corretamente, é possível auxiliar essas mulheres e alcançar a tão sonhada gravidez.

Neste texto, saiba mais sobre a hidrossalpinge, doença que afeta as tubas uterinas e pode causar a infertilidade da mulher.

O que é hidrossalpinge?

A hidrossalpinge acontece após um processo infeccioso, que aumenta o volume de líquido nas tubas uterinas e causa a sua dilatação. Pode ser resultante de uma infecção sexualmente transmissível (IST), cirurgia, aderência pélvica, endometriose ou outras fontes de inflamação.

Na maior parte das vezes, a mulher pode não apresentar nenhum sinal da doença e acabar descobrindo após exames ginecológicos de rotina ou quando apresenta dificuldades para engravidar.

Esta condição é frequentemente associada às ISTs como a clamídia, a gonorreia e a sífilis. A inflamação das tubas pode causar a destruição de suas camadas internas, aumentando as secreções e o volume de líquidos.

Outra causa possível é a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), provocada pela falta de tratamento ou tratamento inadequado de infecções ginecológicas. Quando confirmado o diagnóstico da hidrossalpinge, é possível definir a melhor solução.

Quais os sintomas e a relação com a infertilidade?

Apesar de ser comum a falta de sintomas que indicam a hidrossalpinge, alguns podem surgir, como:

Muitas mulheres acabam descobrindo a doença apenas quando encontram dificuldades para engravidar, uma vez que a hidrossalpinge causa a infertilidade feminina. Isso acontece devido às distorções da arquitetura tubária, ao acúmulo de líquido nas tubas e eventualmente ao processo obstrutivos das tubas, interrompendo o processo de reprodução ou hostilizando o ambiente da fecundação.

Mesmo nos casos em que a fecundação acontece, os danos nas trompas acabam interferindo em outras etapas. Essa condição não é favorável para a implantação do embrião no endométrio e, assim, a gestação não pode ser iniciada.

Como é feito o diagnóstico?

Normalmente, o diagnóstico da doença acontece quando a mulher se submete a exames ginecológicos de rotina ou quando procura auxílio médico devido à dificuldade para engravidar.

Entre os principais exames utilizados estão a ultrassonografia transvaginal, a laparoscopia e a histerossalpingografia, sendo a última a mais eficiente na avaliação dos danos causados nas tubas uterinas.

A histerossalpingografia é um exame de raio-X, feito com um contraste que identifica obstruções e alterações no formato anatômico das tubas uterinas e do útero. Com isso, ao apresentar alguns sinais, a mulher é submetida ao exame para confirmar a hidrossalpinge.

Qual o melhor tratamento para a hidrossalpinge?

O tratamento nesses casos pode variar de acordo com as causas e os sintomas apresentados pela mulher. Pode ser indicado o uso de medicamentos antibióticos conforme o agente infeccioso causador da doença.

Também podem ser prescritos medicamentos que auxiliam no controle dos sintomas apresentados, como aqueles que atuam na regulação do ciclo menstrual. Outra opção de tratamento é a intervenção cirúrgica para promover a desobstrução das tubas e eliminar os líquidos presentes no local.

Somente em casos mais graves a retirada das tubas uterinas se faz necessária, assim como as estruturas que possam estar comprometidas e oferecer risco de danos maiores à saúde da mulher.

Reprodução assistida

Mulheres que desejam engravidar e sofrem com a infertilidade causada pela hidrossalpinge, podem procurar ajuda na medicina reprodutiva, que possui técnicas capazes de realizar a fecundação sem a utilização das tubas uterinas.

O método mais indicado nesses casos é a fertilização in vitro (FIV), uma técnica de alta complexidade, com procedimentos modernos e muito eficientes. Sua realização acontece principalmente em cinco etapas: a estimulação ovariana, punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária.

Com a FIV, é possível estimular um desenvolvimento maior dos folículos e maior liberação de óvulos, coletando-os e realizando a fecundação em laboratório. Nesta técnica também é possível utilizar a doação de óvulos e embriões, caso não seja possível obtê-los do sistema reprodutor da mulher em tratamento.

Se você se interessou pelo assunto, saiba mais sobre a fertilização in vitro (FIV) lendo o post em nosso site.

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