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Hipotireoidismo: tratamento e infertilidade

O hipotireoidismo é uma condição na qual a glândula tireoide diminui a produção de hormônios, tornando-os insuficientes para o corpo. 

Esses hormônios são importantes no controle metabólico das células e auxiliam em diversas funções vitais do organismo, como a frequência cardíaca, funcionamento do sistema digestivo, controle da temperatura corporal, desenvolvimento dos gametas femininos e produção dos gametas masculinos.

Entre uma das causas mais comuns do problema está a tireoidite de Hashimoto, quando o hipotireoidismo surge de acordo com a destruição gradativa da tireoide. Outras causas conhecidas são: inflamação da tireoide, tratamento para câncer, distúrbios hereditários, entre outras.

A doença pode causar algumas complicações para a saúde, incluindo a infertilidade feminina e masculina, uma vez que altera a produção hormonal e atinge diretamente a liberação de óvulos e a produção dos espermatozoides.

A seguir, saiba mais sobre o hipotireoidismo e entenda melhor a sua relação com a infertilidade.

Qual a relação do hipotireoidismo com a infertilidade?

Para que a gestação tenha início, diversos processos devem acontecer e o corpo do homem e da mulher devem se apresentar saudáveis para o sucesso da reprodução. A produção hormonal possui papel fundamental em diversas funções do corpo, incluindo a fertilidade.

Os hormônios produzidos pela tireoide influenciam diretamente no processo de reprodução. Eles atuam no desenvolvimento folicular, na posterior liberação do óvulo e na produção dos espermatozoides.

A baixa na produção hormonal provocada pelo hipotireoidismo afeta diretamente a ovulação e, mesmo quando ela ocorre e o óvulo é fecundado, pode interferir na receptividade endometrial, dificultando a implantação do embrião formado, no endométrio.

Durante o ciclo menstrual ocorre uma preparação do tecido endometrial a fim de receber o embrião e promover seu desenvolvimento até que a placenta seja formada. As alterações hormonais podem interferir na receptividade endometrial, momento mais propício para o embrião implantar, dificultando a implantação embrionária.

O hipotireoidismo, quando causado pela tireoidite de Hashimoto e não tratado, pode influenciar ainda no desenvolvimento da gravidez, levando a um risco de abortamento, parto prematuro e pré-eclâmpsia.

Existe diferença de tratamento para pessoas inférteis?

O tratamento para o hipotireoidismo é feito de forma diária e vitalícia e ocorre por meio de reposição hormonal. São indicados hormônios tireoidianos sintéticos que regularizam a produção hormonal e aliviam os sintomas.

A dosagem é ajustada de acordo com a variação de cada indivíduo e pode causar algumas reações, como palpitações, tremores, alterações no sono e no apetite. Com o tempo, esse processo tende a diminuir conforme a dosagem é adaptada.

Em muitos casos, os hormônios reprodutivos são regularizados e a fertilidade é restaurada. Com o equilíbrio hormonal, a fecundação pode ocorrer naturalmente, assim como a implantação do embrião.

Em mulheres grávidas, quando não tratado, o hipotireoidismo pode causar complicações para a mãe e para o feto. A condição aumenta os riscos de abortos de repetição, partos prematuros, pré-eclâmpsia e morte fetal.

Essas mulheres devem receber um acompanhamento maior para evitar riscos e garantir o nascimento de um bebê saudável. Casos de distúrbios menstruais ou perdas fetais anteriores, devem ser analisados com mais frequência.

Como a reprodução assistida pode ajudar nesses casos?

Nos casos mais graves, em que a fertilidade não é restaurada após o tratamento, é possível obter auxílio na medicina reprodutiva por meio de técnicas de reprodução assistida. Existem três diferentes métodos, cada um em um grau de complexidade: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV).

Todas as técnicas realizam o mesmo procedimento inicial, a estimulação ovariana, que acontece pelo uso de medicamentos hormonais. O acompanhamento desse processo é feito por ultrassonografias para avaliar o desenvolvimento dos folículos. No momento certo, a próxima etapa de cada método é realizada.

No caso da RSP, após a estimulação o casal é informado sobre o melhor momento para manter relações sexuais, favorecendo a fecundação. Pode ser feita quando não existem outros fatores de infertilidade envolvidos além dos distúrbios ovulatórios.

Na inseminação artificial, a fecundação também acontece de forma natural nas tubas uterinas. Após a estimulação por hormônios, os espermatozoides são coletados por masturbação e selecionados em laboratório. A injeção dos gametas masculinos é feita na mulher para que a fertilização aconteça naturalmente.

Já a FIV representa a técnica de maior complexidade, muito indicada em casos mais graves ou quando outros métodos não são bem-sucedidos. A maior parte de seus procedimentos acontece em laboratório, sendo as principais etapas: estimulação ovariana e indução da ovulação, punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária.

A escolha do método mais eficiente acontece de acordo com a investigação de cada casal. Outros fatores de fertilidade também são analisados, pois todos os aspectos devem contribuir para a gestação.

Se você se interessou pelo assunto, leia mais sobre o hipotireoidismo e conheça seus sintomas, principais causas e formas de diagnóstico da doença.

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