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Histerossalpingografia: como é realizada? Dói?

O processo que envolve a gestação é bastante complexo e abrange diversos aspectos. Para que ela aconteça de maneira saudável, a mulher deve possuir bons parâmetros de fertilidade, tendo as estruturas envolvidas em condições adequadas.

Algumas alterações e doenças podem interferir nesse processo, causando complicações para a saúde da mulher e ocasionando a infertilidade feminina. Ao afetar órgãos do sistema reprodutivo, essas patologias podem dificultar a busca pela gravidez, resultando na necessidade de auxílio médico.

Na investigação da fertilidade da mulher podem ser realizados diferentes tipos de exames e testes. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento. Um dos mais solicitados para investigar a suspeita de infertilidade feminina é a histerossalpingografia, um exame de raio-X, que utiliza material de contraste para visualizar obstruções e alterações na anatomia das tubas uterinas e do útero.

Após essa investigação, é possível indicar o tratamento mais adequado em cada situação, incluindo as técnicas de reprodução assistida. A reprodução assistida busca a individualização dos tratamentos com o objetivo de aumentar as chances de sucesso gestacional.

A seguir, entenda o que é e como é realizada a histerossalpingografia e conheça os tipos de alterações que o exame pode identificar.

Histerossalpingografia: o que é e como é realizada?

A histerossalpingografia é um exame ginecológico feito por raio-X com a utilização de contraste que possibilita a avaliação das condições de estruturas como as tubas uterinas e o útero, identificando alterações que afetam a fertilidade da mulher.

Trata-se de um procedimento pouco invasivo, considerado seguro e que oferece poucos riscos de complicações. É realizado normalmente após uma semana do período menstrual, a fim de obter melhores resultados e garantir que não exista possibilidade de gravidez.

Antes da realização do exame, a mulher deve informar ao médico se houver suspeitas, pois esse exame pode ser prejudicial para o feto. Deve informar, ainda, sobre qualquer tipo de alergia, como aos corantes do material de contraste, para evitar possíveis complicações.

Em alguns casos podem ser prescritos antibióticos e analgésicos para evitar infecções, dor ou desconforto.

O exame é realizado com a mulher em posição ginecológica e o contraste é inserido pelo colo do útero por um cateter fino com o auxílio de um espéculo. A substância ajuda na visualização das estruturas, destacando possíveis alterações, como as obstruções tubárias.

Para avaliar todos os ângulos, o exame é realizado em várias posições diferentes, resultando em uma sequência de imagens. Quando há identificação de alterações, pode ser necessário repetir o procedimento.

A histerossalpingografia dói?

A histerossalpingografia pode causar dor ou desconforto, geralmente evitados pela administração anterior de medicamentos específicos. Dessa forma, a mulher fica mais confortável durante a realização do exame.

Dependendo da situação, a própria tende a deixar a região mais sensível provocando a sensação dolorosa, uma vez que esse exame é feito em situações de investigação da infertilidade da mulher. Por isso, em alguns casos, quando já houver a presença de dor mais intensa, pode ser recomendada a aplicação de sedativos por via endovenosa.

O que a histerossalpingografia pode diagnosticar?

Entre as principais indicações para o exame, estão as investigações de doenças que afetam o útero e as tubas uterinas.

Entre elas estão os miomas uterinos, as sinequias uterinas, os pólipos endometriais, a adenomiose, a salpingite e a hidrossalpinge. Elas podem causar obstruções tubárias, inibindo a fecundação, ou a deformação da anatomia uterina, dificultando ou impedindo o desenvolvimento da gravidez e, assim, comprometem o processo de reprodução.

Além disso, o exame pode ser utilizado para avaliar o sucesso de procedimentos cirúrgicos como a laqueadura (procedimento de esterilização feminina) e a sua reversão.

Ao identificar esses problemas, o médico pode indicar o melhor tratamento em cada caso. Afinal, a saúde reprodutiva é fundamental para alcançar a tão sonhada gravidez.

Quando os tratamentos tradicionais não são bem-sucedidos, ou mesmo enquanto alternativa, existem técnicas de reprodução assistida disponíveis para auxiliar nesse processo, sendo recomendadas de acordo com cada caso. As principais são: a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).

A RSP e a IA são métodos de baixa complexidade, indicados em casos mais leves de infertilidade, nos quais a fecundação acontece como em uma gestação natural, nas tubas uterinas. Portanto, para realização desses modelos de tratamento é fundamental que pelo menos uma tuba esteja perfeita ao exame (idealmente as duas).

Já a FIV, é um método mais complexo, com a fecundação realizada em laboratório. É particularmente recomendada para os casos mais graves – que incluem as alterações das tubas vistas na histerossalpingografia. Possui, ainda, técnicas complementares que aumentam as chances de sucesso e podem evitar desde a transmissão de doenças genéticas a complicações como falhas na implantação do embrião.

Se você quer saber mais sobre a histerossalpingografia, leia outro texto que aborda detalhadamente o tema.

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