As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, transmitidos por uma pessoa contaminada pelo contato sexual (oral, vaginal e anal) sem o uso de preservativos. Além disso, podem ser transmitidas de mãe para filho durante o parto ou durante a amamentação.
Para prevenir a ocorrência deste problema, é essencial que jovens e adultos façam uso do preservativo em qualquer contato sexual. Também é importante manter a regularidade nos exames e a frequência em consultas com especialistas, como urologistas e ginecologistas.
É necessário fazer o diagnóstico e o tratamento correto das ISTs para evitar a reinfecção e melhorar a qualidade de vida das pessoas. As doenças podem ser perigosas e oferecerem riscos de graves consequências para pessoas infectadas, incluindo a infertilidade feminina e masculina.
A seguir, saiba mais sobre as ISTs, entenda como elas acontecem e qual a sua relação com a infertilidade.
Substituindo a expressão “doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, as ISTs são infecções transmitidas na maioria das vezes por contato sexual sem o uso de preservativos com uma pessoa contaminada. Não necessariamente as ISTs são doenças, já que podem muitas vezes serem assintomáticas e não manifestarem complicações, e por isso houve a substituição do termo.
Elas podem atingir homens e mulheres em idade reprodutiva e são encontradas de diversas formas, como: clamídia, gonorreia, herpes genital, sífilis, entre outras. Também existe a possibilidade de o indivíduo desenvolver outras doenças e alterações a partir das ISTs, como é o caso:
Grande parte dessas doenças desenvolvidas a partir das ISTs podem contribuir negativamente em aspectos da fertilidade, tanto do homem quanto da mulher. Isso pode causar a infertilidade por atingir órgãos essenciais para a reprodução.
Para que a reprodução aconteça, é necessário que homens e mulheres estejam saudáveis e com bons parâmetros de fertilidade. A gravidez é alcançada quando não há alterações em órgãos essenciais ao processo.
Muitos casais em idade reprodutiva passam por dificuldades ao tentar engravidar e isso pode acontecer após problemas com ISTs que deixem algum tipo de sequela no organismo do indivíduo.
Em homens, é comum que inflamações em órgãos do sistema reprodutor causem alterações na produção e transporte dos espermatozoides. Algumas das mais comuns são: orquite (dos testículos), epididimite (dos epidídimos), uretrite (da uretra), entre outras.
Já nas mulheres, umas das consequências mais comuns resultantes das ISTs é a doença inflamatória pélvica (DIP), que causa uma inflamação do útero e das tubas uterinas. Com isso, a fertilidade pode ficar afetada devido ao fato de os órgãos essenciais para a reprodução não estarem em condições saudáveis.
Uma importante forma de prevenção contra a disseminação das ISTs é a regularidade nas consultas com um especialista para uma avaliação clínica. Quando necessário, são realizados exames laboratoriais para confirmar suspeitas de infecções, permitindo o início do tratamento adequado.
Ao ser diagnosticado, além de iniciar o tratamento, o indivíduo deve avisar aos parceiros sexuais para que eles também sejam tratados, evitando assim a reincidência. Na maioria dos casos, as infecções podem ser tratadas com o uso de medicamentos. Quando a IST for bacteriana, é importante que os pacientes mantenham a abstinência sexual até a eliminação da infecção.
A falta de tratamento pode agravar a situação e causar consequências ruins à saúde do corpo. Quando não tratada de forma adequada, é possível que a doença atinja um grau de infecção que necessite da retirada completa do órgão atingido.
Pessoas que enfrentam problemas de infertilidade resultantes de ISTs podem procurar auxílio no tratamento pela reprodução assistida. Existem técnicas dentro da medicina reprodutiva capazes de interferir em diversos aspectos de alteração da fertilidade, tanto do homem, quanto da mulher.
As principais técnicas são: a relação sexual programada (RSP), a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV). Eles possuem diferentes complexidades e são realizados a fim de facilitar o alcance da gravidez.
A RSP é a técnica considerada mais simples, baseada em promover a estimulação do desenvolvimento dos folículos, a fim de obter maior número de óvulos disponíveis para a fecundação. Após este procedimento, o casal é informado do melhor momento para manter relações sexuais e aumentar as chances de gravidez. Toda a estimulação é avaliada por ultrassonografias pélvicas.
A IIU, também conhecida como inseminação artificial (IA), é feita principalmente quando os homens possuem parâmetros normais de fertilidade ou fertilidade leve. Trata-se da injeção dos gametas masculinos diretamente na cavidade uterina da mulher, para que eles encontrem os óvulos e promovam a fecundação. Este método também tem início com a estimulação ovariana para aumentar as chances de sucesso.
A técnica considerada de maior complexidade é a FIV, que pode ser feita de forma clássica ou por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), quando apenas um gameta é selecionado e inserido no óvulo. A FIV é feita em etapas, a maioria realizada em laboratório e são elas: estimulação ovariana; seleção e coleta dos gametas masculinos e femininos; fecundação; cultivo embrionário; e transferência dos embriões formados.
Existem ainda, métodos e exames que servem para complementar o tratamento na reprodução assistida. Eles são realizados para aumentar os resultados positivos e diminuir as chances de malformações do feto ou o desenvolvimento de alguma doença.
Os tratamentos são determinados de acordo com cada situação e as características que cada casal apresenta. É importante avaliar a individualidade das situações para que o caminho escolhido seja o mais eficiente.
Ainda sobre as ISTs e suas possíveis consequências, leia mais sobre a uretrite, inflamação da uretra que pode causar danos ao organismo do homem e da mulher.
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