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Miomas e reprodução assistida: a mulher consegue engravidar?

Uma das patologias muito comuns nas mulheres em idade reprodutiva são os miomas uterinos, caracterizados por tumores benignos que se desenvolvem de células do miométrio, camada intermediária de revestimento do útero. Também conhecidos como fibromas, os miomas uterinos não possuem uma causa bem esclarecida, mas normalmente acontecem em resposta a um desequilíbrio hormonal no organismo.

A maioria das mulheres com este problema, enfrenta a dúvida sobre a sua fertilidade, pois a falta de conhecimento sobre o assunto as leva a acreditar que os tumores sempre causarão a infertilidade ou que não será mais possível engravidar em nenhuma situação.

A verdade é que muitas mulheres com miomas conseguem engravidar de forma natural após o tratamento da doença. Para casos em que isso não é possível, devido a danos causados em órgãos reprodutivos, ainda existe a opção de tratamento pela reprodução assistida.

Saiba mais sobre os miomas uterinos, como eles se desenvolvem e conheça as chances que uma mulher com este problema tem de engravidar:

O que são os miomas uterinos?

O útero possui três camadas de revestimento, desde a mais externa para a mais interna: o perimétrio, miométrio e endométrio. Quando o tecido muscular miométrio passa por uma proliferação de células, os miomas são formados. Trata-se de tumores benignos que não apresentam risco de se transformar em câncer.

Eles podem causar um sangramento excessivo durante a menstruação, desconfortos abdominais, dores durante a relação sexual, sensação de peso na região pélvica e em alguns casos a infertilidade feminina.

Os miomas são classificados de acordo com a sua gravidade e localização e possuem 4 tipos:

Subseroso

É o tipo mais externo que forma uma protuberância fora da cavidade uterina. Não costumam causar fortes dores e não possuem relação com a infertilidade. Podem atingir dimensões maiores e promover a compressão de órgãos como a bexiga e o intestino, o que pode levar à micção frequente e constipação.

Intramurais

Localizados na parede uterina, podem distorcer o formato do útero quando encontrados em tamanhos maiores. Causam cólicas intensas e sangramentos e podem levar a falhas de implantação, abortamentos espontâneos ou problemas durante a gravidez.

Submucosos

São encontrados na parede mais interna do útero, abaixo do endométrio, local onde ocorre a fixação do embrião. Por este motivo, é o tipo de mioma mais associado a sangramentos e casos de infertilidade.

Na maioria das vezes, a presença dos miomas não apresenta sintomas e o diagnóstico pode ocorrer de forma casual por um ultrassom pélvico na investigação de outros problemas ou em exames de rotina.

Alguns fatores podem influenciar no desenvolvimento da patologia, como a idade da mulher, obesidade, fatores genéticos e a etnia. Mulheres negras, assim como as que possuem algum histórico de miomas na família, possuem maiores chances de apresentar esses tumores. Mulheres com mais de 40 anos e aquelas com problemas de obesidade, também estão mais propensas ao desenvolvimento de miomas.

O crescimento de miomas pode ser influenciado por hormônios femininos, como o estrogênio, e tendem a retroceder depois da menopausa. Muitas mulheres passam pelo tratamento com o uso de medicamentos hormonais ou por intervenção cirúrgica e em seguida conseguem engravidar de forma natural.

Quando a reprodução assistida é indicada?

Quando a mulher passa pelo tratamento contra os miomas uterinos e ainda assim não consegue engravidar, o mais indicado é procurar a ajuda da reprodução assistida. Dependendo da localização e tamanho dos miomas, a fertilidade pode sim ficar comprometida, mas não se torna impossível.

A técnica mais indicada nesses casos é a fertilização in vitro (FIV), pois neste método a fecundação acontece fora do útero. Este ponto é favorável por permitir uma avaliação maior de fatores que podem interferir no processo de reprodução, como a receptividade endometrial, por exemplo.

A FIV é feita em algumas etapas, a maioria delas realizada em laboratório. Ela tem início com a estimulação ovariana, um tratamento hormonal para aumentar o desenvolvimento dos folículos e obter mais óvulos disponíveis para a fecundação. Em seguida, esses óvulos são coletados e selecionados, assim como os espermatozoides.

Com os gametas selecionados, a fecundação acontece em laboratório e o material é mantido em um meio de cultura adequado. Os embriões formados são cultivados até o momento ideal para a transferência ao útero. Na FIV, é possível realizar exames e técnicas complementares durante o processo para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

Com os parâmetros favoráveis e o organismo pronto, ocorre a transferência do embrião ao útero e ele se fixa no endométrio para dar início à gestação. A implantação é um processo natural, podendo haver interferência da FIV somente antes desta etapa.

A fertilização in vitro é a técnica de maior complexidade da reprodução assistida e possui altos índices de sucesso no tratamento contra a infertilidade. Se este post foi útil para você, leia mais sobre a FIV e entenda em detalhes como funciona este procedimento.

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