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O que é anovulação?

Os ovários são duas glândulas em formato de amêndoa localizados em cada lado do útero, abaixo das tubas uterinas. Fazem parte do sistema reprodutor feminino, assim como o útero, tubas uterinas, vagina e vulva.

A principal função dos ovários é a produção dos hormônios sexuais femininos (progesterona e estrogênio) e o armazenamento dos folículos, bolsas que contêm os óvulos.

Todos os meses, durante a fase reprodutiva feminina, vários folículos são recrutados no início do ciclo menstrual. Porém, apenas um amadurece e rompe liberando o óvulo, processo denominado ovulação.

O óvulo liberado é captado pelas tubas uterinas onde a fecundação acontece. Ou seja, para que o espermatozoide possa fecundá-lo a ovulação obrigatoriamente tem que ocorrer.

Continue a ler este texto e entenda melhor o que é anovulação, quais causas provocam o problema e como ele pode ser tratado.

Anovulação ou ciclo anovulatório

Anovulação ou ciclo anovulatório é um ciclo menstrual sem ovulação. Isso significa que um óvulo não foi liberado pelos ovários.

Os ciclos anovulatórios são bastante comuns e a maioria das mulheres os experimenta ao longo de suas vidas férteis, muitas vezes sem perceber. No entanto, quando os ovários falham em liberar o óvulo de maneira frequente a anovulação pode resultar em infertilidade.

A anovulação também é bastante comum durante períodos de transição hormonal. Por exemplo, os primeiros períodos menstruais, na puberdade, geralmente são anovulatórios, assim como durante a pré-menopausa ou mesmo após a interrupção de métodos contraceptivos.

As mulheres que estão tentando engravidar geralmente estão mais atentas aos sinais do corpo. Por isso, é importante observar se houver irregularidades menstruais por mais de três meses consecutivos, como períodos com maior ou menor quantidade de fluxo, intervalos entre as menstruações maiores que 40 dias ou ausência de menstruação (amenorreia): este é um dos principais sinais de anovulação.

O que causa a anovulação?

Os ciclos anovulatórios podem resultar de diferentes fatores, desde variações de peso, como estar acima ou abaixo do normal, a estados como o de estresse e excesso de exercícios.

No entanto, a principal causa de infertilidade por anovulação são alterações hormonais, mais comumente como consequência da síndrome dos ovários policísticos (SOP), frequentemente registrada em mulheres durante a fase fértil.

A SOP é uma condição que altera os níveis dos hormônios sexuais femininos, resultando em desequilíbrio e, consequentemente, em problemas de ovulação, como dificuldades para liberação do óvulo.

Uma das consequências do desequilíbrio hormonal é o aumento da testosterona. Embora seja o principal hormônio sexual masculino, também é produzida em pequenas quantidades pelo organismo feminino.

A testosterona em níveis mais altos interfere no desenvolvimento, maturação e rompimento do folículo, levando à ausência de ovulação. Da mesma forma, aumenta a possibilidade de formação de cistos: quando o folículo não rompe o líquido folicular acumula no local originando-os.

Assim, os folículos recrutados naquele ciclo, que não desenvolveram, podem resultar em pequenos cistos característicos da SOP.

O aumento dos níveis de testosterona provoca, ao mesmo tempo, o surgimento de traços masculinos, como o crescimento de pelos na face, seios e costas, por exemplo, ou a perda temporária de cabelo (alopecia).

Qual o tratamento para anovulação?

Embora a ausência de ovulação resulte em infertilidade o problema pode ser tratado pela estimulação ovariana, um procedimento que integra as principais técnicas de reprodução assistida: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV).

A estimulação ovariana, como o nome indica, a partir do uso de medicamentos hormonais estimula o desenvolvimento de mais folículos que poderão posteriormente ovular, aumentando, assim, as chances de gravidez.

Porém, a técnica mais adequada para cada caso considera diferentes critérios:

Relação sexual programada: também chamada coito programado, além da estimulação ovariana o tratamento tem como objetivo programar o período mais fértil para intensificar a relação sexual.

A fecundação, portanto, é como em um processo natural. Por isso, a técnica é mais indicada para mulheres com até 35 anos, que ainda tenham uma boa reserva ovariana e as tubas uterinas saudáveis, da mesma forma que os espermatozoides do parceiro também deverão ser saudáveis.

Para acompanhar o desenvolvimento dos folículos e determinar o período de maior fertilidade são realizados periodicamente exames de ultrassonografia transvaginal.

Inseminação artificial (IA): conhecida ainda como inseminação intrauterina (IIU), também prevê a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Critérios como a idade e saúde das tubas uterinas também são imprescindíveis para realizar o tratamento.

A IA, no entanto, possibilita o tratamento quando há pequenas alterações nos gametas masculinos: após um processo de seleção, realizado por técnicas de preparo seminal, os melhores são depositados no útero durante o período fértil.

Fertilização in vitro (FIV): na FIV o processo de fecundação é realizado em laboratório. Por isso a técnica é mais indicada para mulheres acima de 36 anos, quando os níveis da reserva ovariana são mais baixos. Da mesma forma que possibilita o tratamento quando há obstruções nas tubas uterinas e problemas mais graves de infertilidade masculina.

Os exames de ultrassonografia indicam o momento mais adequado para induzir os folículos ao amadurecimento final. O que ocorre entre 36 e 40 horas, quando os maduros são coletados por punção folicular e preparados em laboratório.

O método mais utilizado para fecundar óvulos e espermatozoides é a FIV com ICSI, em que cada espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, o que naturalmente proporciona maiores chances de fecundação.

Após formados os embriões são cultivados por alguns dias e transferidos para o útero.

Em todas as técnicas é possível obter a gravidez quando há infertilidade por anovulação. A RSP e IA, consideradas de baixa complexidade, proporcionam chances semelhantes às da gestação natural: de 20% a 25% em cada ciclo de realização.

A FIV com ICSI, embora seja um tratamento mais complexo, possui percentuais bastante expressivos: cerca de 50% a 60% a cada ciclo.

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